Uma reação adversa em um paciente inglês suspendeu a terceira fase de testes da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford.
Os estudos estavam sendo realizados nos Estados Unidos e no Reino Unido e, ao que tudo indica, foi suspenso voluntariamente pela fabricante. A história foi revelada pelo portal Stat News, especializado em medicina e pertencente ao jornal americano Boston Globe.
Pausas como essa não são incomuns em testes de vacina, e algumas pessoas ouvidas pelo Stat News dizem se tratar de um “excesso de preocupação”.
Os pesquisadores envolvidos não revelaram detalhes e nem a gravidade do ocorrido, mas a notícia preocupa porque a fórmula testada pela AstraZeneca era considerada uma das mais promissoras dentre as nove vacinas na terceira fase de teste.
Em junho, o governo brasileiro, por meio do Ministério da Saúde, anunciou uma parceria com a Universidade de Oxford para a produção de 30,4 milhões de doses da vacina em questão, com um aporte de US$ 127 milhões. Hoje pela manhã, Eduardo Pazuello, ministro da Saúde, afirmou que a vacinação no País começaria em janeiro.
Segundo o diretor de um dos principais hospitais do País ouvido pelo NeoFeed, a vacina vinha gerando efeitos adversos em cerca de 80% dos pacientes. Entre eles, febre e mal-estar, mas nada tão mais grave do que isso.
"Como a vacina dá uma resposta imune realmente importante, é esperado que ela tenha efeitos adversos igualmente intensos", afirmou a fonte, ressaltando que interrupções em estudos científicos não são incomuns.
"Especialmente em estudos sérios, porque os dados compilados pelos pesquisadores são analisados por um comitê independente, exatamente para garantir a interpretação correta dos dados", observou. "As interrupções são feitas para analisar caso a caso e, a partir disso, começar a estabelecer quais são os grupos de risco", acrescentou.
Em comunicado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) confirmou ter recebido notificação da empresa sobre a interrupção.
“A decisão de interromper os estudos foi do laboratório, que comunicou os países participantes. A Anvisa já recebeu a mensagem e vai aguardar o envio de mais informações para se pronunciar oficialmente”, informa o texto do comunicado da Anvisa.
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