A indústria brasileira de fundos de investimentos encerrou 2021 com vários recordes. Seu patrimônio líquido totalizou quase R$ 7 trilhões, o maior valor da história, e o número de contas ativas chegou a 30,5 milhões, 20% acima de 2020.
Os dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) não deixam dúvidas: os fundos caíram no gosto dos investidores.
É fácil entender o motivo. Ao injetar dinheiro em produtos desse tipo, o cotista atribui a um gestor a tarefa de tomar decisões, livrando-se do desafio de escolher diferentes ativos.
Se possuir cotas de fundos no mercado brasileiro já é tentador para os investidores, como seria se eles tivessem a facilidade de colocar recursos em produtos administrados por algumas das principais gestoras do mundo – e fazer isso diretamente no mercado americano?
Foi com essa premissa que a Avenue Securities, maior corretora sediada nos Estados Unidos com foco no público brasileiro, abriu no início deste ano a sua plataforma de fundos após meses de trabalho dedicado ao desenvolvimento do projeto.
“A plataforma nasceu a partir da demanda dos próprios clientes”, diz William Castro Alves, estrategista-chefe da empresa. “A demanda surgiu principalmente dos ‘bolsos mais fundos’, ou seja, clientes com patrimônio mais elevado.”
Esse é um público que costuma ficar atento às movimentações do mercado e que se sente mais seguro em destinar recursos para gestoras de renome.
“Apesar de surgir com esse público, nossa proposta traz opções para diferentes perfis de investidores”, complementa. Atualmente, há produtos que permitem investimentos a partir de US$ 2 mil, mas podem entrar na plataforma produtos com desembolsos iniciais de US$ 500, ou até menos.
A Avenue já conta com pesos-pesados em seu portfólio. Os cerca de 40 fundos disponíveis atualmente na plataforma são ligados a casas consagradas na indústria global de investimentos.
Os cerca de 40 fundos disponíveis atualmente na plataforma são ligados a casas consagradas na indústria global de investimentos
Os primeiros parceiros foram a BlackRock, maior gestora de ativos do mundo – são US$ 10 trilhões sob administração –, e a Pimco, responsável pela gestão de US$ 2 trilhões, incluindo recursos de bancos centrais.
A parceria com a BlackRock vai além, abrangendo o que a indústria chama de carteiras administradas. Ao analisar dados do perfil do cliente da Avenue, a gestora sugere investimentos em seus ETFs, ajustando-os de acordo com as movimentações do mercado.
Depois foram acrescentadas à plataforma gestoras como J.P. Morgan Asset Management, com um século e meio de história que pautou o mercado financeiro dos Estados Unidos; a Alliance Bernstein, que está presente em 25 países; e a MFS, uma das pioneiras da indústria de fundos de investimentos – foi fundada em 1924.
E a plataforma segue em expansão. Ela vai ganhar o reforço do Morgan Santley, que gerencia US$ 1,5 trilhão, e muitas outras gestoras devem engrossar a fila em breve.
Alves diz que os números da Avenue e sua presença já consolidada em território americano foram fundamentais para atrair nomes como esses. “Já tínhamos uma história para contar formada por uma base com mais de 500 mil clientes e mais de US$ 1,5 bilhão sob custódia”, diz ele.
Mas, afinal, quais são as possíveis vantagens de se tornar cotista de fundos internacionais em solo americano? Alves lembra que, com a Avenue, é possível acessar diretamente os maiores mercados de investimentos do mundo, sem intermediários no Brasil. “Além disso, o investidor pode arcar com taxas de administração menores”, aponta o executivo da Avenue.
A Avenue conta com 500 mil clientes e mais de US$ 1,5 bilhão sob custódia
Um exemplo objetivo confirma a sua afirmação. As taxas de administração do fundo Pimco GIS Income E Class ACC, oferecido na plataforma da Avenue, são de 1,45% ao ano. Por sua vez, um fundo semelhante disponível no Brasil sob a denominação Pimco Income FIC FIM IE cobra 1,56% ao ano para o cliente final.
Outra vantagem é a possibilidade de se livrar do famoso tributo “Come-Cotas”, como é chamada a antecipação do Imposto de Renda que incide a cada seis meses em diversos fundos negociados no mercado brasileiro.
Os produtos disponíveis na plataforma da Avenue têm uma característica singular que pode beneficiar especialmente os investidores de longo prazo: eles se caracterizam como fundos de acumulação. “São aqueles em que os dividendos acabam reinvestidos”, diz Alves.
Nesse caso, o cotista paga o imposto apenas no resgate, e não quando os dividendos são reaplicados. A estratégia pode reduzir o efeito tributário e tende a multiplicar os ganhos ao longo dos anos, em caso de cenários positivos.
Boa parte dos fundos presentes na plataforma não está disponível no mercado brasileiro, o que abre novas possibilidades de negócios para quem pretende diversificar a carteira
Outro ponto destacado por William Alves é o fato de que boa parte dos fundos presentes na plataforma não está disponível no mercado brasileiro, o que abre novas possibilidades de negócios para quem pretende diversificar a carteira.
Desde a sua fundação, em 2018, a Avenue tem revolucionado a maneira de investir no exterior. A proposta da empresa é oferecer acesso simples e rápido para brasileiros interessados em desbravar um dos mercados mais importantes do mundo – o americano.
É exatamente essa proposta que está por trás de sua nova plataforma de fundos. Com ela, a empresa passa a competir com grandes players da indústria de investimentos. Até final do ano, novas gestoras e fundos serão incorporados ao projeto. “Não buscamos quantidade, mas principalmente qualidade”, conclui Alves.
Saiba mais sobre a Avenue.