Nos últimos anos, alguns negócios passaram por forte expansão no Brasil. No ramo das farmácias, inclusive nos segmentos das pequenas e independentes, e de pet food, o que se viu foi um movimento constante de aumento do número de lojas existentes.

Outros setores, como o varejo agro e o de materiais de construção, vivem agora um processo de consolidação, com empresas regionais se mobilizando para ganhar relevância nacional.

São poucos os municípios brasileiros sem a presença de pelo menos um varejo farmacêutico, um pet food, uma loja com produtos agrícolas ou um estabelecimento que vende material para construção.

Segundo dados de entidades setoriais, existem pelo menos 122 mil farmácias e 153 mil varejistas de materiais de construção no Brasil, para ficar apenas em dois exemplos.

Especializada no desenvolvimento de soluções de inteligência de dados para a gestão do canal distribuidor e atacadista, a Mtrix decidiu reforçar sua atuação nesses mercados.

A empresa possui trajetória sólida na área de bens de consumo, tendo construído nos últimos 13 anos, desde a sua fundação, uma espécie de hub de colaboração de dados entre indústrias, distribuidores e varejistas, ajudando estes players de diversos segmentos a aumentar a eficiência de suas operações.

Com a expertise alcançada entre os bens de consumo, a Mtrix quer agora investir em novos segmentos, focando nas quatro áreas em que enxerga maior sinergia com o seu negócio.

“Notamos que, em alguns setores, não há uma troca tão intensa de dados entre a indústria e seus próprios distribuidores atacadistas”, diz Fernando Figueiredo, diretor de desenvolvimento de negócios da Mtrix. “Portanto, há um espaço muito grande a ser conquistado.”

É fácil entender como funcionam as soluções oferecidas pela Mtrix. Onde há uma indústria que fabrica e precisa vender os seus produtos, existe uma rota de distribuição que passa por um atacadista, a despeito do item que será comercializado.

Obviamente, cada setor tem as suas próprias características, com estrutura de operação e sazonalidades específicas. Contudo, no geral, o processo de venda é basicamente o mesmo.

A Mtrix coleta diariamente informações de quase 2 mil distribuidores que estão conectados à plataforma da empresa e que chegam a mais de 1,1 milhão de pontos de venda em todo o território nacional.

A partir dessa base colossal de dados, a empresa fornece o que realmente faz diferença – a inteligência analítica e alta qualidade no tratamento dos dados. Ao gerar conteúdo inteligente a partir da enorme quantidade de dados, a Mtrix auxilia as indústrias em suas tomadas de decisão.

A empresa traz respostas para perguntas que fazem a diferença nos negócios de seus clientes. Quais são os produtos de maior aceitação em determinadas regiões do Brasil? Quais são os volumes vendidos ou os preços praticados? Como estão os níveis de estoque?

Entre os bens de consumo, essas soluções já estão consagradas e fazem parte da rotina das indústrias que contratam os serviços da Mtrix há mais de uma década.

“Agora, dentro de nossa estratégia de expansão, vamos levar essa visibilidade de dados para outras áreas de negócios”, reforça Fernando Figueiredo. “É um processo natural e inevitável.”

O executivo diz que há uma carência muito grande, em termos de visibilidade de dados, nos novos setores que a Mtrix pretende abordar.

No setor de material de construção, por exemplo, a Mtrix percebeu que não é uma prática comum a troca de dados entre a indústria e seus clientes. “Nosso trabalho será de levar informação e educação sobre o valor que a colaboração de dados pode gerar e de levar conhecimento para esses mercados”, diz Figueiredo.

Segundo o executivo, o setor farmacêutico e o mercado pet care estão um pouco mais maduros em relação ao uso de dados, mas ainda assim há muito por avançar.

A Mtrix cresce em ritmo veloz no Brasil. Há dois anos, seu portfólio era formado por 70 clientes dos mais importantes segmentos da indústria. Agora, esse número se aproxima de 100.

Em 2024, seu faturamento deverá crescer acima de dois dígitos – tem sido sempre assim nos últimos anos. Com mais clientes em mira, novas marcas certamente serão quebradas.