Desde 1926, a revista britânica The Banker acompanha os principais movimentos da indústria financeira. Em quase um século de existência, a renomada publicação do grupo Financial Times participou de todas as grandes coberturas econômicas – do crash da Bolsa em 1929 à crise do subprime de 2008.
Poucos veículos no mundo possuem tanta autoridade para avaliar as estratégias, os projetos e o desempenho das maiores instituições bancárias. Por isso mesmo, suas premiações equivalem a um selo de excelência conferido aos vencedores.
A nova edição do prêmio anual da The Banker coloca em destaque um representante brasileiro. O Bradesco BBI foi escolhido como o melhor banco de investimento da América Latina. “O interessante desse prêmio é que ele é muito voltado para as questões de sustentabilidade e serviços para os clientes”, diz Felipe Thut, managing director e head do Bradesco BBI. “De certa forma, abrange tudo aquilo que nós buscamos.”
Thut aponta os fatores que considera fundamentais para diferenciar o BBI na concorrida indústria de bancos de investimento. “O grande marco do BBI foi o fato de, cada vez mais, integrar o banco de investimento com o Bradesco”, ressalta o executivo.
Na prática, significa que o BBI oferece uma gama completa de serviços, seja do próprio banco de investimento ou do Bradesco. “São poucos no mercado que têm, em uma mesma instituição, a vertical de renda fixa, M&A e equity capital market”, afirma Thut.
Como o Bradesco entra na história? “A força dele se dá, por exemplo, no financiamento das companhias, nos serviços e meios de pagamentos ou até na oferta de seguros. Essa combinação é muito forte e única no mercado brasileiro”, diz o head do BBI.
A temática da sustentabilidade foi outro aspecto decisivo para que o BBI brilhasse na premiação da The Banker. De fato, o banco vem contribuindo para a incorporação da agenda ESG (sigla para Environmental, Social and Corporate Governance) pela indústria financeira.
No fim de setembro, por exemplo, o BBI foi o coordenador líder do follow-on da AES Brasil, que levantou R$ 1,2 bilhão – a companhia pretende usar os recursos para financiar o crescimento de seu portfólio de energia renovável.
A temática da sustentabilidade foi outro aspecto decisivo para que o BBI brilhasse na premiação da The Banker
“A AES é uma companhia ESG na veia”, diz Thut. “As suas fontes de geração de energia são 100% renováveis. No passado, ela só tinha energia hídrica, que já é renovável por natureza, mas agora expandiu para eólica e solar.”
Algumas das operações mais relevantes realizadas no Brasil nos últimos meses e que se enquadram na agenda ESG contaram com a ativa participação do BBI. Em julho, por exemplo, o Grupo Fleury concluiu a emissão de R$ 1 bilhão em debêntures, naquela que foi a sua primeira oferta de títulos atrelados a métricas ambientais, sociais e de governança.
Trata-se de uma transação histórica para o mercado brasileiro: foi também a primeira emissão de debêntures com metas de sustentabilidade do setor de saúde do País. A operação, ressalte-se, foi coordenada pelo Bradesco BBI.
Essa transação não é o único exemplo de pioneirismo. Ainda em julho, a Bemol, maior varejista da região Norte, estreou no mercado de dívida com a emissão de R$ 200 milhões de um sustainability-linked bond (SLB). Neste caso, o BBI foi o coordenador exclusivo. Thut lembra que a operação é igualmente simbólica: trata-se da primeira emissão de debêntures de uma companhia da região amazônica com metas de sustentabilidade.
A agenda ESG também está expressa na renda variável. Em julho de 2020, o BBI coordenou o IPO da empresa de gestão ambiental Ambipar, que levantou na ocasião R$ 1,08 bilhão. Agora, é a vez da Environmental ESG, divisão de gestão de resíduos da Ambipar, recorrer à Bolsa, também sob a coordenação do BBI.
A antiga parceria entre o BBI e a Ambipar retrata outro valor inerente ao banco de investimento: a sua capacidade para manter clientes por longo prazo. Thut cita o longevo relacionamento com a rede de laboratórios Dasa. Em 2015, quando a empresa precisou de financiamento para fechar o capital, o BBI entrou em ação.
Thut destaca o Inter como exemplo de parceria de longa duração. Em junho de 2021, o BBI liderou a oferta de follow-on de R$ 5,5 bilhões e também atuou como coordenador-líder em todas as quatro operações de ECM do Inter desde a sua estreia na B3 em 2018.
Além disso, várias operações de M&A contaram também com o apoio do banco, que novamente esteve presente quando a Dasa fez o seu re-IPO, em abril de 2021. “A longevidade dos relacionamentos é um sinal inequívoco dos bons serviços que prestamos”, diz Thut.
Chama também a atenção o papel do BBI como agente de operações que envolvem atores internacionais. Além de participar dos IPOs da Ambipar, o BBI assessorou a empresa na compra da chilena Disal, em junho deste ano, por R$ 900 milhões.
O BBI está presente também no caminho inverso. Em março, o fundo de pensão canadense CPP Investments comprou uma fatia de 45% da Iguá, empresa brasileira de saneamento, após aporte de R$ 1,2 bilhão. A negociação, lembra Thut, foi assessorada pelo BBI.
A capacidade para inovar é outro componente importante nos critérios de avaliação da The Banker. Nesse campo, merece destaque a venda de debêntures da Vale, em abril, por R$ 11,5 bilhões, em uma das maiores transações desse tipo da história do Brasil.
A operação, que teve o BBI como coordenador-líder, é única no mercado brasileiro. A dívida paga aos seus detentores uma remuneração igual a 1,8% da receita líquida de vendas de minério de ferro e 2,5% da receita líquida de cobre e ouro após certos limites de produção serem atingidos em algumas minas da Vale.
O modelo incomum, lembra Thut, representou um desafio e tanto. “O nosso diferencial foi juntar o time de renda fixa com o de renda variável para explicar para os investidores o tipo de instrumento que era”, afirma o executivo.
Todas essas iniciativas contribuíram para que a The Banker elegesse o Bradesco BBI como o melhor banco de investimentos da América Latina. Como se vê, a escolha foi certeira.
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