Na terça-feira da semana passada, durante a teleconferência de resultados do segundo trimestre de 2020 do Magazine Luiza, Frederico Trajano, CEO da companhia, disse que as aquisições seriam um dos vetores da estratégia da companhia daqui para frente.

Não demorou nem uma semana para que a empresa fosse novamente às compras. O Magazine Luiza anunciou nesta segunda-feira, 24 de agosto, a aquisição da Stoq, startup de tecnologia de São Carlos, interior de São Paulo, com um portfólio voltado a pequenos e médios varejistas. Os termos financeiros do acordo não foram revelados.

Fundada em 2015, a Stoq desenvolve sistemas de ponto de venda, mais conhecidos no mercado como POS, no modelo de software como serviço, além de totens de autoatendimento. Uma de suas soluções é o SmartPOS, que permite que os atendentes de um estabelecimento façam o pedido e recebam o pagamento onde o cliente estiver.

Em fato relevante, o Magazine Luiza informou que os produtos da novata irão integrar o Magalu as a Service (MaaS), braço de serviços voltado aos vendedores de seu marketplace, e complementar o Parceiro Magalu, frente que reúne as ofertas da rede para digitalizar varejistas parceiros de médio porte e que, nesse caso, englobaria bares e restaurantes, moda, supermercados e saúde e beleza.

Essa é a quarta aquisição do Magazine Luiza desde que retomou essa estratégia, no fim de julho. O primeiro acordo envolveu a Hubsales, empresa de Franca, dona de uma plataforma que viabiliza as vendas diretas das fábricas para consumidores.

Na sequência, no início deste mês, a varejista anunciou as aquisições do Canaltech, site de conteúdo de tecnologia, e da plataforma de mídia da In Loco, marcando a entrada da rede no segmento de publicidade online.

O apetite por consolidação começou a ganhar destaque no Magazine Luiza a partir de 2013, com a compra do site Época Cosméticos. De lá para cá, a empresa já incorporou operações como a Netshoes, de artigos esportivos, o Estante Virtual, marketplace de livros, e a Logbee, de logística.

Com o caixa reforçado por um follow on realizado em novembro, no qual captou R$ 4,7 bilhões, a empresa voltou às compras depois de ajustar suas operações à pandemia.

“Nós olhamos qualquer área, desde novas categorias, superapps, entrega mais rápida, crescimento exponencial do marketplace e dos serviços ofertados aos sellers”, afirmou Trajano, durante a teleconferência do segundo trimestre. “Não temos preconceito. Nosso espectro é amplo e, por isso, não se surpreendam com nada.”

Entre abril e junho, o Magazine Luiza reportou um prejuízo de R$ 64,5 milhões, contra um lucro líquido de R$ 386,6 milhões, divulgado um ano antes. As vendas digitais, no entanto, trouxeram bons indicadores. No e-commerce, que representou 78,5% da receita total no período, o crescimento foi de 182%. Já no marketplace, o salto foi de 214%.

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