O avanço do mercado brasileiro de Banking as a Service (BaaS) nos últimos anos deu notável contribuição para o desenvolvimento da indústria financeira do país como também para outros setores econômicos.
Nesse contexto, algumas fintechs ficaram marcadas pela capacidade de inovar, introduzindo iniciativas que levaram o BaaS para um patamar ainda mais elevado. É o caso da Swap, plataforma de pagamentos e banking especializada em transformar negócios B2B por meio de soluções de embedded finance, que iniciou há um ano um projeto de rebranding, que acaba de ser concluído.
O movimento feito pela empresa pretende reforçar as vantagens competitivas que a fintech detém em relação ao mercado. “O que estamos fazendo previne uma prática habitual do setor: deixar para pensar na marca quando já é tarde demais”, afirma Doug Storf, cofundador e CEO da Swap. “Acreditamos que uma estratégia de marca bem estruturada garante mais solidez para impulsionar ciclos de crescimento contínuos.”
Para Storf, o investimento em marca é comum em empresas mais longevas, que muitas vezes precisam pensar suas estratégias de branding de forma repentina e desestruturada, seja por aquisições, rodadas de funding, necessidade de acelerar o crescimento ou fomentar uma cultura interna de maior pertencimento.
O CEO da Swap lembra que o processo de rebranding envolveu consultas ao mercado, de clientes a investidores. Segundo ele, a empresa também realizou uma revisão completa de seu propósito e valores organizacionais para sustentar o seu diferencial como provedor de soluções que combinam tecnologia financeira de ponta, excelência no atendimento e profundo conhecimento dos mercados dos seus parceiros para gerar transformações de grande valor e impacto.
O rebranding acontece em um momento em que a fintech se prepara para novos ciclos de crescimento em um mercado aquecido e com grandes empresas buscando cada vez mais as soluções de banking as a service, além de uma regulação iminente pelo Banco Central e que vai ajudar a consolidar o setor.
Desde 2021, a empresa já vem chamando atenção do mercado quando recebeu um aporte Série A de R$ 135 milhões liderado pela Tiger Global. De lá para cá, os números impressionam ainda mais. Entre 2021 e 2024, multiplicou seu faturamento por 25 vezes, numa escalada incomum no universo das fintechs no país.
Para se ter ideia, o crescimento é comparável às 5% melhores startups do segmento de Software as a Service do Vale do Silício, nos Estados Unidos. Mais do que isso: a empresa superou o breakeven em 2023, apenas cinco anos após a sua fundação, algo também pouco usual entre fintechs em geral.
Atualmente, a Swap é responsável pela emissão de mais de 7 milhões de cartões com bandeira Mastercard e possui uma carteira formada por mais de 60 clientes, de startups iniciantes a empresas de grande porte, como Espresso - Grupo Sankhya, Sólides, BMP, Swile, Alymente e Onfly, entre outras. “Esses números comprovam que o nosso modelo de negócios é sustentável e escalável”, afirma Storf.
Entre as soluções de BaaS trazidas pela empresa estão cartões, contas digitais, Pix, transferências bancárias, boletos e sistemas antifraude. “Todas elas são personalizáveis e estão disponíveis no modelo white label, onde basta o cliente colocar a sua marca e começar a rodar a plataforma”, afirma Storf.
Na prática, como tais soluções são aplicáveis? No ramo de benefícios flexíveis, oferece infraestrutura pioneira no mercado que permite a integração do cartão bandeirado Mastercard com as transações de Vale-Refeição e Vale-Alimentação dentro das regras do PAT, mudando drasticamente a forma como um segmento bilionário passou a se relacionar com o consumidor. Entre as soluções de banking, destacam-se os principais meios de recebimento e pagamento de recursos, gestão via API e estrutura completa de contas digitais.
Em seis anos de história, a Swap também ficou marcada pelo pioneirismo. A empresa foi precursora em soluções de cartões bandeirados para o mercado de benefícios flexíveis, sendo uma das principais responsáveis por moldar esse segmento tal qual o conhecemos hoje em dia.
Parceiras com grandes grupos da indústria financeira também foram vitais em sua trajetória. “Desde o começo, a Mastercard abriu as portas para a Swap e nos ajudou a crescer”, diz Storf.
A Swap faz parte do Mastercard Start Path, programa global de aceleração que impulsiona o crescimento de startups e gera oportunidades de negócio por meio do suporte operacional, acesso comercial e investimento estratégico às startups que estão trabalhando em soluções financeiras inovadoras, além da colaboração com o ecossistema da gigante empresa de tecnologia – e líder no Brasil - da indústria de meios de pagamentos.
“Escolhemos a Swap para o programa Start Path da Mastercard por sua abordagem inovadora e seu potencial de escalabilidade ao oferecer diferentes serviços e soluções“, afirma Eduardo Arnoni, Vice-Presidente Sênior de Parcerias Digitais e Fintechs. “Vimos nossa parceria com a Swap dar excelentes resultados, atingindo recordes de clientes e cartões emitidos, o que contribui diariamente com o nosso objetivo de sermos o principal parceiro de fintechs na América Latina e Caribe”, finaliza Arnoni
Até onde a Swap poderá chegar? A empresa projeta um crescimento de 300% entre 2024 e 2025 – algo bastante factível diante dos resultados obtidos até agora.
“A Swap tem mostrado o potencial que as soluções de BaaS podem gerar para fortalecer o negócio de parceiros, seja pela criação de novas linhas de receitas ou até mesmo pela criação de novos mercados, como ocorreu com o segmento de benefícios flexíveis”, diz Storf.
Agora, a empresa mira novos mercados, como o agronegócio, ERP e o de gestão de frotas corporativas, tanto leves quanto pesadas. “Nós estamos olhando para setores tradicionais que estão passando por transformações, e que, portanto, oferecem muitas oportunidades”, diz o cofundador da Swap.
Com a nova marca, o grupo que conta com cerca de 160 colaboradores reforça o seu diferencial como o único player de Baas especializado em negócios B2B, se destacando em um mercado altamente competitivo e mira novos ciclos de crescimento acelerado como o tem sido registrado nos últimos anos.