Nos últimos anos, a Bradesco Asset construiu no mercado uma sólida reputação nas áreas de previdência e renda fixa. Agora, uma das maiores gestoras de recursos do país mostra seu vigor também no segmento de crédito.

De janeiro a abril de 2023, os fundos de crédito privado negociados no Brasil tiveram saída líquida superior a R$ 120 bilhões. De seu lado, a Bradesco Asset apresentou captação líquida de R$ 6 bilhões.

Como isso foi possível? "Processos e governança rigorosa, além de investimento em pessoas, no crescimento da nossa mesa de crédito e em inovação de produtos”, responde Bruno Funchal, CEO da gestora. De fato, a Bradesco Asset tem conseguido avançar mesmo em cenários marcados por alta turbulência.

Em dezembro 2022, seus ativos sob gestão totalizavam R$ 716,6 bilhões. Um ano antes, somavam R$ 685,5 bilhões. E isso, ressalte-se mais uma vez, em um contexto em que a indústria de investimentos permaneceu praticamente parada diante dos desafios macroeconômicos.

Diversas iniciativas tiveram papel vital na obtenção desses resultados. Uma delas é o próprio reposicionamento da marca, que passou a contar com um portfólio de produtos mais sofisticados.

Em outubro do ano passado, a Bradesco Asset apresentou o primeiro fundo fechado High Yield listado na B3. Entre outros ativos, o fundo investe em FIDCS e debêntures. Também em 2022, lançou debêntures incentivadas atreladas à inflação e que pagam prêmios em relação à NTN-B.

Em outubro do ano passado, a Bradesco Asset apresentou o primeiro fundo fechado High Yield listado na B3

A Bradesco Asset tem operado ativamente no mercado secundário de crédito. Mercado esse que tem se desenvolvido nos últimos 4 anos. Só em 2022, foram mais de R$ 15 bilhões entre compras e vendas e em 2023, R$ 6 bilhões. Essa dinâmica reflete o diferencial da gestão ativa nos fundos de crédito privado.

“Nós, na verdade, olhamos para todos os tipos de emissão e procuramos fazer uma boa avaliação de risco e preço”, diz Funchal. “Isso exige processos eficazes, ótima governança e análises profundas do ambiente macroeconômico e de setores e empresas.”

Estratégias como essas trazem frutos. Basta observar com atenção o desempenho consistente dos fundos de crédito da gestora para comprovar tal afirmação.

Nos últimos 36 meses (até 19/05/2023), diversos fundos se destacaram, por exemplo: o Bradesco Debêntures Incentivadas FIC Infra Renda Fixa CDI teve retorno de 115,4% do CDI.

Por sua vez, o Bradesco Plus FIC Renda Fixa Crédito Privado alcançou resultado ainda melhor – 119,7% do CDI.

Destaque-se também a performance do Bradesco Premium PGBL/VGBL FIC Renda Fixa Crédito Privado, com retorno de 116,1% do CDI.

Uma maneira eficaz para aumentar a capilaridade dos produtos da Bradesco Asset consiste em ampliar a sua presença em novas frentes. A gestora iniciou esse processo em 2019, quando passou a incluir seus fundos nas principais plataformas disponíveis no mercado. Chegar ao maior número possível de plataformas insere-se exatamente nesse contexto.

Atualmente, os fundos da Bradesco Asset estão presentes em mais de quinze plataformas

Atualmente, os fundos da Bradesco Asset estão presentes em mais de quinze plataformas, com um PL superior a R$ 170 milhões. O montante deverá crescer rapidamente. “Até o final do ano, queremos chegar a R$ 600 milhões”, projeta Funchal

“É uma mudança de percepção muito grande. É o momento de levar a gestão de fundos do Bradesco para o mercado.”

As iniciativas apresentadas acima mostram que a Bradesco Asset, de fato, ingressou em uma nova era. Mas há muitos outros projetos em execução que deverão reforçar ainda mais a sua vocação inovadora.

No início do ano, a gestora criou uma área de estratégia e inovação que, em essência, tem a missão de olhar para o futuro, capturar oportunidades e apontar tendências. Para liderar essa frente, a gestora contratou Fernando Galdi, ex-diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

No início do ano, a gestora criou uma área de estratégia e inovação

Segundo Funchal, a divisão observará atentamente questões regulatórias e movimento feitos pela indústria de investimentos em diversas partes do mundo.

Ela contará também com um laboratório integrado por dois doutorandos das áreas de contabilidade e finanças. Além de fazer a conexão entre a Bradesco Asset e o meio acadêmico, a iniciativa ambiciona testar e acelerar iniciativas que tragam oportunidades e novas estratégias para a gestora.

A Bradesco Asset mantém os olhos abertos para o futuro. Nesse contexto, uma das ideias é apostar em ativos ligados à sustentabilidade, como o crédito de descarbonização de biocombustíveis (CBIO).

O agronegócio permanece no radar da gestora. No momento, está em processo de estruturação um Fundo de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagro) que terá como marca registrada a diversificação, tanto de regiões quanto de setores.

Depois de um 2022 com resultados modestos, os Fiagros se recuperam em 2023. De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), eles apresentaram captação líquida de R$ 1 bilhão nos quatro primeiros meses do ano.

“Possuímos muitas vantagens competitivas”, diz Bruno Funchal. “Somos diferenciados em crédito, na solidez de fazer parte de um grande banco, em investimos em inovação, temos ótima governança e um histórico de excelentes resultados.”