Em 2021, o Bradesco BBI criou uma área específica para atender um dos segmentos mais dinâmicos da economia brasileira. Chamado BBI Tech, o núcleo que inclui integrantes dos times de investment banking, equity research e sales, nasceu com a missão de aproximar a instituição de startups e outras empresas de alguma forma conectadas com o universo da tecnologia.

Desde então, o BBI vem realizando uma série de iniciativas focadas nesse propósito. A mais recente delas mostra que a decisão de criar um braço tech foi certeira.

No último dia 31 de agosto, o banco promoveu o evento “BBI Tech no InovaBra – Uma Imersão no Mercado de Capitais.” No formato presencial e on-line, ele contou com a participação de aproximadamente 120 empresas, além de representantes de fundos de Private Equity e Venture Capital.

“Nosso objetivo foi explicar, com riqueza de detalhes, como funciona um processo de IPO e M&A e mostrar como podemos ajudar as empresas de alto crescimento em suas necessidades”, afirma Camila Machado, head de Equity Syndicate do Bradesco BBI.

O encontro foi realizado na sede do InovaBra, espaço de inovação que o Bradesco mantém em São Paulo. Além disso, o InovaBra responsabilizou-se pela curadoria e ajudou a selecionar as empresas participantes.

As startups vieram de vários setores e estágios de maturação diferentes. Uma delas, a FindUP, oferece serviços de técnicos de informática por meio de aplicativo e ficou conhecida no mercado como a “Uber do TI.” Outra participante foi a fintech TecPay, que conecta estabelecimentos comerciais a instituições de crédito.

Do lado dos investidores, o BBI Tech no InovaBra recebeu a Domo Invest, uma das principais gestoras de Venture Capital do Brasil. “O evento foi muito produtivo e rendeu frutos para todos”, diz Camila. “Dali surgiram diversas reuniões com startups interessadas em abrir ou estreitar o relacionamento com o banco, querendo entender como o BBI Tech pode ajudá-las a acelerar o seu crescimento. ”

Essa é a essência que, ressalte-se, baliza a criação do BBI Tech: estar ao lado das empresas em toda a sua jornada de desenvolvimento.

Significa que o BBI Tech não quer atrair apenas as empresas que estão prestes a realizar o IPO ou operações mais robustas – estas, claro, também estão no seu radar de interesse –, mas inclusive aquelas que necessitam de diferentes tipos de operações de mercado de capitais, M&A e até produtos bancários, como crédito, folha de pagamento, cartões corporativos, entre outros.

“A ideia é construir uma jornada de relacionamento sólida e tornar o BBI Tech parceiro indispensável para empresas de todos os tamanhos, inclusive neste momento de menor liquidez e euforia nos mercados”, resumem Danilo Borges e Gustavo Duarte, responsáveis por tecnologia no banco de investimentos.

Além de M&As e IPOs, a oferta de serviços inclui operações como FIDCs, Private Placements e acesso a investidores (tanto do mundo público quanto do mundo privado)

O núcleo Tech, portanto, se propõe a oferecer soluções tailor made para toda e qualquer companhia que pretende ser acelerada. Além de M&As e IPOs, a oferta de serviços inclui operações como FIDCs, Private Placements, acesso a investidores (tanto do mundo público quanto do mundo privado), isso apenas para citar algumas.

O BBI já possui esses produtos em sua prateleira e pode eventualmente adaptá-las para as empresas de alto crescimento. “Hoje sabemos que tecnologia e inovação permeiam todos os setores da economia e que precisávamos de um olhar diferente para esse setor”, dizem os executivos.

Trata-se de um mercado endereçável gigantesco. Dentro de casa, o Bradesco conta com o InovaBra, que possui pelo menos 200 startups conectadas ao seu ecossistema. Boa parte delas em algum momento certamente precisará dos serviços do BBI Tech.

“Temos no InovaBra um celeiro de empresas para as quais o Bradesco já fez alguma diligência preliminar, e isso certamente representa uma oportunidade”, reforça Camila.

Como um todo, o mercado brasileiro conta com cerca de 13,7 mil startups, segundo estimativa da Associação Brasileira de Startups. Teoricamente, todas elas são clientes potenciais do nicho criado pelo BBI.

O Bradesco BBI tem expertise na área: foi o coordenador líder do IPO da primeira fintech brasileira: o banco Inter. Atuou também como coordenador líder dos 3 follow-ons subsequentes da empresa e foi assessor da companhia em sua migração para a NASDAQ nesse ano. Depois de Inter muitas outras operações que envolveram empresas com vocação inovadora vieram a mercado.

Na área de M&A, sua presença é igualmente marcante. Por exemplo, o BBI anunciou em setembro que assessorou a Xmobots, maior companhia de drones da América Latina, em seu processo de fundraising junto ao veículo de corporate venture da Embraer.

“O Bradesco sempre teve forte conexão com empresas inovadoras”, diz Camila. Ela lembra o longo relacionamento com a Semantix, plataforma de dados focada no modelo SaaS (Software as a Service).

A Semantix foi incubada no InovaBra, recebeu investimentos do venture capital do banco, cresceu rapidamente e acabou por fazer seu IPO na Nasdaq, sempre tendo o Bradesco como parceiro de negócios.

Com o BBI Tech, a expectativa é tornar jornadas como essa cada vez mais comuns e estreitar os laços com o bilionário mercado da tecnologia.