Durante um bom tempo, os programas de fidelidade ficaram tão associados às companhias aéreas que até hoje são conhecidos como programas de milhagem.

Mas o cenário agora é outro: com ajuda da tecnologia e de maior acesso a serviços financeiros, os consumidores passaram a ter opções de resgate que vão muito além de viagens aéreas.

Esse é o caso do da Livelo, no qual é possível trocar seus pontos por mais de 800 mil produtos, serviços e experiências. “Esse catálogo diversificado tornou os programas de pontuação ainda mais interessantes, tanto para o consumidor como para as empresas parceiras”, diz Massimo Campodonico, diretor de Produtos da Livelo, empresa que foi criada pelo Bradesco e pelo Banco do Brasil e que hoje conta com mais de 20 milhões de participantes.

Com mais de 20 anos de experiência em instituições financeiras, o executivo de origem chilena chegou à Livelo em setembro de 2019 com a função de estruturar a unidade “pessoa jurídica”, ou seja, focada em soluções para as empresas.

Atualmente, o executivo também lidera toda a unidade de produtos da Livelo. Nesta entrevista, Campodonico fala do potencial de um programa de fidelidade e de como a inovação faz parte do dia a dia da Livelo. Acompanhe:

A Livelo tem hoje mais de 20 milhões de participantes e é referência nesse segmento. De que maneira as empresas podem explorar esse universo a seu favor?
A Livelo nasceu da união de dois gigantes, Bradesco e Banco do Brasil, e isso, sem dúvida, nos ajudou a formar um contingente de participantes significativo, hoje com mais de 20 milhões de pessoas. Nosso objetivo agora é mostrar para as outras empresas que elas podem, a partir da nossa plataforma de pontos, utilizar a nossa expertise para superar desafios específicos do seu momento seja para atrair mais clientes, incentivar seus times de vendas ou engajar os funcionários, ou até mesmo criar um programa de fidelidade.

Como funciona?
A empresa parceira da Livelo pode querer, por exemplo, um catálogo de acordo com sua necessidade. Temos mais de 800 mil produtos e serviços cadastrados, mas uma empresa pode querer montar uma coleção com opções mais específicas, com produtos de home office ou artigos esportivos, por exemplo. São muitas opções. Se o produto não estiver no nosso catálogo, vamos atrás de um parceiro que possa nos atender.

E são vocês que dizem ao cliente o que ele precisa? Ou é o contrário?
Pode acontecer das duas formas. Muitas vezes o cliente chega até a gente já com suas necessidades mapeadas. Outras vezes, eles não têm isso muito claro. Nossas equipes ajudam nesse sentido. Como temos muita experiência nesse mercado, fica mais fácil entregar uma solução de acordo com o que o cliente quer. Às vezes, o cliente chega aqui com uma ideia e sai com outra. Além da solução em si, entregamos também o painel para a empresa acompanhar os resultados que foram impulsionados pela Livelo e como os pontos estão sendo utilizados.

Em termos de adaptação de tecnologia, esse é um trabalho complexo?
A complexidade varia de acordo com cada projeto. Mas de qualquer forma, são trabalhos que os nossos times conseguem executar com grande velocidade. A Livelo já nasceu com as plataformas estruturadas, com tecnologias abertas, o que simplifica e viabiliza uma série de soluções em parceria com os clientes.

E como vocês se organizam para entregar essas soluções?
Depois de definido o escopo do trabalho, montamos um MVP - “Produto mínimo viável” -, se necessário, testamos e montamos um squad para desenvolver a solução. Os desenvolvedores são contratos sob demanda para determinados projetos. Nem todos precisam estar com a gente presencialmente, o que amplia bastante nossas possibilidades e deixa o trabalho mais ágil.

Como o cliente sabe se o programa de pontuação de fato atendeu à sua necessidade ou à sua meta?
Quando a gente monta um programa de fidelidade, parte do desenvolvimento é criar os painéis de acompanhamento para que o cliente veja se está gerando valor. Mas podemos ainda oferecer uma outra solução, voltada à criação de um ciclo de vida dentro do programa de fidelidade. A gente pergunta para o cliente: o que você quer? Quer um programa de aquisição de clientes? De aumento de fidelidade via faturamento? De retenção de clientes preventiva? Reativa?

"Ajudamos a montar um projeto que permita ao cliente explorar um programa de pontos em todo o seu potencial e de olho nos resultados"

É uma outra solução, então, independente do motor de pontos?
Isso. Ajudamos a montar um projeto que permita ao cliente explorar um programa de pontos em todo o seu potencial e de olho nos resultados. Às vezes, a empresa pluga um programa de fidelidade e não sabe o que fazer com ele. A gente ajuda nesse sentido também.

Como os produtos nascem na Livelo? Vocês têm equipes de criação para novos produtos?
Aqui na Livelo somos sempre incentivados a inovar. Está no DNA, uma coisa natural mesmo. Às vezes, durante uma reunião com o cliente, a gente percebe uma nova necessidade e já começa a pensar nas possibilidades. Fazemos encontros mensais para discutir ideias e coisas interessantes que alguém viu durante uma palestra, um congresso internacional ou um artigo. A empresa também incentiva muito a participação nesses eventos. Até o jurídico trabalha com esse espírito, de esbarrar com uma barreira e trabalhar com a equipe para buscar uma solução.

Uma empresa com dois controladores gigantes, mas com espírito de startup?
Nossos acionistas nos dão liberdade para inovar no dia a dia. Viram que isso tem valor muito grande. É uma coisa organizada, incentivada, mas que, ao mesmo tempo, está no sangue.

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