Nos últimos anos, o mercado de renda variável dos Estados Unidos passou a exercer enorme fascínio entre os investidores brasileiros. A possibilidade de deter ações de empresas como Amazon, Google, Nike, Apple e Tesla, para citar apenas algumas, foi o chamariz que levou muitas pessoas a buscar ativos no cenário internacional.
Mas existe outra classe de investimentos tão dinâmica quanto a renda variável e que também oferece inúmeras oportunidades de negócios. Trata-se da renda fixa, um segmento que movimenta, apenas nos Estados Unidos, mais de US$ 47 trilhões, segundo dados da Securities Industry and Financial Markets Association (SIFMA).
Atenta a esse universo – que só perde, em termos de tamanho, para o mercado imobiliário –, a Avenue, maior corretora sediada nos Estados Unidos com foco no público brasileiro, lançou recentemente a possibilidade de negociar bonds de modo acessível para seus mais de 500 mil clientes.
Bonds são a forma mais comum de ativos em renda fixa nos Estados Unidos. De acordo com a legislação vigente, eles podem ser emitidos pelo governo, municípios ou por empresas listadas no mercado americano.
Ao financiar o governo e empresas, o investidor recebe, em troca, o pagamento de juros após determinado prazo. Nos Estados Unidos, o tipo mais comum é o título prefixado com juros semestrais, semelhante ao funcionamento de algumas opções do clássico Tesouro Direto brasileiro.
No Brasil, além do Tesouro Direto, produtos similares aos bonds americanos são debêntures de empresas e CDBs de bancos. O brasileiro, lembre-se, adora investir em renda fixa, a começar pela poupança.
O que explica a nova investida da Avenue? “Bonds são produtos que podem fazer todo o sentido no momento que vivemos”, diz Guilherme Zanin, estrategista da empresa. “Ativos de renda fixa nos Estados Unidos podem ser importantes para uma carteira internacional equilibrada.”
“Ativos de renda fixa nos Estados Unidos podem ser importantes para uma carteira internacional equilibrada”, diz Guilherme Zanin, estrategista da Avenue
De fato, o cenário atual pode ser um estímulo para que mais investidores mirem essa categoria de investimentos. Com a inflação alta, as taxas de juros subiram em diversas partes do mundo, tornando a renda fixa inevitavelmente mais atrativa.
Outro fator que deve ser considerado é a possibilidade de diversificar o patrimônio em dólar, a moeda mais utilizada no mundo. Em tempos de crise e de alta volatilidade nos mercados, os bonds podem ser uma oportunidade capaz de oferecer retornos com mais previsibilidade que o mercado de ações.
Mas é sempre importante lembrar: os retornos são fixos apenas se mantidos até o vencimento. Assim como no mercado brasileiro, para vendas antes do prazo acordado os títulos são vendidos a preços de mercado. É a famosa marcação a mercado.
Dito isso, é fácil entender por que os bonds podem ser adequados às condições atuais do mercado. Alguns títulos em dólar já pagam em torno de 6% ou 7% ao ano, sendo que um ano atrás o percentual estava entre 4% e 5%.
“Nos Estados Unidos, boa parte dos títulos são pré-fixados, o que garante uma remuneração fixa se mantidos até o vencimento”, diz Zanin. “Para quem busca renda em dólar, os bonds podem ser boa opção.”
O estrategista reforça que pode ser um bom momento para investir nesse tipo de ativo. “Nos últimos meses, a renda fixa caiu até mais do que na crise de 2008”, diz. “Por isso, abriu-se a possibilidade de um ponto de entrada. Além de receber taxas possivelmente maiores, o investidor aproveita uma das maiores quedas da renda fixa americana no mercado secundário.”
Zanin lembra que os títulos do tesouro dos Estados Unidos caíram mais de 10% desde o início do ano. “Agora, o investidor brasileiro que começar a aplicar em renda fixa nos Estados Unidos tem mais uma alternativa de renda em dólar, com os cupons (similares a dividendos)”
Além da moeda historicamente forte, é preciso levar em conta a enorme variedade de opções na renda fixa americana – apenas na Avenue, além de bonds de empresas como bigtechs americanas e emissões brasileiras no exterior, também é possível explorar esse mercado via fundos de investimento e ETFs internacionais em renda fixa.
Os produtos destinam-se a diferentes tipos de bolsos. Os bonds americanos têm investimento mínimo de US$ 10 mil na Avenue, enquanto os brasileiros partem de US$ 50 mil. Já nos fundos de investimento, o mínimo começa em US$ 2.000. E os ETFs são mais democráticos, com investimento mínimo que pode ser tão baixo quanto US$ 5.
Ao usar a plataforma da Avenue, o investidor conta com facilidades para a realização das operações. A empresa também o auxilia na geração automática de relatórios para a declaração de impostos.
Para saber mais sobre a renda fixa na Avenue, clique aqui.