Quando uma pequena ou média empresa tem acesso a crédito, o efeito vai muito além do caixa do negócio. Máquinas entram em operação, empresas contratam trabalhadores, fornecedores ampliam suas entregas, famílias aumentam a renda, o consumo cresce e o governo arrecada mais.
É uma engrenagem que, quando bem alimentada, multiplica oportunidades e gera crescimento em cadeia. Foi exatamente esse movimento que o Itaú Empresas buscou mensurar em um estudo inédito conduzido pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
“Visamos jogar luz nesse potencial e inspirar um ambiente mais favorável às empresas”, diz Cintia Camargo, diretora de Crédito para PMEs do Itaú Unibanco. “Se queremos um Brasil mais inovador, resiliente e próspero, apoiar as PMEs com inteligência e profundidade precisa estar no centro da agenda. Os resultados mostram que isso é possível – e já está acontecendo.”
Para entender como esses efeitos ultrapassam as fronteiras das empresas clientes e alcançam a economia como um todo, a FGV examinou o que acontece quando milhões de PMEs se tornam mais fortes e tomam crédito de forma inteligente, de acordo com suas reais necessidades e capacidades.
O estudo mostra o efeito direto e indireto do crédito concedido pelo Itaú Empresas em toda a cadeia produtiva dos pequenos e médios negócios: uma injeção anual de R$ 97 bilhões sobre o PIB, 1,2 milhão de empregos assegurados por ano, R$ 45 bilhões em renda para as famílias e R$ 31 bilhões em arrecadação tributária.
Em um horizonte de cinco anos, o impacto acumulado dos créditos chega a R$ 486 bilhões no PIB, mais de 6 milhões de empregos sustentados, R$ 227 bilhões em renda distribuída às famílias e R$ 156 bilhões em tributos.
O efeito multiplicador do crédito para as pequenas e médias empresas – estimado em 1,56, ou seja, cada R$ 1 fornecido pelo Itaú Empresas vira R$ 1,56 em PIB – é alto quando comparado com estudos internacionais.
“Ele reflete justamente a relevância das PMEs como motores de geração de valor”, diz Daniel da Mata, professor da FGV e líder da pesquisa. A análise foi feita com base na chamada matriz insumo-produto do IBGE, que mostra como os setores da economia se conectam.
“Se queremos um Brasil mais inovador, resiliente e próspero, apoiar as PMEs com inteligência e profundidade precisa estar no centro da agenda. Os resultados mostram que isso é possível – e já está acontecendo”, diz Cintia Camargo, diretora de Crédito para PMEs do Itaú Unibanco
É fácil entender como a lógica funciona. Quando uma PME acessa crédito, ela compra equipamentos, impacta positivamente fornecedores, amplia a produção ou expande suas operações, entre outros investimentos e ações.
Esses recursos reverberam em toda a economia. Ao comprar máquinas, contratar serviços ou ampliar instalações, a PME movimenta fornecedores de diferentes setores – da indústria de equipamentos à logística, da construção à energia.
Cada um desses fornecedores, por sua vez, aumenta sua própria demanda, contrata novos trabalhadores e expande sua capacidade. Com mais pessoas empregadas, cresce o consumo das famílias, o comércio ganha fôlego, os serviços se multiplicam e a arrecadação do Estado também aumenta.
Forma-se, assim, um ciclo virtuoso em que o crédito inicial não apenas sustenta um negócio específico, mas desencadeia uma onda de crescimento que se espalha por toda a economia.
Outro aspecto relevante destacado pelo levantamento é a contribuição do crédito para a diversificação produtiva e para a inserção internacional das empresas.
Ao ter acesso a recursos financeiros estruturados de acordo com suas necessidades, as PMEs conseguem ampliar seu portfólio de produtos e serviços, investir em novos segmentos de atuação e reduzir a dependência de um único mercado.
Esse movimento não apenas fortalece os negócios em cenários de instabilidade, mas também abre espaço para processos de inovação e maior competitividade das empresas brasileiras.
Além disso, o estudo mostra que elas se tornam mais preparadas para atuar no comércio exterior, exportando com maior frequência e importando insumos e tecnologias que elevam a eficiência e a qualidade de sua produção.
Para a economia brasileira, isso se traduz em ganhos de produtividade, aumento da competitividade e maior conexão com os mercados globais.
“Os resultados confirmam que, com um apoio estratégico como o ofertado pelo Itaú Empresas, os negócios sobrevivem mais, crescem com consistência e tornam-se verdadeiros agentes de transformação”, conclui Cintia.