As ações da Renner fecharam o pregão da última sexta-feira, 21 de fevereiro, com queda de 14%, após uma série de reportagens e analistas questionarem o bônus concedido a executivos da empresa, anunciado um dia antes, juntamente com o balanço do quarto trimestre e do ano consolidado de 2024.

Esses desdobramentos estão no centro de um comunicado divulgado pela varejista nesta segunda-feira, 24 de fevereiro. A rede busca esclarecer como funciona o seu Programa de Participação nos Resultados (PPR), além dos critérios que embasaram a sua apuração em 2024.

A Renner ressalta que, conforme divulgado em suas demonstrações financeiras anuais, o PPR no valor total de R$ 150,7 milhões, em 2024, será distribuído entre cerca de 21 mil funcionários da companhia, excluindo seus administradores, que não são elegíveis ao programa.

Segundo a empresa, o PPR premia os esforços coletivos no alcance de metas pré-estabelecidas e aprovadas por seu Conselho de Administração, por recomendação do Comitê de Pessoas e Nomeação. E é ativado somente se a companhia atingir uma meta mínima anual de Ebit.

“As metas do PPR incluem não apenas marcos financeiros, mas também objetivos não financeiros que são essenciais para a criação de valor sustentável a longo prazo da companhia. O PPR é calculado com base nos resultados anuais e não nos desempenhos trimestrais”, destaca a varejista.

A Renner reforça que apurou uma expansão anual de 23% em seu lucro líquido em 2024, já descontados os valores pagos no âmbito do PPR (32% excluindo o programa). E que, em paralelo, seu Ebitda cresceu 26%, além de a rede registrar uma geração de caixa recorde de R$ 1,5 bilhão, alta de 40% sobre 2023.

A rede informa ainda que, no exercício de 2024, a remuneração variável efetiva dos administradores da companhia foi 11% inferior à aprovada pelos acionistas na Assembleia Geral Ordinária realizada em 18 de abril de 2024, e representou cerca de 1% do lucro líquido do período.

O grupo ressalta ainda que, no ano passado, distribuiu e pagou R$ 634 milhões em juros sobre capital próprio e dividendos aos acionistas, o que equivalente a 53% do lucro líquido do período. E acrescenta, no comunicado:

“A companhia reitera o seu compromisso com a transparência e as melhores práticas de governança corporativa, o que, principalmente desde 2005, quando foi reconhecida como a primeira corporation brasileira, a faz ser referência no mercado de capitais”, finaliza.

As ações da Renner estavam sendo negociadas com ligeira alta de 0,68% por volta das 11h55, cotadas a R$ 11,87. Em 2025, os papéis registram uma desvalorização próxima de 2%. A rede está avaliada em R$ 12,4 bilhões.