Em dezembro de 2019, o C6 Bank lançou uma conta com saldo em dólar integrada no mesmo aplicativo em que o cliente gerencia todos seus serviços bancários do dia a dia. Para quem já tem a conta brasileira, a internacional pode ser aberta em poucos minutos.
Depois disso, é só deslizar o dedo na tela inicial do aplicativo para mudar a visão do saldo em reais para o saldo em moeda estrangeira. Ao fazer o câmbio, o dinheiro vai instantaneamente de uma conta para outra. Quando lançou o produto, o C6 Bank usou pela primeira vez no mercado brasileiro o nome Conta Global. A moda estava lançada.
Desde então, outros bancos e instituições financeiras adotaram o mesmo nome e passaram a oferecer serviços similares. O próprio C6 Bank ampliou o serviço e lançou, em 2020, a Conta Global em euro. Com o aumento da oferta de contas internacionais no varejo e a recuperação da demanda por viagens após o arrefecimento da pandemia da Covid-19, os brasileiros nunca abriram tantas contas fora do país.
Uma pesquisa C6 Bank/Ipec revela que 12% dos brasileiros das classes AB com acesso à internet têm conta em moeda estrangeira. A pesquisa foi feita entre os dias 29 de agosto e 8 de setembro e tem margem de erro de 3 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.
Ter uma conta em moeda estrangeira, até poucos anos atrás, era uma funcionalidade disponível apenas para clientes milionários atendidos pelo segmento private dos bancos tradicionais. “Desenvolvemos as contas globais porque uma das maiores dores dos brasileiros que viajam ao exterior ou usam o cartão de crédito internacional eram os altos custos das operações financeiras”, diz Maxnaun Gutierrez, head de produtos, CRM e pessoas físicas do C6 Bank.
De fato, a Conta Global ajuda o correntista a economizar. Em primeiro lugar, porque usa a cotação comercial como base para realizar a conversão, sempre mais vantajosa que a do câmbio turismo. Há também uma vantagem tributária. Compras em moeda estrangeira feitas com cartões de crédito internacionais pagam 6,38% de IOF, ante 1,1% na Conta Global do C6 Bank.
Além disso, o cliente poupa com taxas bancárias. O spread em transações de câmbio, que é 2% na conta em dólar e de 2,5% na conta em euro, pode chegar a 7% no cartão de crédito emitido por alguns bancos brasileiros. Somando tudo isso, o usuário da Conta Global pode economizar 10%, dependendo da casa em que emitiu o plástico.
Outra vantagem é a segurança, já que a solução permite que o viajante carregue menos dinheiro em espécie na carteira. A Conta Global vem acompanhada de um cartão de débito com tecnologia NFC (pagamento por aproximação), além de um cartão digital. Ele pode ser usado tanto em pontos de venda físico quanto em sites internacionais.
Muitas pessoas não sabem, por exemplo, que, ao fazer reservas em sites de viagens que comercializam hotéis ou ao comprar bilhetes de companhias aéreas estrangeiras, na verdade estão realizando transações que usam a cotação média do dólar no cartão de crédito e que são tarifadas com IOF elevado. Com uma conta global, esse risco não existe. Também é possível usar o cartão de débito em meios de transporte público no exterior, em cidades como Nova York.
“Desenvolvemos as contas globais porque uma das maiores dores dos brasileiros que viajam ao exterior ou usam o cartão de crédito internacional eram os altos custos das operações financeiras”, diz Maxnaun Gutierrez, head de produtos, CRM e pessoas físicas do C6 Bank.
Com o cartão de débito, é muito mais fácil fazer saques fora do Brasil. Clientes da Conta Global podem fazer saques na rede Cirrus e nos ATMs Chase, que tem 16 mil unidades nos Estados Unidos. Nos ATMs Chase, clientes da Conta Global não pagam tarifa para sacar.
Além de economizar com impostos, a Conta Global permite que o correntista planeje com antecedência a quantia que pretende gastar na viagem internacional. A partir daí, é só aproveitar os momentos de cotação favorável para comprar moeda estrangeira. Dessa forma, o cliente consegue saber exatamente quanto vai gastar em reais, evitando possíveis sustos ao voltar para casa e se deparar com uma taxa de câmbio muito mais alta.
O movimento de aberturas de contas no exterior também pode ser atribuído à abrangência de serviços incorporados ao longo dos anos, como transferências 24 horas por dia e a permissão para enviar e receber recursos para contas que qualquer pessoa (e não apenas contas de mesma titularidade).
Investimentos no exterior
Ao mesmo tempo em que 2022 se consolida como o ano da retomada das viagens ao exterior, também fica marcado pelo crescimento da alocação de recursos em investimentos fora do Brasil.
Dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) revelam que a participação de investimentos brasileiros no exterior em relação ao PIB está na casa de 3%, marca modesta se comparada a de emergentes como Rússia (25,4%) e Chile (77%). O espaço para crescer é enorme.
No C6 Bank, ao investir no exterior, o cliente encontra a mesma facilidade que tem ao usar a Conta Global nas viagens. A conta de investimento com saldo em dólar, batizada de Global Invest, funciona no mesmo aplicativo que a conta no Brasil.
É possível acessar ativos internacionais como fundos, ações, ETFs, REITs e ADRs do mercado americano. A remessa inicial é de U$ 500. A plataforma possui mais de 190 mutual funds, com aplicações mínimas a partir de US$ 1 mil, e hedge funds, em que o investimento mínimo é de US$ 25 mil. “Queremos dar a oportunidade de diversificação internacional para um público que não tinha essa opção”, diz Gutierrez.
O processo é mais simples e vantajoso do que as opções disponíveis no mercado brasileiro para quem quer investir fora do país. Antes da Global Invest, era necessário abrir conta em uma corretora ou banco estrangeiros para ter acesso a esse tipo de ativos internacionais. Mesmo no segmento de private banking, o acesso a hedge funds é restrito, por serem fundos com poucas janelas de captação e com foco limitado nos clientes de varejo.
A possibilidade de diversificação oferecida pela conta tem atraído os investidores brasileiros, já que aplicar os recursos em ativos de outras partes do mundo é uma forma de proteger a carteira de volatilidades do mercado brasileiro.