De um lado, o maior banco privado do Brasil. De outro, um dos setores mais dinâmicos da economia. Entre eles, um ecossistema formado por torneios de alta visibilidade, influenciadores com milhões de seguidores e profissionais dotados de inesgotável capacidade para inovar.

O Itaú, o mercado de games e as pessoas que transitam em torno dele jamais estiveram tão próximos – e provavelmente serão ainda mais íntimos com o passar do tempo. “Desejamos ser protagonistas deste universo”, diz Robson Harada, superintendente de Growth Marketing do banco. “Certamente iremos caminhar juntos.”

Por que o Itaú decidiu voltar os olhos para os gamers? Além de reforçar seu papel como agente transformador da sociedade, o banco quer se aproximar de um universo que deverá gerar grandes oportunidades de negócios.

O mercado brasileiro de games alcançou em 2021 um feito histórico: pela primeira vez, o País passou a liderar o ranking do setor na América Latina. Segundo dados da consultoria Newzoo, o segmento deverá encerrar o ano com faturamento de US$ 2,3 bilhões, 5,1% acima de 2020.

Não é só. O Brasil já representa 32% dos negócios gerados na região, mas essa participação tende a aumentar com o esperado crescimento das receitas de 12% ao ano até 2023.

O estudo da Newzoo traz outras informações surpreendentes. No Brasil, há 92,4 milhões de gamers – mais do que toda a população da Alemanha –, categoria que inclui qualquer pessoa que tenha jogado em computador, console ou celular nos últimos seis meses.

É um público jovem (mais de 70% estão na faixa etária de 10 a 35 anos), antenado (41,1 milhões de pessoas assistem live streamings sobre games) e com recursos (54,9 milhões gastam com produtos para jogar).

“Os gamers certamente vão ajudar a construir o Itaú do futuro”, diz Robson Harada, superintendente de Growth Marketing do banco

“Os gamers certamente vão ajudar a construir o Itaú do futuro”, diz Harada. “Por isso, consideramos esse mercado tão importante.”

A investida do Itaú vai além do patrocínio a gamers, influenciadores ou associações ligadas ao setor. Acima de tudo, o que a instituição busca é construir pontes capazes de inseri-la, de fato, nesse ambiente.

“A ideia é manter uma escuta ativa da comunidade, desde o gamer hardcore até quem prefere jogos casuais”, ressalta Harada. “Queremos conhecer as demandas dessa turma, as suas necessidade e expectativas em relação a produtos financeiros.”

O Itaú realizou a sua primeira grande investida no setor em maio, quando fechou uma parceria com o streamer João “Flakes Power” Sampaio, especializado na produção de conteúdos relativos ao jogo Fortnite.

Entre outras ações, o banco apoiou a criação da Hero Base, organização de e-Sports que tem por objetivo ajudar gamers a se profissionalizar. “O Itaú participou de todo o processo, desde a escolha do nome e da logomarca até a montagem do time completo”, diz Flakes.

É um projeto curioso. Os promissores talentos da Hero Base moram em uma mansão em Joinville (SC), onde desenvolvem as suas habilidades e produzem conteúdos para a comunidade gamer.

Integrantes da Hero Base, em Florianópolis

Firmar vínculos fortes com os grandes nomes do mercado é o que está por trás de diversos movimentos feitos pelo Itaú.

O banco é também um dos parceiros da Loud, organização de e-Sports e produção de conteúdo que conta com equipes de jogos como Free Fire, Fortnite e League of Legends, além de manter influenciadores, skatistas e até rappers contratados.

Para resumir: a Loud é uma das maiores plataformas desse tipo no mundo, com milhões de seguidores nas redes sociais.

“A Loud ajuda o Itaú a manter uma interlocução direta com o público jovem e gamer”, diz Bruno Oliveira Bittencourt, fundador e CEO da empresa, mais conhecido no mercado como PlayHard.

Para reforçar esse propósito, o Itaú lançou uma campanha publicitária estrelada por Bárbara “Babi” Passos, criadora de conteúdo da Loud e uma das maiores influenciadoras gamers do Brasil.

Ainda dentro do espectro de equipes de e-Sports, o Itaú entrou no cenário competitivo a partir da parceria com o MIBR, time que conquistou, em 2006, o primeiro título mundial do Brasil nos esportes eletrônicos. Uma colaboração que quer amplificar a mensagem de transformação que o banco se propõe a fazer no CS:GO brasileiro.

Outro projeto de peso é a parceria que o Itaú mantém com a GamersClub, empresa que organiza campeonatos, produz conteúdos e oferece videoaulas para os jogadores.

“Criamos, ao lado do Itaú, a GamersClub Master Feminina, que foi muito importante para dar visibilidade às mulheres que jogam”, diz Yuri “Fly” Uchiyama, CEO e fundador da marca.

Trata-se, em suma, de um dos principais torneios do jogo Counter-Strike do mundo, com R$ 60 mil em premiação e produção de conteúdo ao vivo.

O banco também é o patrocinador máster do GameChanger, projeto do DJ Alok para promover o que é considerado um dos mais inclusivos campeonatos de Free Fire do País. Com o propósito de colocar em primeiro lugar a democratização do mercado, dando oportunidade a todos, o torneio reserva vagas para times compostos apenas por mulheres e para equipes inscritas por indígenas.

“Enxergamos e valorizamos todo o potencial de transformação que os e-Sports possuem. O GameChanger é um campeonato que traz a possibilidade de aprimorar os players, o cenário competitivo e, o mais bacana, com impacto positivo em toda sua órbita, o que se conecta com a proposta da nossa plataforma #IssoMudaOGame. Se queremos contribuir para a evolução do cenário gamer no País, precisamos fomentar o entendimento desse ecossistema como um caminho para o desenvolvimento e a criação de carreiras. E ainda teremos outras iniciativas de cunho social por vir que anunciaremos em breve”, comenta Harada.

Além de chamar a atenção dos jovens e, assim, rejuvenescer a marca Itaú, o mergulho do banco no universo dos games o aproxima de um tema vital nestes novos tempos: a diversidade.

Segundo a consultoria Newzoo, as mulheres já representam 47,8% do total de gamers no País, e essa participação é crescente.

A presença do Itaú na Twitch, maior plataforma de streaming de games do mundo, está em sintonia com essa premissa. O banco criou recentemente a série de programas #FeitoComTodes, estrelada por gamers LGBTQIA+, mas há também novos projetos em andamento para atender a esse público.

O interessante nas ações desenhadas pelo Itaú é que elas não consistem apenas de patrocínios tradicionais, mas, acima de tudo, na entrada de verdade do banco no ecossistema gamer, seja ajudando os especialistas a produzir conteúdo ou lançando iniciativas que tenham sinergia com a comunidade, como a parceria com Pedro Caxa, o desenvolvedor de jogos idealizador do Camp Wars, game produzido por uma equipe totalmente brasileira e que tem previsão de estar disponível online a partir de 15 de outubro.

O jogo ainda não foi lançado, mas já é uma febre nas redes sociais e Pedro conta que o banco foi essencial para que o jogo, incialmente um projeto pessoal, virasse uma oportunidade comercial. “Ter o Itaú como parceiro acreditando no nosso projeto permitiu que o jogo fosse totalmente pensado para a comunidade que o abraçou desde o início e ainda gerar empregos. Estamos fazendo um game gratuito e democrático, que vai rodar bem em todos os tipos de computadores”.

Todos os projetos estão concentrados na plataforma de comunicação #IssoMudaOGame, criada pelo Itaú para reforçar a sua atuação nesse mercado. Por enquanto, a plataforma é um conceito, mas ela deve resultar no desenvolvimento de produtos para o banco.

“Vamos lançar nos próximos meses iniciativas ainda mais contundentes”, diz Robson Harada. Segundo ele, uma das ideias é levar serviços e educação financeira para os gamers, o que poderá ser feito através de uma plataforma digital.

No futuro, também está no horizonte do banco a criação de produtos financeiros destinados a esse público, mas que seriam desenvolvidos em conjunto com os próprios gamers. Para o Itaú, chegou a hora de entrar no jogo.

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