Nos últimos 5 anos, a taxa básica de juros no Brasil passou por dois ciclos bem definidos. Em outubro de 2016, a Selic iniciou seu processo de descida, que duraria até agosto de 2020. Nesse período, o índice caiu de 14,25% para 2%, mantendo-se no mesmo patamar até março de 2021.

A partir daí, um novo ciclo entrou em ação. Desta vez, de alta – a taxa está agora em 5,25%, mas o mercado estima que nas próximas reuniões do Banco Central chegará a 7,75%. A mudança de cenário levou os investidores a virar a chave de suas carteiras. De novo.

Antes, com os juros baixos, a renda fixa perdeu a atratividade e a Bolsa explodiu com a entrada de milhões de investidores. Mas o mundo gira – no Brasil, mais ainda. Com a alta dos juros, a renda fixa voltou a ser sedutora, e a transformação já é sentida na indústria financeira.

“A nova realidade abre espaço para produtos de renda fixa bem desenhados, com capacidade para gerar alfa e atrair diversos tipos de investidores, dos conservadores aos arrojados”, diz Pedro Boainain, Head Portfolio Manager de Fundos de Crédito e Global Institutional Solutions na Itaú Asset Management. “Trata-se, portanto, de uma enorme oportunidade para os fundos de crédito privado.”

Os números confirmam seu prognóstico. Entre janeiro e julho, as emissões de debêntures, um dos principais títulos de renda fixa disponíveis no mercado, somaram R$ 119,8 bilhões. No ano passado inteiro, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), foram R$ 121,1 bilhões.

O movimento é, de fato, crescente. Apenas em julho, os fundos de renda fixa captaram R$ 28,4 bilhões, o equivalente a 65% do total dos fundos de investimentos negociados no País, conforme apurou a Anbima.

A Itaú Asset, maior gestora privada de recursos do País, está na linha de frente dessa transformação. Nos últimos dois meses, a captação do crédito privado da casa totalizou cerca de R$ 8 bilhões, enquanto em maio a captação líquida havia sido próxima de zero. Se a base comparativa for 2020, a mudança é gritante. “Um ano atrás, estávamos tomando resgate de R$ 5 bilhões ao mês”, lembra Boainain.

O ótimo desempenho da Itaú Asset não é, obviamente, fruto do acaso. A gestora detectou com antecedência que o mercado estava prestes a mudar e se preparou para capturar esse movimento.

No final do ano passado, antes de o ciclo de aumento de juros começar, lançou duas mesas separadas de crédito privado. A primeira é focada no crédito tradicional, que está sob responsabilidade de Pedro Boainain. A outra ficou com Sergio Goldstein, Head Portfolio Manager da Mesa de Crédito Estruturado da Itaú Asset Management.

A mesa de crédito comandada por Boainain conta com um time de doze profissionais que se dedicam a formatar produtos do dia a dia, com menor nível de risco. “Já no meu caso, são aquelas operações que exigem alguma estruturação, como fundos listados em bolsa ou fundos fechados de crédito”, explica Goldstein, que está à frente de seis especialistas no assunto.

O mercado de crédito privado pode parecer complicado, mas é fácil entender o seu mecanismo. Ele consiste basicamente de títulos de dívida emitidos por instituições privadas, que assim captam recursos para realizar investimentos.

Em um cenário de taxa de juros em ascensão, tais títulos representam excelente alternativa em renda fixa para os investidores que buscam opções mais arriscadas – mas que, em contrapartida, oferecem a possibilidade de entregar rentabilidade maior.

Há diversos ativos no mercado brasileiro. Os mais conhecidos são as debêntures, emitidas por sociedades anônimas não financeiras. Nesse grupo estão também as debêntures incentivadas, isentas de Imposto de Renda, mas que obrigam as empresas a usar os recursos captados em projetos de infraestrutura.

Outras alternativas são os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), como são chamados os títulos lastreados em créditos imobiliários, e os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), vinculados a negócios rurais.

O setor imobiliário, não custa lembrar, passa por forte retomada, o que poderá favorecer esse tipo de investimento. O agronegócio, por sua vez, está sempre bem. “A nossa visão para o agro no curto, médio e longo prazo é bastante positiva”, diz Goldstein.

O aumento da Selic, portanto, não é o único fator que impulsiona o crédito privado. A própria recuperação econômica, que ganhou tração no segundo semestre, representa um estímulo considerável, na medida em que as empresas precisam de recursos para realizar novos investimentos.

Pedro Boainain aponta outras razões que estão revigorando o mercado. “As empresas foram muito testadas no período recente, seja pela pandemia ou pelo contexto macro”, afirma o executivo. Ao sobreviver a um período desafiador, elas se tornaram companhias melhores e, portanto, mais confiáveis para o olhar do investidor.

Outro fator importante é que a própria indústria se desenvolveu. “No passado, os ativos de renda fixa e de crédito eram muito caros”, diz Boainain. “Hoje em dia, há produtos melhores e com preços mais competitivos.”

Tudo isso já seria suficiente para despertar o interesse do investidor, mas há outra questão essencial que deve ser analisada. “Não existe carteira boa sem diversificação”, ressalta Sergio Goldstein. Nesse contexto, o crédito privado é uma maneira de tornar o portfólio do investidor mais rico e, claro, diverso.

A Itaú Asset deteve na média dos últimos 5 anos cerca de um terço do mercado de crédito corporativo de Assets do País – sua forte presença permite a adoção de estratégias diferenciadas. Em vez de contratar ratings de agência de crédito, a Itaú Asset tem seu próprio sistema de avaliação de riscos. Com isso, é possível antecipar movimentos do mercado, como enxergar eventuais problemas que uma empresa possa ter no futuro.

Integrar um grupo do tamanho do Itaú representa, de fato, uma vantagem competitiva. A mesa de crédito estruturado, por exemplo, mantém parcerias com o Cubo Itaú para acelerar o processo de análises de crédito de empresas menores que passaram pelo hub de inovação. Se o mercado mudou, o Itaú está preparado para ser cada vez mais protagonista desse movimento.

Confira a seguir alguns produtos de crédito privado disponíveis na Itaú Asset:

Itaú Personnalité Privilège
Fundo de baixo risco, custo competitivo e liquidez diária. Busca superar o CDI através do investimento em títulos públicos e privados de alta qualidade de crédito. Nos últimos 12 meses rendeu 113% do CDI (data base: 30/07/21).
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Itaú Active Fix
Fundo de crédito privado com diversificação de emissores financeiros e não financeiros de baixo e médio risco. Alternativa que tende a ser superior ao investimento direto em crédito privado pela diversificação de risco, maior liquidez e potencial de retorno pela gestão ativa, que nos últimos 12 meses resultou em rentabilidade de 197% do CDI (data base: 30/07/21).
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Itaú Precision
Uma alternativa de fundo de crédito privado diversificado para o investidor em geral com prazo de cotização um pouco mais longo para possibilitar maior concentração em oportunidades com potencial de retorno mais acentuado, o que resultou nos últimos 12 meses uma performance acumulada de 179% do CDI (data base: 30/07/21).
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Itaú Flexprev High Yield
Versão para previdência privada de fundo de crédito que reúne as qualidades de um portfólio diversificado em ativos de médio e baixo risco de crédito e gestão ativa profissional com foco em gerar retornos consistentes e apreciação de capital no longo prazo. Nos últimos 12 meses teve retorno acumulado de 196% do CDI (data base: 30/07/21).
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Itaú Debêntures Incentivadas
Fundo aberto e isento da estratégia de renda fixa crédito privado que oferece proteção à inflação no longo prazo e conta com alíquota zero de Imposto de Renda para investidores pessoa física. Através de gestão ativa de uma carteira diversificada de ativos incentivados de infraestrutura busca superar o retorno dos títulos públicos federais atrelados à inflação (NTN-Bs) em +0,5% a +1,0% ao ano.
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IFRA11
Fundo de investimento listado em bolsa que oferece rendimentos isentos de imposto de renda e investe em debentures incentivadas emitidas por empresas com projetos relacionados à setores de infraestrutura. Busca retorno no longo prazo de +0,5% a +1% acima do retorno dos NTN-B de prazo equivalente, tendo acumulado retorno nominal de valorização de cota patrimonial e proventos de 7,14% nos últimos 12 meses (data base: 30/07/21).
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Itau Active Fix Dual
Fundo que busca superar o CDI no longo prazo investindo em títulos privados no Brasil e no exterior sem exposição cambial, tendo acumulado tendo acumulado retorno de 224% do CDI nos últimos 12 meses (data base: 30/07/21).
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Itau Precision Advanced
Fundo que dá acesso a emissões mais estruturadas e de alto valor agregado selecionadas por equipe com profundo conhecimento de setores e garantias. Tem objetivo de superar o CDI no longo prazo, tendo acumulado retorno de 233% do CDI nos últimos 12 meses (data base: 30/07/21).
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