Fundada em 2001, a XP demorou 10 anos para atingir a marca de um bilhão em ativos sob custódia. Empresa especializada em consultoria financeira e assessoria de investimentos, a W1 levou metade do tempo – 5 anos – para alcançar o mesmo feito.
“A XP nasceu com foco em investimentos, enquanto a W1 mira o Planejamento Financeiro 360º,”, afirma Gabriel Mangueira, CEO da W1. “Mas a XP tem uma jornada que nos inspira.”
O sonho da W1 é grande, para usar uma imagem bastante usada por Guilherme Benchimol, fundador da XP. A empresa tem a ambição de alcançar R$ 1 trilhão sob gestão em até 10 anos — o que seria perfeitamente possível mantendo o ritmo de crescimento atual, superior a 100% ao ano. Atualmente, os valores administrados pela empresa somam R$ 1,7 bilhão.
Como isso será possível? Mais uma vez, a trajetória da XP serve como inspiração. Capacidade para inovar, investimentos na formação das equipes e um modelo de negócios voltado para a satisfação dos clientes – além, é claro, de uma dose elevada de ousadia – são fatores que movem a W1.
O crescimento veloz da companhia nos últimos anos demonstra que, de fato, não há limites para os seus sonhos – assim como não havia para a XP. “A W1 está hoje em estágio de crescimento similar ao que a XP alcançou em 2010, quando fez a primeira captação”, diz o CEO. Por coincidência, 2010 foi o ano de fundação da W1.
Em 2024, o faturamento da W1 somou cerca de R$ 100 milhões, o que representou um salto de 150% versus 2023. No ano passado, a empresa vendeu mais de R$ 700 milhões em consórcios, e a meta para 2025 é mais do que dobrar a cifra, ultrapassando R$ 2 bilhões.
Há outras marcas expressivas. O número de clientes saltou de 30 mil para 40 mil no período de um ano e a empresa tornou-se a maior distribuidora de seguros de vida individual no Brasil, um dos pilares mais importantes do planejamento financeiro.
A W1 acelerou os negócios ao fisgar um público que estava negligenciado pelo mercado, aquele com menos de R$ 1 milhão investidos e que precisa de orientação especializada e proximidade.
Atualmente, muitos dos clientes da W1 são médicos, advogados e empresários de pequeno e médio portes que não eram atendidos de forma eficaz por bancos ou assessorias de investimentos.
“É nesse mar que a W1 surfou”, afirma Mangueira. “Ninguém estava olhando para esse universo com atenção e nós aproveitamos a oportunidade.”
Planejamento financeiro, ressalte-se, é importante para todos os momentos da vida – para os planos de férias, de compra do imóvel ou do carro, e da aposentadoria, entre outros. Sem um bom roteiro dos caminhos que deve seguir, o investidor reduz as chances de alcançar os seus objetivos.
O método W1 de Planejamento Financeiro é estruturado em cinco pilares fundamentais: organização financeira, expansão patrimonial, acúmulo de capital, proteção do patrimônio e planejamento sucessório. Juntos, esses pilares garantem uma abordagem holística e estratégica, propiciando segurança e crescimento financeiro.
O mercado endereçável da W1, portanto, é gigantesco, compreendendo toda a população que consegue reservar capital para investimentos, ou que pretende fazer isso em algum momento da vida. “Nós ajudamos os clientes a alcançar objetivos financeiros de curto, médio e longo prazos”, afirma Mangueira.
É por isso que a W1 avança no Brasil. O modelo de negócios da empresa envolve a elaboração de planos financeiros personalizados, integrando aspectos como objetivos, renda e capacidade para investir dos clientes. Com isso, a empresa consegue criar estratégias detalhadas e acompanhar o progresso das pessoas rumo à realização de suas metas financeiras.
“Fomos desenvolvendo esse modelo e investimos muito em projetos de tecnologia e expansão”, diz Mangueira. “Ao mesmo tempo que a demanda aumentava, estávamos nos preparando para suportar esse avanço.”
Os aportes em tecnologia resultaram no desenvolvimento de um software de planejamento financeiro. Assim como a XP tem um hub digital para assessores, a W1 possui uma versão para os seus consultores. O software permite o acompanhamento de cada detalhe da vida financeira do cliente, inclusive sincronizando contas bancárias.
A empresa também acelerou a expansão para novas praças. No ano passado, abriu 10 escritórios em cidades estratégicas como Fortaleza (CE), Ribeirão Preto (SP) e Porto Alegre (RS), totalizando agora 29 operações espalhadas por diversas regiões do país.
Nos últimos 4 anos, os investimentos em tecnologias e em projetos de expansão totalizaram R$ 50 milhões, e novos aportes estão previstos para os próximos anos. Para isso, a empresa planeja captar R$ 100 milhões ainda em 2025. “É como se fosse um pré-IPO”, diz Mangueira.
A abertura de capital, de fato, está no horizonte. A ideia, segundo o CEO, é fazer a oferta de ações na próxima janela oferecida pelo mercado, o que poderá acontecer a partir de 2026. “Estamos nos preparando para o futuro, com governança estruturada, auditorias externas e uma liderança renovada”, conclui Mangueira.