Nas últimas cinco décadas, a publicação americana Institutional Investor, especializada em finanças internacionais, tem produzido uma série de rankings para apontar as instituições que se destacam em suas áreas de atuação.

É um trabalho de fôlego. Para escolher os melhores times de research do Brasil em 2022, a Institutional Investor consultou 473 investidores do mercado nacional e internacional que trabalham em 305 gestoras de ativos. Não à toa, sua premiação se tornou referência no setor financeiro.

A edição 2022 representou um marco para o Bradesco BBI. Segundo a Institutional Investor, o banco de investimentos do Bradesco tem o melhor time de research do Brasil. Nos últimos 4 anos, o BBI ficou no lugar mais alto do pódio em três ocasiões – 2019, 2021 e 2022.

Mas o banco não parou por aí. Em 2022, todos os analistas do Bradesco BBI figuraram entre os melhores em suas áreas de cobertura. “Se tivéssemos apenas alguns profissionais cinco estrelas e outros abaixo, não teríamos ficado em primeiro lugar na área de research”, diz André Carvalho, diretor de pesquisa do Bradesco BBI.

“Nos últimos anos, construímos um time muito forte, e esse trabalho foi a pedra fundamental”, completa Francisco Navarrete, também diretor de pesquisa do Bradesco BBI. Atualmente, os analistas seniores têm em média mais de 15 anos de atuação no mercado, o que representa um tremendo diferencial em times de research.

Outro aspecto importante foi a integração das áreas de pesquisa e corporate access. Segundo André Carvalho, essa integração melhorou a originação de eventos e aproximou a corretora das empresas não listadas com as quais o banco trabalha.

No último ano, o Bradesco BBI fez mais de 1400 eventos para clientes. Atualmente, a equipe é uma das maiores do mercado, com 42 colaboradores na área de pesquisa e 8 em corporate access.

Em 2022, todos os analistas do Bradesco BBI figuraram entre os melhores em suas áreas de cobertura

Uma série de iniciativas adotadas recentemente também contribui para o resultado. No último ano, o Bradesco BBI passou a oferecer dados exclusivos para os seus clientes. Foi o caso de uma pesquisa proprietária sobre hábitos do consumidor e outra sobre as plataformas de comércio eletrônico.

Esses dados exclusivos, dizem Carvalho e Navarrete, são diferenciais que contribuíram para os clientes reconhecerem o trabalho do Bradesco BBI na pesquisa da Institutional Investor. São raras as instituições de investimento que fazem isso no mercado brasileiro.

A diferenciação dos relatórios de pesquisa do Bradesco BBI também chamou a atenção do mercado. Regularmente, apuram-se os relatórios mais lidos, que despertaram maior atenção dos clientes. “Um deles foi sobre o Nubank”, lembra André Carvalho. “Entramos com uma avaliação negativa sobre o papel, na contramão da euforia do mercado. Foi um call que deu muito certo.”

Outro trabalho de referência realizado recentemente foi um minucioso relatório sobre os impactos da Guerra na Ucrânia sobre o mercado acionário brasileiro. Além de relatórios parrudos que fazem um diagnóstico completo de determinadas empresas ou cenários, o Bradesco BBI produz conteúdo de acordo com situações pontuais.

“Uma parte importante de nosso trabalho é reagir ao que acontece diariamente em relação a questões econômicas e regulatórias ou algum M&A”, pontua Francisco Navarrete. “Nesse caso, o analista avalia o impacto do evento nas ações da sua cobertura, ajudando o investidor a tomar as suas decisões de alocação.”

Outro aspecto a se destacar diz respeito a relatórios e eventos conjuntos feitos por analistas de diferentes áreas para atender a anseios específicos do cliente.

“Como estamos muito próximos dos clientes, conseguimos descobrir se há alguma preocupação em especial e fazer um produto que se encaixa exatamente naquilo que buscam”, diz Carvalho. Um exemplo foi avaliação sobre o impacto das eleições presidenciais brasileiras na macroeconomia, e nos setores de energia elétrica, bancos e petróleo & gás.

Como uma instituição inquieta, o Bradesco BBI já planeja os próximos passos. Uma das ideias é ampliar os investimentos em Big Data e usar a montanha de dados disponíveis no mercado de maneira mais assertiva.

Navarrete dá um exemplo objetivo. “Você pode usar as informações de rotas de companhias aéreas para saber em quais regiões estão sendo feitos mais ou menos negócios”, afirma o executivo.

“Isso faz parte de um projeto exclusivo de dados que começamos há um ano”, reforça Carvalho. “Começamos com as informações financeiras das empresas, passamos para a produção de pesquisas com consumidores e agora iniciaremos o uso Big Data de maneira mais profunda.”

Com a estratégia, será possível ter informações que ninguém mais possui e aplicá-las na análise de empresas e ações.