A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira, 18 de junho, a Operação Chabu, para desarticular uma organização que violava o sigilo de operações policiais em Santa Catarina.

No total, a PF está cumprindo 30 mandados, sendo 23 de busca e apreensão e sete de prisão. O NeoFeed apurou que a sede da empresa Nexxera, em Florianópolis, recebeu os policiais da PF.

“A Nexxera vai contribuir com tudo o que for preciso com a Polícia Federal”, informou um porta-voz da companhia ao NeoFeed.

Não está claro ainda o motivo da busca e apreensão que aconteceu na sede da Nexxera. O prefeito de Florianópolis Gean Loureiro (sem partido, ex-MDB), foi preso na operação.

A Nexxera foi fundada em 1992 por três ex-funcionários do Banco de Santa Catarina (Besc). Um deles é Edson Silva, o atual presidente do grupo.

A empresa atua no mercado de troca eletrônica de dados (EDI, na sigla em inglês). A Nexxera se autodefine como o principal gateway de transações financeiras e mercantis do País. No ano passado, ele transacionou R$ 2 trilhões em seu hub de pagamentos B2B.

A holding tem como clientes mais de 60% das grandes corporações e forte atuação no mercado financeiro. São seus clientes Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Santander, Fiat, Multiplus e Pão de Açúcar, entre outras grandes corporações.

Neste ano, a Nexxera fechou um acordo com o C6 Bank, banco digital criado por ex-sócios do BTG Pactual.

No total, a companhia conta com mais de 5 mil clientes ativos. Por seus dois data centers passam mais de 2,5 bilhões de transações por ano.

A Operação Chabu é um desdobramento da Operação Eclipse, de agosto de 2018. Na ocasião, foi apurado que um grupo suspeito construiu uma rede composta por um núcleo político, empresários e servidores do órgão e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) lotados em órgão de inteligência e investigação, com o objetivo de embaraçar investigações policiais em curso e proteger o núcleo político em troca de benesses financeiras e políticas.

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