O ano de 2022 ficará marcado por uma das maiores transformações da história da indústria financeira brasileira. Com a implementação definitiva do open finance, as instituições terão caminho livre para abordar frentes inéditas de negócios e se aproximar ainda mais de seus clientes e parceiros.

Para o Itaú Unibanco, o novo sistema financeiro aberto do Banco Central representa, de fato, uma oportunidade de ouro. “Diferentemente do Pix, o Open Finance não é um produto”, afirma Carlos Carneiro, head de estratégia de Open Finance do banco. “Acima de tudo, trata-se de uma nova forma de fazer negócios.”

O Itaú começou a se debruçar sobre o tema há aproximadamente 3 anos. Dada a sua importância, decidiu criar uma área específica para tratar do assunto no início de 2021. Atualmente, há mais de 600 pessoas envolvidas no Open Finance divididas em mais de 50 squads multidisciplinares integradas por diferentes perfis de profissionais.

Carneiro lembra que, desde então, especialistas em tecnologia do banco dedicaram 500 mil horas para estudar aplicações do Open Finance e eventualmente ajustar as operações à nova realidade.

Não à toa, o Itaú se tornou a principal referência do país nesse campo. Segundo a pesquisa “Pulso Open Finance”, realizada pelo Ipespe a pedido do banco, 71% dos correntistas do Itaú consideram-se bem informados sobre a nova modalidade (o estudo levou em conta a terceira etapa de aplicação do Open Finance).

Entre os não correntistas, o índice é de 46% para os clientes de instituições tradicionais e 45% para clientes de fintechs. O estudo também identificou quais são, do ponto de vista dos clientes, as principais vantagens ou pontos positivos do Open Finance. A agilidade foi o benefício mais citado (33%) pelos pesquisados.

Mas, afinal, qual é o principal objetivo do Itaú ao ir tão longe no Open Finance? “O que desejamos é que o cliente tenha clareza de qual benefício terá ao aderir ao programa e, a partir disso, o cliente poderá fazer sua melhor escolha”, resume Carneiro. “Temos três pilares principais em nossa agenda do Open Finance: cliente, cliente e cliente”, brinca o executivo.

Carlos Carneiro, head de estratégia de Open Finance do Itaú

O Itaú lançou uma série de medidas para fortalecer o ecossistema ligado ao sistema financeiro aberto. Uma delas é o desenvolvimento de parcerias com empresas que possuam ferramentas capazes de trazer valor adicional para o projeto.

Um exemplo interessante é o acordo firmado com a Omie, uma das principais empresas brasileiras do ramo de Software as a Service (SaaS). De que forma a parceria trará benefícios? Carneiro traz a resposta: “Agregar ao Itaú a capacidade da Omie em ajudar as empresas na gestão financeira e oferecer isso, em conjunto com a Omie, para potenciais clientes”.

Com as ferramentas da Omie, o Itaú consegue abranger seu leque de serviços e entrar em entregas não bancárias, aumentando o seu ecossistema de entregas ao cliente. Pode auxiliar, digamos, uma livraria, um restaurante ou uma grande indústria em atividades como gestão de estoque ou folha de pagamento. É como se o banco fosse um parceiro na administração da própria companhia.

O executivo cita a mudança no relacionamento com pessoas físicas como outro fator positivo. “Com o Open Finance, eu ajudo o cliente gastar melhor o seu dinheiro ou a controlar de maneira mais equilibrada as finanças.”

São muitas as possibilidades. Com o compartilhamento livre de dados, após autorização do cliente de quais dados compartilhar, o Itaú entenderá melhor os hábitos de consumo de um determinado cliente e poderá oferecer cupons de descontos em restaurantes de sua preferência. Ou, então, sugerir um investimento que contribuirá para a realização de um sonho, como uma viagem ou a compra de um imóvel.

Em resumo, o Open Finance Itaú permitirá um conhecimento melhor do perfil do cliente e, assim, poderá ofertar produtos e serviços de acordo com a necessidade de cada cliente.

“A ideia é que o banco seja definitivamente um parceiro que ajude em diversos aspectos da vida das pessoas e das empresas”, afirma Carneiro, do Itaú

“A ideia é que o banco seja definitivamente um parceiro que ajude em diversos aspectos da vida das pessoas e das empresas”, afirma o head de estratégia de Open Finance do banco. Para isso, serão feitas ofertas customizadas tanto para pessoas físicas quanto jurídicas. “É o que chamamos internamente de personalização financeira”, ressalta o executivo.

Outro efeito positivo do Open Finance é a chamada agregação de transações, que permitirá que o cliente faça a sua gestão financeira em único canal, de maneira independente, inclusive movimentando contas de diferentes instituições. Com ela, será possível realizar pagamentos em plataformas, sites e aplicativos que não sejam apenas dos bancos onde a pessoa tem conta.

No final de tudo, o grande beneficiado pelas mudanças trazidas pelo Open Finance no Itaú é um só: o cliente. O sistema pode até ser ótimo para as instituições, mas é melhor ainda para seus parceiros de negócios.

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