Na abertura do Itaú Future Day, evento promovido pelo Itaú BBA e pelo Cubo Itaú, que aconteceu na semana passada, em São Paulo, o CEO do Cubo, Paulo Costa, propôs uma dinâmica em que os participantes da plateia se levantassem e se apresentassem uns aos outros.

Ao seu lado, Gabriel Brabo, head comercial das empresas de tecnologia do Itaú BBA, aproveitou a oportunidade e ressaltou a importância de haver ali um ambiente favorável a empreendedores e interessados em investir em tecnologia. “Se existe uma ferramenta para a inovação, ela é a conexão”, disse Brabo.

Não foi apenas um jogo de palavras. Mais do que ninguém, o Itaú BBA sabe a força da conexão. Em especial, no universo de empreendedorismo. É isso que tem feito, cada vez mais, a instituição financeira para se conectar ao mundo da inovação.

E essas conexões têm sido fundamentais para impulsionar o setor dentro do banco, que vem crescendo ano a ano. “Em 2021, tínhamos 400 startups em nossa cobertura. Hoje, temos mais de 1.500 empresas. E a evolução continua”, afirmou Felipe Rama, gerente de estratégia do cliente do Itaú BBA

De acordo com ele, entre 2019 e 2021, o Itaú BBA se debruçou a fazer estudos que pudessem aprimorar os serviços e os produtos oferecidos a esta classe específica de clientes. Um dos grandes desafios é a velocidade para atender as demandas das startups e, ao mesmo tempo, acompanhar o ritmo alucinado das inovações tecnológicas.

O Itaú Future Day, que contou com a participação de mais de 800 pessoas presentes e cerca de 2.100 pessoas online, foi uma oportunidade para fazer uma conexão direta com a inovação e de se atualizar sobre um dos temas mais quentes da atualidade: a inteligência artificial, um mercado que pode chegar a US$ 1,3 trilhão em 2030, segundo estimativas da MarketsandMarkets.

Foi o caso trazido por Luís Fernando Liguori, diretor de Solution Architecture da AWS, que explicou a tecnologia Generating Artificial Intelligence, que se traduz em uma inteligência artificial capaz de gerar texto, imagens ou outras mídias, usando modelos generativos.

Em sua apresentação, Liguori detalhou os quatro principais casos de Generating AI, que acontecem “na experiência do cliente, como centro de tudo, na produtividade de funcionários, na produção de conteúdo criativo e no ganho de eficiência na operação”.

Já o cientista-chefe da TDS Company, Silvio Meira, destacou que a inovação não depende apenas de tecnologia, mas “da mudança de comportamento dos agentes de mercado”.

Meira anunciou também as novas tendências do marketing, que constam do Manifesto do Marketing do Futuro, escrito por ele e Rosário Pompeia, mestre em comunicação social e sócia da consultoria LeFil. Entre os pontos estabelecidos no manifesto, estão o de que o marketing está em um momento de ruptura e que o futuro acontece em rede, quase que momentaneamente.

O cientista também ressaltou que hoje tudo passa pela colaboração. “Um ecossistema de inovação é um arranjo colaborativo através do qual as empresas (parte do ecossistema) combinam suas ofertas para criar soluções coerentes”, disse Meira.

Observe o exemplo da fintech brasileira Pismo. Daniela Binatti, cofundadora e CTO da startup, defendeu a tese de que o Brasil possa ser um exportador de tecnologia e se tornar um importante player no mercado global.

Binatti, no evento, contou a trajetória da Pismo, destacando um mergulho nos mercados internacionais e na cultura de diferentes países para se estabelecer lá fora. Hoje, a fintech, comprada em junho deste ano por US$ 1 bilhão pela Visa, tem mais de 450 funcionários e escritórios no Brasil, Reino Unido, Estados Unidos, Cingapura e Índia.

Nesse sentido, a escolha do investidor é fundamental. “Importante você saber com quem está se casando, porque, dependendo de como for, a história pode ser bastante longa”, afirmou Binatti.

A empreendedora explicou também as diferenças nos investimentos de startups feitas por fundos de venture capital e empresas.  “O mindset é diferente. Se você vai para um fundo de venture capital mais agressivo, crescimento é crescimento. Acelera, acelera, acelera!”, disse.

No fim, tudo se resume a fazer as conexões certas, o que o Itaú BBA tem feito nos últimos anos no ecossistema de empreendedorismo brasileiro.