O empresário Elon Musk, fundador da fabricante de carros elétricos Tesla, tem ideias que muitos consideram loucas. Ele tem um plano de levar o homem a Marte. Uma de suas empresas, a Neuralink, pretende implantar microchips em cérebros humanos. E a The Boring Company acredita que solução para resolver os congestionamentos é cavar túneis nas grandes cidades.
Musk agora defendeu mais uma de seus ideias "loucas". Embora tenha falado por mais de duas horas no podcast "The Joe Rogan Experience", ele acredita que, em cinco ou dez anos, a comunicação será telepática.
O bate-papo entre o fundador da Tesla e o comediante Joe Rogan, postado em 7 de maio, abordou os mais variados temas: desde a pronúncia do nome do novo herdeiro do bilionário, batizado X Æ A-12 Musk, até a forma como o empresário lida com as críticas.
Mas de tudo o que foi dito, em alto e bom som, o que mais chamou a atenção é a previsão de Musk de que, no futuro, as palavras pertencerão ao passado.
O apresentador do podcast, intrigado com o comentário, insistiu. "Então haverá um dia que poderemos ler a mente uns dos outros e poderemos interagir de forma não-verbal e não-física, transferindo informação sem sequer usar a boca?".
O fundador da Tesla reforçou sem ponto vista de forma lacônica. "Sim, exatamente." Segundo o CEO da Tesla, nosso cérebro gasta muita energia comprimindo conceitos complexos em palavras, sendo que muitas informações são perdidas no processo.
"E quando falamos palavras, elas primeiro são interpretadas e depois descomprimidas pela pessoa que escuta. É muito difícil, portanto, transmitir um conceito complexo com precisão. Até porque, às vezes, você nem escuta uma palavra corretamente", disse Musk.
Por isso, o bilionário defende que a integração com a inteligência artificial talvez seja positiva para a comunicação humana. A troca de informações pode se tornar mais rápida e assertiva com o auxílio das máquinas.
"Hoje, se você não trouxer seu smartphone, é como se estivesse sem uma parte sua. A sensação é de que falta algo muito, mas muito importante", disse Musk
Musk defende seu ponto de vista mostrando como nossas trocas já foram impactadas pela tecnologia. "Temos nossos celulares, computadores, relógios inteligentes e outros dispositivos sempre ao alcance das mãos", afirmou Musk. "Hoje, se você não trouxer seu smartphone, é como se estivesse sem uma parte sua. A sensação é de que falta algo muito, mas muito importante."
Embora aponte os avanços nessa direção, o empresário não acredita que a mudança será radical ou rápida. Os estágios serão gradativos e devem acontecer nos próximos cinco ou dez anos.
Enquanto isso, a Neuralink, startup neurotecnológica fundada por Musk, em 2016, promete novidades antes desse prazo. Segundo a empresa, talvez em 2021 seja possível o implante de chips em cérebros humanos a fim de reparar traumas e danos neurológicos.
Essa é a segunda vez que o executivo anuncia uma data para o começo das operações . Em 2019, Musk afirmou que os implantes começariam a ser testados em 2020. Até agora, a Neuralink US$ 158 milhões em investimento.
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