O laboratório de medicina diagnóstica Fleury tem uma receita para a retomada cuidadosa das atividades econômicas. E ela se resume a poucas palavras: testes, testes e mais testes.

“Os testes ajudam as empresas a ter conhecimento sobre seus funcionários e a se preparar para a volta”, disse Carlos Marinelli, presidente do grupo Fleury, dono de marcas como Fleury, a+, Weinmann, Lafe, entre outras, em entrevista ao NeoFeed. “As empresas estão procurando muito os testes e estão incorporando os testes em seu plano de volta.”

Por questão de sigilo, ele guarda em segredo o nome das companhias. Mas assegura que grandes empresas estão procurando o laboratório para fazer testes em massa e assim conseguir identificar seus funcionários que estão imunes (com anticorpos) daqueles que ainda não foram contaminados pelo novo coronavírus.

Apesar disso, ele afirma que essa “reentrada” vai ser feita em diversas etapas. “Não vai ser um big bang em que todo mundo vai voltar para os escritórios.”

Nesta entrevista, Marinelli explica o teste desenvolvido pelo Fleury, que é mais barato que o PCR (que diagnostica as pessoas com o vírus) e que pode ajudar a massificar os testes em regiões distantes, com pouca infraestrutura de coleta, de armazenamento e de transporte do material da forma adequada.

Com mais de 9 mil funcionários e cerca de 2 mil médicos, o grupo Fleury conta com unidades nos Estados da Bahia, Maranhão, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo, além do Distrito Federal.

No primeiro trimestre de 2020, a receita líquida do Fleury teve um pequeno crescimento de 1,9%, para R$ 713,9 milhões, mas o lucro caiu 36,6%, para R$ 58,7 milhões. Marinelli afirma que houve uma queda grande nas duas últimas semanas de março, quando as pessoas pararam de fazer exames. Mas que, desde então, o número de exames cresce semana após semana.

“Para se ter uma ideia, em número de pessoas, já está igual ao período anterior. Mas a maioria das pessoas está procurando pelo exame da Covid-19”, afirma Marinelli.

O executivo também aborda o processo de digitalização da empresa, que foi acelerado por conta da Covid-19. E fala como o laboratório de medicina diagnóstica se reinventou para atuar no que ele chama de “low touch economy”, em que a digitalização é alta e o contato é baixo. Acompanhe:

O Fleury está pressionado dos dois lados. De um, por conta dos exames de coronavírus. E de outro, pela queda de demanda por outros exames. Qual o estágio atual: já houve uma retomada de outros exames?
Sim, já há uma retomada. As duas últimas semanas de março tiveram um impacto maior. E o que aconteceu, desde então, é que continuamente estamos melhorando a nossa performance em termos de número de pessoas visitando as unidades. Como todos os players do setor, tivemos uma redução importante em relação ao número de pessoas vindo nos visitar. Mas, semana após semana, essa curva vem melhorando. E não existiu nenhuma semana desde então que ela não tenha melhorado. Para se ter uma ideia, em número de pessoas, já está igual ao período anterior. Mas a maioria das pessoas está procurando por exames da Covid-19. Então, não retomamos ainda o volume de receita que fazíamos antes. Nesse período, crescemos muito o atendimento móvel. As pessoas não querem ir até a unidade de atendimento e se sentem mais seguras dentro de casa. Começamos, então, a reinterpretar uma série de serviços nossos para estar cada vez mais conectado a essa questão da “low touch economy”.

"Como todos os players do setor, tivemos uma redução importante em relação ao número de pessoas vindo nos visitar. Mas, semana após semana, essa curva vem melhorando"

O que é a “low touch economy”?
Na “low touch economy”, você tem alta digitalização e baixo contato. Antes, não fazíamos exames de imagem em domicílio. Só tirávamos sangue em domicílio. Agora, você pode ter um médico que vai à sua casa com um ultrassom portátil. De um lado, temos as pessoas com medo de sair de casa. Mas, ao mesmo tempo, elas continuam precisando de atendimento médico. A Sociedade Brasileira de Oncologia, por exemplo, diz que 50 mil casos de câncer deixaram de ser diagnosticados em abril deste ano. Isso cria novas necessidades. Adaptamos as nossas unidades para ter drive thru. Você não precisa nem sair do carro. Se você agendar o exame, pode chegar lá com a ficha pré-aberta, passar pelo drive thru, tirar o sangue, fazer o exame e não ter nenhum nível de exposição maior e de contato maior.

São soluções passageiras para driblar o medo de contato?
Não, todas essas soluções vieram para ficar. Vivemos hoje esse paradoxo. A saúde virou a coisa mais importante da vida de todo mundo. Mas as pessoas estão com medo e receio de procurar os serviços de saúde. E à medida que vai criando a oportunidade de, com tecnologia e com novos meios, fazer novos processos de saúde, vamos dando a segurança para as pessoas voltarem a procurar os serviços de saúde. Hoje, para você ter uma ideia, quase 20% de nossos pacientes já chegam nas nossas unidades de atendimento com check-in pronto. Eles reduzem o tempo gasto dentro da unidade de atendimento e fazem o serviço acontecer mais rápido com menos aglomeração.

O Fleury fechou unidades?
Chegamos a fechar unidades, porque havia uma restrição de demanda natural. Mas já começamos a reabrir.

Quantas ainda estão fechadas?
Acredito que das 260 unidades, hoje deve ter alguma coisa como umas 30 fechadas, um pouco mais de 10%.

Quando 100% delas estarão abertas?
A questão toda é que temos uma realidade muito diferente pelo Brasil. Estou desde São Luiz do Maranhão até Porto Alegre. Porto Alegre e Curitiba, por exemplo, são locais onde a receita está muito próxima dos níveis pré-crise. Em outros lugares, como o Maranhão, que chegou a ter lockdown, você tinha uma restrição grande de pessoas circulando. Em cada um dos mercados, estamos olhando e atuando de uma maneira diferente.

O Fleury desenvolveu um novo exame para a Covid-19 que é baseado na análise da proteína. Qual a vantagem dele em relação aos testes existentes hoje?
Temos hoje o PCR (que identifica o vírus), a sorologia (que mede os anticorpos) e o teste rápido. O comparativo do teste que desenvolvemos é com o PCR. O teste de PCR é altamente sensível. Só que para ter essa sensibilidade, ele tem uma cadeia de coleta do material, de manutenção das condições ideais do processamento, de transporte e de processamento que é muito sensível. Você precisa ter, por exemplo, uma cadeia a frio toda para manter a estabilidade dessa amostra. Quando você colhe a amostra, precisa colocar o swab (uma espécie de cotonete) em um tipo de tubo de ensaio e guardá-lo numa temperatura específica até chegar na área técnica para ser processado. Quando está em um lugar muito longe, usa-se gelo seco para fazer o transporte e manter a estabilidade da amostra. Por quê? A variação de temperatura pode influir na qualidade da amostra e prejudicar a leitura (resultado). Com o novo processo, ele pode ser mantido em temperatura ambiente, porque trabalhamos com a análise da proteína. Mas a sensibilidade desse exame é de 87% do PCR. Ele não é 100%, como o PCR, mas estamos trabalhando para elevar para acima de 90%. Só que é o seguinte: não preciso da estabilidade da amostra do PCR. Ele viabiliza ser trazido de regiões muito remotas e longínquas, onde não existe esse tipo de laboratório. Ele representa uma vantagem enorme.

E qual a capacidade de realização de testes do Fleury?
Está próximo dos dois mil testes diários.

A oferta desse exame será na própria rede?
Estamos usando muito os exames para laboratórios parceiros, que estão em regiões remotas do País e que não têm uma condição de envio ideal em termos de estabilidade da cadeira a frio dessas amostras. Eles enviam esses exames e podemos fazer o processamento em até 48 horas

Ele tem vantagem de custo em relação ao PCR?
Ele é mais barato. Alguma coisa por volta de 15% a 20% do valor do PCR tradicional.

Pretende aumentar a capacidade de realização desses testes?
Sim. Estamos acompanhando a evolução da aplicação do teste. O exame feito à base de protêomica usa um equipamento específico chamado espectrômetro de massa. Você precisa encher essa capacidade de produção, ter mais demanda do que oferta, para colocar outro equipamento para trabalhar. E assim ampliar a oferta. A ideia é que ampliemos porque acreditamos que esse exame tem um apelo muito importante num País como o nosso com dimensões continentais e restrições na qualidade do transporte das amostras. Mas estamos esperando a maturidade da utilização e do mercado em relação a essa nova tecnologia para colocar mais equipamentos disponíveis. Como dominamos a tecnologia desse teste, ele é rapidamente escalável.

Há muitas empresas querendo fazer testes para retomar as atividades?
Sim. Temos várias empresas. São empresas grandes. Tem muitas empresas que querem entender o número de pessoas que foram expostas ao vírus em seus funcionários. Na maioria dos casos, temos contato com vírus, desenvolvemos uma infecção e produzimos o anticorpo. E assim você desenvolve uma certa proteção. A probabilidade de reinfecção, por tudo o que se sabe, é baixíssima, nesse momento. Sabemos que a pessoa que foi infectada ou teve exposição ao vírus produz algum tipo de proteção imunológica dentro de seu organismo. E é isso que esses exames revelam. Muitas empresas querem entender quem foi infectado e quem não foi. Essas empresas têm de voltar para uma operação mínima. Essa reentrada, que vai ser feita em diversas etapas, não vai ser um big bang em que todo mundo vai voltar para os escritórios. Os testes ajudam as empresas a ter conhecimento sobre seus funcionários e a se preparar para a volta. As empresas estão procurando muito os testes e estão incorporando os testes em seu plano de volta. E os testes são críticos para você pode ter um mínimo de planejamento de volta ao trabalho dos indivíduos não expostos ao vírus.

Você já chegou a defender um passaporte imunológico. Essa é uma das alternativas para retomar a atividade econômica com mais segurança?
A questão do passaporte imunológico suscitou vários questionamentos técnicos. Uma vez que haja entendimento científico de que a exposição ao vírus cria anticorpos e confere uma imunidade duradoura não há por que não separar populações que tenham essa imunidade das populações que não tenham.

Não se sabe ainda se a imunidade é duradoura?
Ainda não se sabe.

O Fleury participou de uma pesquisa com o Ibope Inteligência e o Instituto Semeia que testou pessoas em seis bairros de São Paulo. E a imunidade de rebanho foi baixa, de 5,2%. É um sinal de que há um longo caminho até a imunidade de rebanho?
No começo, falava-se que era preciso de 70% para chegar à imunidade de rebanho. Depois, alguns cientistas diziam que era entre 50% e 60%. A questão é que a doença é nova e o comportamento dela não segue muito as caixinhas em que se quer colocá-la. Para entender quais são as ações práticas para conter o vírus precisamos ter um mínimo de gestão. Dizemos que “you only manage what you measure”. Se não souber quem está infectado, quem tem anticorpo e como a doença está se espalhando, não conseguimos gerenciar. Então, é crítico ter, por exemplo, um mapeamento. E, infelizmente, fazer testagem populacional em massa para todos no Brasil é um negócio que, do ponto de vista econômico, é inviável. Então, fazer esse tipo de pesquisa, que identifica como a doença está avançando, como ela se comporta e onde está mais avançada, é crítico para poder propor e organizar ações para que se possa ter um mínimo de gestão sobre essa doença.

"Se não souber quem está infectado, quem tem anticorpo e como a doença está se espalhando, não conseguimos gerenciar"

O Brasil está fazendo testes suficientes para ter conhecimento e programar uma retomada das atividades?
É fato que não temos a disponibilidade de testes suficientes. Precisamos testar em maior quantidade. Todos os órgãos públicos em nível municipal, estadual e federal estão buscando viabilizar esse número maior de testagem. Até porque uma vez que tenhamos essa capacidade de testagem maior, podemos fazer um plano organizado para a retomada da economia. Não é uma questão de certo ou errado, mas do que conseguimos fazer. Somos um País com uma série de limitações, mas ter informação sobre a progressão da doença é chave para conseguir gerenciar o plano de combate a ela.

Alguns Estados, como São Paulo, começaram a flexibilizar o isolamento social. E, pelos dados disponíveis, o Brasil ainda está acelerando sua curva de contágio e de mortes e com a UTIs, em alguns locais, a beira do colapso. O que você pensa sobre essa flexibilização?
O Brasil é um país continental. Só na Grande São Paulo temos 20 milhões de pessoas. É mais do que alguns Estados ou do que países da Europa. Temos realidades diferentes. Acredito que o plano que o Estado de São Paulo colocou em termos conceituais, o tipo de critério para cada lugar para fazer a reabertura e a flexibilização, a leitura de como esses índices estão avançando e, eventualmente, ter de voltar, caso esses índices piorem, é um plano bastante robusto em termos de que indicadores você vai ter de acompanhar. A questão é que vamos ter de aplicar e acompanhar esses indicadores e ver como evoluiu. No fim do dia, tem de ter soluções que se adequam à realidade de uma região. Não dá para você ter “one size fits all” e achar que todo mundo está no mesmo estágio. Tem situações que estão muito complexas e tem situações que permitem um maior nível de flexibilização.

E como você avalia a gestão do Ministério da Saúde, que está há duas semanas com um ministro interino?
Tivemos, desde o começo da pandemia, dois ministros da Saúde (Henrique Mandetta e Nelson Teich). E estamos num terceiro interinamente (o general Eduardo Pazuello). É muito importante ter uma liderança clara para fazer a gestão das ações em nível federal dos recursos e de tudo o que acontece no ministério. Ter mudanças de comando logicamente não é o ideal. Mas elas aconteceram e não tem muito o que se possa fazer em relação a isso. Isso exige uma conexão federal, estadual, municipal para que tenhamos ações claras, modelos conceituais claros e que possamos seguir. E que todo mundo possa enxergar as mesmas informações, dados e fatos. Assim, todo mundo vai na mesma direção. Essa questão de convergência é a mais importante nisso tudo.

Durante a divulgação dos resultados do primeiro trimestre de 2020, você disse que acelerou os projetos digitais. Quais projetos foram acelerados?
No nosso Investor Day, em dezembro do ano passado, já havia ali um desenvolvimento de mais de dois anos relacionado à tecnologia. Já estávamos com projetos digitais, já tínhamos estabelecido o Fleury Lab, que é o nosso laboratório de desenvolvimento digital, já tínhamos desenvolvido as principais ferramentas para a SantéCorp (empresa dedicada a gestão de saúde), que adquirimos em 2018. Mas o que aconteceu quando nos vimos diante da questão da Covid-19? Uma série de práticas foram aceleradas. Naquele momento, apresentamos a plataforma SantéCorp e o Campana até Você, que é o primeiro laboratório digital do país, que não tem unidade física. Começamos, ali, a conectar toda a parte de tecnologia com todo o conhecimento de saúde que tínhamos. Para nós, a saúde do futuro vai usar cada vez mais tecnologia.

Mas quais projetos foram acelerados?
Tínhamos dentro dos projetos digitais o que chamamos de plataforma digital. A SantéCorp, por exemplo, tinha a questão da telemedicina. O módulo telemedicina estava lá nos serviços que ela oferece às empresas que atende. Em algum momento, esse ativo digital (o módulo de telemedicina) ia sair da SantéCorp e ia virar uma plataforma independente para médicos. O que fizemos? Tenho isso aqui plenamente desenvolvido e está funcionando bem. Vou colocar isso para fora e vou construir uma plataforma independente. O médico que vai usar não precisa ser da SantéCorp. Ele pode ser de qualquer serviço, precisa ter um CRM válido e querer usar a plataforma de telemedicina. E isso virou uma plataforma independente com médicos independentes.

O que é o Fleury Lab? E vocês têm investido em startups?
O Lab é uma maneira diferente de trazer tecnologia para a companhia. O tradicional, dentro de uma área de tecnologia da companhia, é trabalhar por projetos. O Lab trabalha por produtos. Ele conecta tecnologia com uma demanda específica e cria um produto específico. Como, por exemplo, o Campana até Você, o check-in digital e a telemedicina. Foi uma maneira de a gente conectar tecnologia e saúde de uma maneira única. O Fleury Lab se encarrega disso. Hoje, temos aproximadamente 100 desenvolvedores. Ele é uma power house de inovação de produtos, de tecnologia, que usa tanto coisas que desenvolve internamente, como também identifica oportunidades de fora para trazer para dentro. E analisamos sim empresas que podemos adquirir.

O Fleury tem um corporate venture para investir em startups?
Temos um investimento feito na Qure Ventures, que é um fundo israelense que investe em startups. Mas não investimos diretamente nas startups, mas sim no fundo. E analisamos tanto o investimento direto em algumas dessas startups, quanto aportes por meio desses fundos. Fazemos os dois caminhos.

Como vocês aproveitam esses investimentos indiretos nas startups?
A Qure Ventures é fundo israelense de um fundo maior chamado OurCrowd, mas ele é dedicado para health. Ele só tem empresas de saúde em seu portfólio. Com esse investimento direto, sentamos no board e ajudamos a Qure Ventures a decidir em quais tecnologias investir. Com isso, temos mais acessos, estamos muito próximos e podemos fazer investimentos diretamente nessas empresas, quando elas têm um benefício direto ou estão conectadas com algo que estamos fazendo.

"Estamos programando fazer investimentos diretos sim em algumas empresas. Ainda estamos na fase de análise"

O Fleury já fez investimento direto em startups?
Estamos programando fazer investimentos diretos sim em algumas empresas. Ainda estamos na fase de análise. No ano passado, estive no Vale do Silício analisando isso. Neste ano, antes de tudo acontecer, no começo de fevereiro, estive em Israel novamente analisando e entendendo as empresas de lá. E, desde aquele momento, tem algumas empresas que estamos seguindo de maneira mais próxima. Então, isso para a gente não é uma iniciativa spot. Isso faz parte do que fazemos no dia a dia.

O Fleury é um dos signatários do manifesto #NãoDemita, na qual as empresas tinham o compromisso de não demitir até maio deste ano. Estamos em junho. Como vocês estão analisado essa questão?
Não temos nenhum plano de demissão em massa sendo analisado na empresa neste momento. Não fizemos demissões em maio. E não vamos fazer em junho também. Inclusive, acreditamos que essa curva de retomada, que se mostra semana após semana maior, vai acontecer daqui para frente. As pessoas já postergaram muito sua ida ao médico. Elas já postergam muito a atenção a vários tratamentos. A saúde preventiva é algo que emerge muito fortemente da Covid-19.

Você acredita que consegue recuperar essa demanda que foi perdida em março e abril?
Não sei como vai ser no resto do ano. Mas acredito que, dia após dia, semana após semana, vamos recuperar um volume mais próximo do normal. Acrescentando a isso toda essa demanda pela Covid-19. Hoje, tenho uma demanda grande de empresas que não tinha antes.

Neste ano, vamos voltar a ter uma vida normal?
Gostaria que sim. Estamos vivendo na era da pré-vacina. Aos poucos, você vai chegando a uma certa normalidade, sendo que você convive com o vírus. Acredito que, no fim do dia, é uma questão de liberdade. Infelizmente, o vírus tolheu alguns graus de nossa liberdade. Quero chegar a uma liberdade total de poder a ir a um bar, a um restaurante e a um show. Mas isso ainda está um pouco distante. Se é seis meses ou um ano, não sei. Mas vamos nos adaptar e praticar o que fazíamos no passado de uma maneira diferente. Se falar que hoje se descobriu uma vacina, há ainda um longo tempo para conseguir produzir doses suficientes. Mas para retornar a nossa independência total, com certeza, vai passar de 2020.

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