Publicada no final de setembro, a nova edição do World Giving Index (WGI), o mais respeitado estudo que mede a generosidade global, mostra que o Brasil tem se tornado um país mais solidário.
De acordo com o levantamento, o Brasil subiu pelo quarto ano consecutivo no ranking geral da pesquisa. Desta vez, com um salto surpreendente, passando da 54ª para a 18ª posição, sua melhor colocação na história.
Foram observados avanços em quase todos os critérios de avaliação. Em 2021, 47% dos brasileiros afirmaram ter praticado algum gesto de solidariedade – eram 35% em 2020. Nas doações em dinheiro, o indicador subiu de 26% para 41%.
O Bradesco Private Bank certamente tem contribuído para esses resultados. Em 2019, o banco criou uma célula específica, chamada “Filantropia e Investimento Social Privado”, que tem por objetivo ajudar famílias a deixar um legado para a sociedade.
Na indústria financeira, poucas instituições têm um núcleo dedicado exclusivamente à filantropia. O Bradesco Private Bank é uma delas.
A célula integra a área de Wealth Planning do Bradesco Private Bank, liderada pelo Superintendente Executivo Marcio Renato Ribeiro Silva, que compõe um núcleo voltado à preservação, gestão, valorização e crescimento patrimonial. Dentro do Wealth Planning, a filantropia tem se tornado uma vertente cada vez mais relevante.
“Em essência, auxiliamos famílias que desejam estruturar o seu legado social”, resume Poliana Simas, especialista em Wealth Planning do Bradesco Private Bank e responsável pela nova célula.
A especialista vai além: “Da mesma forma que levamos para as famílias a importância de ter um portfólio de investimentos adequado para a gestão do patrimônio, trazemos esse conceito para o contexto do investimento social. A construção de um portfólio filantrópico vem sendo tratada com cada vez mais relevância e naturalidade no planejamento patrimonial. Os principais ativos disponíveis para alocação nesse portfólio são o tempo, o recurso e o conhecimento. Quando investidos com eficiência, contribuem de forma significativa para a promoção de uma sociedade melhor para todos.”
“A construção de um portfólio filantrópico vem sendo tratada com cada vez mais relevância e naturalidade no planejamento patrimonial”, diz Poliana Simas, especialista em Wealth Planning do Bradesco Private Bank
Na prática, o que a célula do Bradesco Private Bank faz? O banco apoia as famílias em diversas abordagens, da identificação e definição da causa até a estruturação, o planejamento completo do projeto e a gestão dos ativos das instituições filantrópicas.
Para isso, o banco conta com uma rede de especialistas no tema. “Ajudamos o Bradesco Private Bank a atender às demandas das famílias no desenvolvimento do legado social”, afirma Priscila Pasqualin, sócia e responsável pela área de filantropia e investimento social de impacto do escritório PLKC Advogados.
É um trabalho abrangente. “A família pode experimentar várias formas de atuação, seja com instituições próprias ou com aquelas que já estão em campo”, explica Priscila. “Elas podem atuar como doadoras, de forma pontual ou mais estratégica, como fomentadoras de uma causa específica, desenvolvendo pesquisas, buscando novas soluções, fazendo advocacy, estruturando um fundo filantrópico ou promovendo o atendimento direto na ponta. E podem fazer isso de maneira progressiva e leve, até encontrar qual a vocação filantrópica da família e o quanto querem se dedicar a ela, devendo sempre buscar fazer isso com segurança jurídica.”
Ao recorrer ao Bradesco Private Bank, as famílias encurtam caminhos para destravar seus projetos filantrópicos. Além de contar com profissionais especializados, o banco atua como uma parte isenta e capaz de auxiliar as famílias na escolha de um projeto mais adequado ao seu perfil.
“O Bradesco consegue contribuir também com todo know-how da gestão profissional dos recursos das entidades filantrópicas. A estruturação de veículos, como, por exemplo, os fundos exclusivos, traz uma robustez que fortalece a governança e a credibilidade da instituição filantrópica facilitando a captação de recursos. A regulamentação dos fundos exige que se tenha a figura do gestor credenciado na CVM, responsável por tomar as decisões de alocação dos recursos de forma profissional e observando a política de investimentos que foi definida pela própria entidade, além disso, é obrigatório que haja auditoria do fundo. Todos esses elementos proporcionam mais segurança ao capital filantrópico investido”, diz Poliana Simas.
Para aqueles que desejam saber mais sobre esse universo da filantropia e não sabem como começar, o Bradesco Private Bank divulgou recentemente uma cartilha, elaborada em parceria com o escritório de advocacia PLKC, que traz o passo a passo e informações sobre a estruturação de projetos que ambicionam deixar um legado social.
Materiais como esse que funcionam como uma espécie de roteiro são de grande ajuda, porque até mesmo a identificação da causa pode ser um grande desafio para as famílias. Muitas vezes as diferentes gerações possuem interesses distintos, e isso pode dificultar o alcance de um denominador comum que possa conciliar o desenvolvimento de uma inciativa que compatibilize com o propósito dos diversos membros da família.
“Mas é possível criar estruturas que acomodem os diversos interesses e alinhem os valores filantrópicos de diferentes gerações, de forma a unir a família. Essa é uma das vantagens de iniciar o legado familiar em vida, e não via testamento, com a construção e experimentação conjunta das iniciativas.”, complementa Priscila Pasqualin.
Recentemente, o Bradesco Private Bank realizou uma pesquisa para mapear as áreas de interesse dos futuros filantropos. “Levantamos informações essenciais para entender as causas dominantes”, diz Poliana. “Descobrimos que a educação é a causa de maior aderência dos nossos clientes para apoio frequente, seguida de crianças e jovens e proteção ao meio ambiente.”
Apesar da predominância da educação nesse mapeamento, o Banco, ressalte-se, já acompanhou o desenvolvimento de projetos em diferentes áreas, da educação à saúde, da diversidade ao meio ambiente, da requalificação de profissionais com mais de 50 anos à primeiríssima infância.
Um aspecto interessante apontado tanto por Poliana quanto por Priscila é o fato de as novas gerações estarem mais dispostas a investir tempo, recursos e conhecimento em filantropia, de forma a buscar soluções mais sistêmicas e abrangentes para os desafios socioambientais que temos.
“As gerações mais velhas têm maior disponibilidade financeira, mas muitas vezes a discussão da filantropia surge com provocações feitas pelos mais jovens”, afirma Poliana. “Os jovens são mais atentos a questões socioambientais e têm a vontade de gerar impactos positivos para a sociedade, com o uso do capital filantrópico mais como um catalisador de transformações do que como fonte regular de doações para projetos benemerentes”, completa Priscila.
O Bradesco tem tradição na área. Criada por Amador Aguiar em 1956, a Fundação Bradesco é um dos projetos ligados à filantropia mais longevos e importantes do Brasil.
Em 2021, a Fundação investiu R$ 715 milhões em programas na área da educação, que envolveram mais de 43 mil estudantes de 40 escolas distribuídas em 26 estados brasileiros e no Distrito Federal.
“Quando exercemos a filantropia de alguma forma, essa ação transborda a nossa esfera de individualidade e contribui para que a sociedade se torne um pouco mais parecida com o que gostaríamos que ela fosse”, finaliza Poliana.