A Enel está realizando investimentos robustos para aumentar a qualidade dos serviços e enfrentar os enormes desafios por que passa o setor elétrico, sobretudo em função do agravamento das mudanças climáticas. Até 2026, a empresa vai investir mais R$ 18 bilhões no país, dos quais 80% na frente de distribuição de energia.
Os aportes fazem parte de um plano estruturado que contempla o fortalecimento e a modernização da estrutura de rede, a digitalização do sistema, a intensificação de ações de manutenção preventiva e a ampliação da capacidade dos canais de comunicação com os clientes. O plano prevê também o crescimento significativo do quadro de pessoal próprio nos próximos anos, com aumento do número de equipes nas ruas, buscando se antecipar às possíveis contingências.
Apenas em São Paulo, a companhia planeja investir cerca de R$ 6,2 bilhões entre 2024 e 2026 na área de concessão, que engloba a capital e 23 municípios, elevando o patamar anual de investimento da Enel São Paulo de uma média de R$ 1,4 bilhão, desde a aquisição da Eletropaulo, para cerca de R$ 2 bilhões.
“Somos uma empresa comprometida com o Brasil e seu desenvolvimento. Os investimentos planejados demonstram de forma inequívoca a convicção do Grupo de continuar investindo no País”, afirma Antonio Scala, presidente da Enel Brasil.
Em número de clientes, a Enel é a segunda maior distribuidora de energia do país: são cerca de 15 milhões de clientes, uma população estimada em 33 milhões de pessoas. A companhia distribui energia para 274 municípios brasileiros – 24 em São Paulo, 66 no Rio de Janeiro e 184 no Ceará.
Em São Paulo, desde 2018, quando assumiu a concessão da distribuição, a Enel já investiu R$ 8,36 bilhões. Isso equivale a uma média de R$ 1,4 bilhão por ano, quase o dobro da média anual de R$ 800 milhões realizada pelo controlador anterior.
Como resultado, a duração e a frequência médias das interrupções registraram acentuada melhoria, de quase 50% desde 2017, superando as metas estabelecidas pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Até 2026, serão modernizadas dez subestações e construídos mais 20 km de linhas de alta tensão, além de três novos pontos de rede básica, que fazem a conexão da distribuidora com a rede de transmissão, o que permite aumentar a capacidade da rede.
No Rio, mais de R$ 5,9 bilhões foram investidos entre 2018 e 2023, período em que a duração média das interrupções (índice chamado de DEC) melhorou 36% e a frequência média de interrupções (FEC) melhorou 49%. No Estado, nove subestações passam por melhorias. Também estão sendo construídos mais 89 km de linhas de alta tensão e três novos pontos de conexão de rede básica.
Já no Ceará, cerca de R$ 6,7 bilhões foram investidos nos últimos seis anos, sendo que em 2023 a companhia registrou um recorde histórico de investimentos. Entre 2020 e 2023, a duração média das interrupções (DEC) melhorou mais de 40% e a quantidade média de interrupções (FEC) teve resultado 38% melhor. Até 2026, o Estado vai ganhar quatro novas subestações e outras três serão ampliadas e modernizadas. Além disso, serão construídos mais 176 km de linhas de alta tensão e três novos pontos de conexão de rede básica.
Desafios e medidas
“Sabemos dos desafios que enfrentaremos nos próximos anos, com a intensificação de eventos climáticos extremos no mundo todo. Estamos diante de um cenário novo para diferentes atividades econômicas, para os governos e para a sociedade como um todo. Por isso, intensificamos os investimentos nas redes, que precisam ser preparadas para minimizar os impactos desses eventos para a população”, diz Scala.
Segundo o presidente da Enel, a modernização da rede, a intensificação das ações de manutenção preventiva e o reforço do plano operacional em caso de contingência são o caminho para melhorar a qualidade do serviço e tornar a rede mais eficiente e resiliente. Na área de concessão em São Paulo, a companhia planeja realizar cerca de 600 mil podas preventivas de árvores por ano, o dobro do realizado em 2023.
“Seguiremos investindo também para o fortalecimento da rede elétrica com novas subestações, reformas de subestações existentes e substituição de cabos convencionais por compactos, dentre outras importantes ações”, afirma.
Empresa amplia protagonismo em renováveis
Outro foco dos investimentos previstos para o período é a geração de energia renovável. A Enel é um dos maiores players em geração solar e líder em capacidade instalada na geração eólica no Brasil, operando o maior parque eólico da América do Sul o complexo Lagoa dos Ventos, no Piauí, atualmente em fase final de expansão.
No dia 5 de abril, por meio da Enel Green Power Brasil (EGP), braço de geração renovável do Grupo no país, a empresa anunciou o início da operação comercial do Complexo Eólico Aroeira (348 MW), localizado nos municípios de Umburanas, Morro do Chapéu e Ourolândia, na Bahia. O parque envolveu um investimento de cerca de R$ 2,1 bilhões.
Durante o evento de inauguração do parque, a Enel também anunciou um novo projeto, o parque eólico Pedra Pintada, localizado na mesma região do interior baiano e que está em fase final de construção, com investimentos da ordem de R$ 1,8 bilhão. Ao todo, a EGP gerou 6 mil empregos na construção dos dois empreendimentos, dos quais mais de 2 mil foram ocupados por trabalhadores da região.
“Com Aroeira e Pedra Pintada, estamos celebrando hoje duas importantes contribuições para a diversificação das fontes renováveis no Brasil. A Enel é um investidor de longo prazo e tem reiterado o compromisso de seguir investindo em geração renovável e distribuição de energia, impulsionando emprego e desenvolvimento”, diz Scala.
O Complexo Eólico Aroeira (348 MW) será capaz de gerar 1.800 GWh anualmente, o equivalente à energia necessária para abastecer cerca de 849 mil residências. A produção de energia da planta tem potencial para evitar a emissão de 757 mil toneladas de CO2 na atmosfera anualmente. Composto por 81 aerogeradores, o complexo eólico é conectado à Subestação Ourolândia II por meio uma Linha de Transmissão (LT) de 18,5 Km.
Já o novo parque Pedra Pintada terá 193,5 MW de capacidade instalada e será composto por 43 aerogeradores. O projeto, em fase avançada de construção nas cidades de Umburanas e Ourolândia, será capaz de gerar mais de 894 GWh por ano, o equivalente à energia necessária para abastecer cerca de 435 mil residências. A produção de energia da usina tem potencial para evitar a emissão de 374 mil toneladas de CO2 na atmosfera anualmente.
No Brasil, o Grupo Enel possui uma capacidade total instalada renovável de cerca de 6 GW, dos quais mais de 3,3 GW são de fonte eólica, mais de 1,4 GW são de fonte solar e cerca de 1,3 GW de hidro.
“Vamos seguir trabalhando para que o país se destaque na economia global da transição energética. Queremos seguir contribuindo para ampliar o acesso dos brasileiros a uma energia cada vez mais segura, acessível e sustentável”, afirma Scala.
Investimento social alcança 12 milhões de beneficiados
Nos últimos seis anos, o investimento social da Enel foi de R$ 1,2 bilhão em uma média de 403 projetos por ano, que alcançam 12 milhões de beneficiados. Os projetos têm como objetivo impulsionar o desenvolvimento socioeconômico local, engajar lideranças locais, educar crianças e jovens para o uso seguro da energia e apoiar iniciativas que contribuam para o meio ambiente e o bem-estar das comunidades.
A maior parte das ações são promovidas via programa Enel Compartilha, que desdobra os pilares de atuação em frentes como consumo consciente, inclusão, empreendedorismo, capacitação profissional e acesso à energia a todas as pessoas, destacando-se o combate ao desperdício e ao uso eficiente e consciente de energia.
Em 2023, foram mais de 1,8 milhão de beneficiados, com um investimento de R$ 167 milhões em 12 estados do país. Geramos R$ 48,3 milhões em renda extra para as comunidades por meio dos projetos de empregabilidade e empreendedorismo.
Nas áreas de concessão das distribuidoras, no Rio, Ceará e São Paulo, com apoio de 840 líderes comunitários ativos, a Enel substituiu gratuitamente cerca de 11 mil geladeiras e mais de 783 mil lâmpadas nas diversas iniciativas do Programa de Eficiência Energética.
Já no segmento de Geração de energia, a partir da construção de novos empreendimentos de energia renovável foram gerados 10.865 empregos, sendo 3.615 para comunidades locais, com destaque para os estados da Bahia, Piauí e Minas Gerais.
No momento, a companhia também está com uma chamada pública aberta para financiamento de projetos de eficiência energética nas três distribuidoras do Grupo no país, que serão executados em 2025. Ao todo, serão investidos nos projetos selecionados R$54 milhões, sendo R$15 milhões para iniciativas de iluminação pública e R$39 milhões em outras iniciativas.