No último fim de semana, a diretora de RH da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, Miriam Branco, não teve tempo para parar. Ela e sua equipe de quase 60 pessoas passaram a maior parte do tempo fazendo uma triagem para uma inédita – e gigantesca – lista de contratações. “Vamos precisar de mais 1,7 mil profissionais de saúde nas próximas semanas”, diz Miriam.
Só hoje, segunda-feira 23 de março, a executiva vai entrevistar 450 profissionais. “Sempre fizemos simulações de catástrofes aqui no Einstein, mas a situação agora com o coronavírus é muito diferente”, diz ela. Bota diferente nisso.
O hospital vai transformar 93 leitos de terapia semi-intensiva em leitos de UTI. Também está transformando 197 leitos de clínica médica e cirúrgica em leitos de UTI. Mais: o estacionamento do hospital está sendo convertido em um hospital de campanha para dar suporte nos casos mais leves.
A situação é de guerra e de se preparar para o pior nos próximos dias. “Estamos navegando e mudando a rota a cada momento”, diz Miriam. “Temos reuniões de manhã e de tarde e tudo vai mudando”, diz ela.
Noventa por cento dos profissionais que a instituição está contratando são para equipe de enfermagem e 10%, ou 170, são médicos. Inicialmente, o Albert Einstein vai deslocar 510 novos profissionais para o hospital de campanha que foi montado no estádio do Pacaembu.
“Contrataremos metade agora e a outra metade em dez dias”, diz Miriam. Os outros 1,2 mil profissionais que serão contratados serão deslocados para as outras unidades do Einstein e para o hospital público coordenado pela instituição.
Para se ter uma ideia da magnitude dessas medidas e do que virá pela frente, basta olhar o atual número de profissionais de saúde do Einstein. Atualmente, são 1,4 mil médicos e 4,5 mil de enfermagem.
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