O inverno chegou para as criptomoedas. Atualmente, o valor de mercado dessa indústria gira em torno de US$ 890 bilhões, conforme dados da plataforma CoinGecko. Em novembro de 2021, a capitalização havia chegado ao recorde de US$ 3 trilhões.
Há algumas semanas, a FTX, segunda maior corretora de criptoativos do mundo, pediu falência após uma crise de liquidez que resultou no bloqueio de saques e congelamento de ativos.
Se a temperatura está baixa para o mercado em geral, nunca esteve tão quente para a Bitget, uma das cinco maiores corretoras de criptomoedas do mundo no mercado de Futuros.
Embora seja uma empresa relativamente jovem – foi fundada em 2018 –, a Bitget possui atualmente oito milhões de usuários registrados em sua plataforma, o que dá dimensão da velocidade de seu crescimento. A corretora já está presente em mais de 100 países.
A visão de negócio da Bitget é audaciosa: forte no mercado futuro de cripto, pretende dentro de 3 a 5 anos ser uma das 3 maiores plataformas do mundo em volume negociado.
Ela superou recentemente a marca de US$ 10 bilhões em volume médio diário de trading. Um ano atrás, o número estava na casa dos US$ 2 bilhões. Em novembro, quando todos os principais players foram bastante impactados pelo colapso da FTX, a Bitget quase dobrou o volume de negociações no mercado spot em sua plataforma (+96,5%).
A temperatura elevada também está expressa no ritmo de contratações. A corretora encerrará 2022 com cerca de mil funcionários. Em junho, eram 450. Até o primeiro trimestre de 2023, o objetivo é chegar a 1,2 mil colaboradores.
Mas, afinal, o que a Bitget tem feito nos últimos anos para ir na contramão do mercado e se destacar em um cenário repleto de obstáculos?
"Uma das explicações é o portfólio amplo de produtos e ferramentas que oferecemos aos clientes, além da segurança que proporcionamos aos nossos usuários, inclusive com recursos que não são encontrados no mercado”, explica Gracy Chen, diretora administrativa da Bitget.
De fato, o ano de 2022 ficará marcado pelas inovações trazidas pela Bitget. Uma delas, chamada “Praça de Estratégias”, foi lançada em novembro.
Em linhas gerais, o recurso permite que os usuários façam assinaturas dos estrategistas que desejam seguir, o que possibilita que suas operações sejam mais fluidas.
Funciona assim: os traders experientes compartilham suas estratégias pré-definidas na “Praça de Estratégias”. Por sua vez, os usuários analisam os perfis dos estrategistas, avaliam seu desempenho e passam a seguir aqueles que mais os agradam.
Após o usuário fazer assinar o perfil que o interessa, as estratégias dos traders selecionados serão executadas automaticamente nos 30 dias seguintes, replicando as mesmas operações nas carteiras dos assinantes.
Por outro lado, os estrategistas lucram cobrando uma taxa de assinatura para compartilhar seus insights e estratégias com outros traders.
O recurso está em sintonia com o foco da Bitget no que o mercado chama de social trading. Em resumo trata-se de facilitar a interação e troca de experiências entre os usuários, sejam eles veteranos ou iniciantes – é como se a plataforma fosse uma grande rede social.
“As exchanges de criptomoedas oferecem mais ou menos os mesmos produtos e serviços. Social trading é o que nos diferencia. Nosso objetivo é construir uma plataforma amigável para iniciantes e também benéfica para veteranos”, diz Gracy.
O principal produto de social trading da Bitget é o Copy Trade, que permite ao usuário copiar operações de derivativos realizadas por traders profissionais.
O recurso encurta caminhos. Com ele, o investidor iniciante no mercado de criptomoedas poderá reproduzir as ordens dos players mais experientes no exato momento em que elas são executadas.
Ao acessar os perfis disponíveis, o usuário encontrará, no formato de gráficos, o histórico de negociação dos profissionais, volume operado e o retorno obtido pelo trader que deseja seguir, para, então, tomar suas decisões de investimento.
“Somos pioneiros em copy trade no mercado brasileiro de criptomoedas”, afirma Caio Nascimento, gerente de Marketing para América Latina. “Além disso, temos o maior volume do mundo de operações realizadas por meio desse recurso.”
É fácil entender as diferenças entre os dois métodos de social trading. Ambas são automatizadas, mas enquanto no Copy Trade copia-se uma operação ou ordem de momento, na Praça de Estratégias o usuário terá replicado por um mês inteiro em sua conta todas as estratégias pré-determinadas e eventuais mudanças feitas pelo trader que decidiu assinar.
O sistema irá executar automaticamente as ordens quando o preço de mercado atingir os critérios pré-definidos, semelhante a um bot de negociação. No caso da Praça de Estratégias, ela é mais adequada em momentos de grande volatilidade de mercado para minimizar o erro humano em grandes mudanças de preços.
Outra inovação lançada recentemente é o Bitget Insights, recurso que também está afinado com a vocação social da plataforma.
Nascido em outubro, ele basicamente possibilita que os usuários aprendam com traders confiáveis e compartilhem suas visões, estratégias, dicas e insights.
Um diferencial é o fato de a Bitget garantir que todos os insights compartilhados venham de traders verificados, o que afasta o risco de shilling (promoções para atrair compradores) ou qualquer tipo de golpe.
Fernando Pereira, gerente de conteúdo, diz que as iniciativas listadas acima foram realizadas para garantir a melhor experiência possível aos usuários ao mesmo tempo em que os deixam mais seguros, mesmo os novatos, para desbravar o mercado de criptomoedas.
Em termos de segurança, a Bitget lançou uma série de iniciativas para aumentar a confiança de seus usuários e a credibilidade do universo cripto.
Entre elas, está o lançamento do Fundo de Auxílio de US$ 5 milhões e a ampliação do Fundo de Proteção de US$ 200 milhões para US$ 300 milhões, com endereços de carteira divulgados e promessa de não realizar saques dentro de pelo menos 3 anos.
Os fundos representam garantias adicionais para os usuários e poderão ser acessados em situações extremas e imprevisíveis na indústria cripto. O trauma deixado pela falência da FTX mostra que a iniciativa da Bitget é bem-vinda.
A Bitget teve um 2022 agitado. A empresa se registrou nas Ilhas Seychelles para acelerar seu processo de expansão global. Com isso, reforçou sua operação descentralizada, sem sede específica mas com pólos regionais em mercados estratégicos.
Também neste ano, contratou o craque Lionel Messi como embaixador da marca, um feito marcante às vésperas da Copa do Mundo. Além disso, anunciou o lançamento de uma campanha de marketing de US$ 20 milhões em comemoração à parceria e à Copa do Mundo.
Entre as facilidades para os clientes, passou a aceitar Pix e permitir depósitos e saques em reais, além de pareamento da moeda brasileira com Bitcoin e Ethereum.
Para a Bitget, o inverno das criptomoedas nunca chegou. Na verdade, os negócios da corretora nunca estiveram tão aquecidos.