Nos últimos três anos, a economia global viveu uma tempestade perfeita. A pandemia e a inevitável paralisação das atividades obrigaram os governos a agir rapidamente, o que levou ao maior ciclo de estímulos fiscais e monetários da história.
Segundo o Banco Mundial, os Estados Unidos desembolsaram 28% do PIB, algo jamais realizado. A Itália foi além: 46%. O Brasil despejou o equivalente a 15%. A média de gastos dos países de renda alta foi de 21%.
Na economia, tudo o que se faz hoje tem efeito amanhã. A injeção de liquidez levou ao recorde de endividamento global de governos. E os endividamentos se agravavam por outra consequência da pandemia: a alta da inflação.
Para conter o ciclo perverso, os bancos centrais recorreram a uma velha estratégia: a alta de juros. Some-se a isso o fim das medidas expansionistas e o resultado é um freio natural no crescimento econômico.
Para os investidores, altos e baixos como esses representam enorme desafio, mas também oferecem oportunidades, especialmente para quem antecipar movimentos e ajustar suas carteiras de acordo com o rumo dos acontecimentos.
A atenção máxima aos movimentos do mercado internacional foi o que levou o fundo multimercado Itaú Macro Opportunities a navegar os últimos dois anos e meio com resultados expressivos.
Desde o seu surgimento, em abril de 2020, o Macro Opportunities MM FICFI teve rentabilidade relativa ao CDI, seu benchmark, de 169,68%. Considerando 2022 e com dados até outubro, o índice é de 200,55%.
O fundo tem como público alvo investidores qualificados. “Resultados como esses se devem sobretudo a uma estratégia bem ajustada”, afirma Ricardo Marin, gestor do fundo Itaú Macro Opportunities da Itaú Asset. “O foco é a maior exposição ao mercado internacional, embora o cenário local também esteja em nosso radar.”
“O foco é a maior exposição ao mercado internacional, embora o cenário local também esteja em nosso radar”, diz Ricardo Marin, gestor do fundo Itaú Macro Opportunities da Itaú Asset
Mas como funciona a estratégia do fundo? A versão multimercado do fundo Itaú Macro Opportunities busca superar o CDI no longo prazo em qualquer cenário econômico – meta devidamente atingida, como relatado acima –, operando principalmente nos mercados de bolsa, juros, câmbio e commodities.
Durante o ano, a equipe de gestão acumulou a maior parte dos ganhos de posições que se beneficiaram, principalmente, do ciclo de alta de juros nos mercados americano e europeu.
Outra tese ganhadora que o fundo manteve até o final de outubro foi a de uma posição comprada no dólar contra diversas divisas globais, com destaque para o Renminbi chinês, apoiada na maior resiliência do crescimento dos Estados Unidos quando comparado ao restante do globo.
Contudo, com a percepção de que a política de covid-zero na China está caminhando na direção de maior flexibilização, a equipe revisou esta posição, passando a priorizar um posicionamento mais tático na moeda americana, vislumbrando oportunidades de curto prazo que a volatilidade do mercado tem apresentado.
O Macro Opportunities é uma das estratégias que fazem parte da tradicional família Itaú Hedge Plus, que se tornou conhecida na indústria pelo fato de entregar consistentemente bons resultados.
Olhar com mais ênfase para o cenário internacional também é uma das prerrogativas do Itaú Macro Opportunities Renda Fixa, lançado em maio deste ano.
Assim como seu irmão mais velho, ele conta com o mesmo time de gestão da família Hedge Plus – o que, portanto, sugere bons desempenhos no futuro.
O objetivo do fundo também é superar o CDI no longo prazo, mas atuando nos mercados de juros, moedas e crédito
O objetivo do fundo também é superar o CDI no longo prazo, mas atuando nos mercados de juros, moedas e crédito. O Itaú Macro Opportunities Renda Fixa é aberto para o público em geral.
De acordo com Thiago Morgado, Portfolio Specialist da Itaú Asset , uma das razões que explicam a série de bons resultados dos fundos Itaú Macro Opportunities é a flexibilidade.
“A equipe é extremamente ágil e está preparada para alterar ou adaptar posições de investimento rapidamente”, reforça o executivo.
O núcleo de gestão dos fundos Itaú Macro Opportunities, tanto o de multimercados quanto o de renda fixa, é formado por treze especialistas. Cada um tem sua especialidade, seja por mercado de atuação ou região geográfica.
Suas decisões são apoiadas pelo time de economia da Itaú Asset Management, que conta com outros dezoito profissionais.
Segundo Ricardo Marin, poucas assets no país possuem um grupo tão abrangente. Nos últimos anos, o time foi fortalecido com a contratação de profissionais oriundos de casas renomadas como Gávea, SPX e Kapitalo, entre outras.
Os gestores dos fundos olham essencialmente para o cenário macroeconômico e o preço dos ativos, além de observar como os agentes de mercado estão posicionados.
A partir daí, tomam suas decisões de investimento – é o que o mercado chama de macro trading. Trata-se de um trabalho desafiador.
A lista de países observados com lupa está na casa das dezenas, e nesse grupo entram obviamente os protagonistas da economia mundial – Estados Unidos, China e Europa Central –, mas também nações emergentes.
Países supostamente periféricos como Chile, Colômbia, Hungria e República Tcheca podem surpreender com boas oportunidades de investimentos, e os gestores precisam estar atentos a isso.
A lista de países observados com lupa está na casa das dezenas
Um bom exemplo desta expertise em buscar oportunidades em países e regiões não convencionais pode ser ilustrado pelos ganhos obtidos em Cingapura ao longo do ano. Onde o profundo conhecimento da maneira como o banco central do país conduz sua política monetária permitiu que os gestores capturassem o movimento de apreciação da moeda local contra uma cesta de outras divisas.
Embora o foco dos fundos Itaú Macro Opportunities seja o cenário internacional, o Brasil também está no radar dos gestores, que agora observam os desdobramentos da transição presidencial.
Ricardo Marin e Thiago Morgado lembram que os dois fundos possuem versões previdenciárias, o Itaú Flexprev Macro Opportunities MM FICFI (multimercados) e o Itaú Flexprev Macro Opportunities Renda Fixa – uma família que não para de crescer. Os investidores conseguem investir nos fundos a partir de R$1,00.