Uma campanha lançada recentemente pela Itaúsa diz que a maior holding de investimentos de capital aberto do país está “em todo lugar” e com “o mesmo propósito.”
O mote não poderia ser mais apropriado. De fato, a Itaúsa é onipresente no país – juntas, suas investidas respondem por 12% do PIB brasileiro, geram 160 mil empregos diretos e pagam, todos os anos, mais de R$ 30 bilhões em impostos.
Não é só. A Itaúsa possui cerca de 1 milhão de acionistas, mas com um detalhe surpreendente: 95% dos municípios brasileiros possuem ao menos um acionista da holding, o que lhe confere uma capilaridade poucas vezes encontrada em outras corporações.
Seu portfólio traduz essa abrangência. A Itaúsa investe em companhias de setores diversos como financeiro (Itaú Unibanco), lifestyle (Alpargatas), construção civil (Dexco), saneamento (Aegea), energia (Copa Energia), transporte de gás (NTS) e mobilidade urbana (CCR).
Em maior ou menor grau, todas elas estão entre as líderes de seus setores e, reunidas sob o norte da Itaúsa, buscam o mesmo propósito: dar andamento à agenda ESG.
Essas foram as principais mensagens do Panorama Itaúsa 2023, evento para acionistas e stakeholders realizado em 10 de outubro que reuniu nomes como Alfredo Setubal, presidente e diretor de relações com investidores da Itaúsa, e Marcelo Furtado, head de sustentabilidade, além de CEOs de algumas das principais investidas pela holding.
“Somos responsáveis por bilhões de reais que foram ou serão investidos no Brasil nos próximos anos”, disse Setubal. “Geramos muito valor para a sociedade.”
Na primeira parte do evento, que teve transmissão ao vivo pelo YouTube, Setubal fez um balanço da estratégia de negócios da Itaúsa no último ano e traçou um panorama da atuação ESG da empresa.
Entre outros pontos, Setubal destacou o processo de desalavancagem da holding. Com os recursos obtidos da venda de parte de sua participação na XP, a Itaúsa reduziu de forma expressiva o valor de sua dívida bruta.
“Somos responsáveis por bilhões de reais que foram ou serão investidos no Brasil nos próximos anos”, disse Alfredo Setubal. “Geramos muito valor para a sociedade.”
Em setembro do ano passado, ela totalizava R$ 8,4 bilhões. Atualmente, está em torno de R$ 5,1 bilhões, e a tendência continua a ser de queda.
A prudente gestão financeira levou a uma importante conquista: a Itaúsa passou a ter o rating “Triplo A” conferido pelas três principais agências globais de classificação de crédito (Moody’s, Fitch e S&P).
Um indicador importante quando falamos em criação de valor é a Taxa de Retorno Total aos Acionistas (Total Shareholder Return – TSR) que considera a valorização da ação e mais os dividendos pagos. Alguns investimentos têm uma característica maior de valorização da ação e menor de pagamento de dividendos - por exemplo, investimentos em ativos de growth. Outros, já estão mais maduros e são mais geradores de dividendos (ex. NTS e Copa Energia).
A Itaúsa é um mix disso tudo, conseguindo ter um fluxo recorrente e consistente de dividendos e também apresentar valorização da ação, em resposta à qualidade dos ativos do portfólio e ao bom balanceamento de risco-retorno dos investimentos feitos.
A Itaúsa apresentou um TSR de 219% nos últimos 10 anos. Taxa muito superior a alguns benchmarks de mercado, como IBOV, CDI, IPCA e Dólar, o que demonstra a capacidade de criação de valor consistente e recorrente aos acionistas da Itaúsa ao longo do tempo, seja via dividendos seja via valorização da ação.
Na área ESG, a atuação da Itaúsa também avançou. Entre outros feitos, a holding lançou, no fim de setembro, o Instituto Itaúsa, que terá a missão de apoiar o desenvolvimento sustentável do país.
“O Instituto Itaúsa é a materialização de nosso compromisso com a agenda ESG”, disse Setubal. Em termos práticos, ele resultará, já em 2023, em R$ 10 milhões investidos na pauta sustentável. A partir de 2024, o valor será ampliado para R$ 50 milhões anuais.
Também participante do evento, o head de sustentabilidade Marcelo Furtado detalhou os planos da holding nessa área. “A visão de sustentabilidade da Itaúsa está conectada com o binômio responsabilidade e oportunidade”, disse.
Entre outras ações, a Itaúsa iniciou um inventário de carbono para identificar o perfil de suas emissões. Furtado também mencionou a compra de energia renovável para abastecer o edifício da Itaúsa, em São Paulo, e a adesão da holding ao Pacto Global, entre outras medidas.
Cada um dos CEOs participantes destacou iniciativas voltadas para os compromissos ESG adotados por suas empresas.
Milton Maluhy, CEO do Itaú Unibanco, trouxe um dado impactante. O banco se comprometeu a financiar, até 2025, R$ 400 bilhões que serão direcionados para a economia sustentável.
A meta está perto de ser cumprida. “Daquele total, já destinamos R$ 306 bilhões em impacto positivo para a sociedade”, disse Maluhy.
A Itaúsa iniciou um inventário de carbono para identificar o perfil de suas emissões
De seu lado, Radamés Casseb, CEO da empresa de saneamento Aegea, apontou o “Projeto Tarifa Social”, que traz descontos na conta de água e esgoto para famílias de baixa renda, como uma iniciativa que faz a diferença no país. “Beneficiamos 2 milhões de pessoas com a ampliação da Tarifa Social nas 500 cidades onde atuamos”, disse Casseb.
As investidas da Itaúsa possuem objetivos ambiciosos nesse campo. Miguel Setas, CEO do grupo CCR, lembrou que a empresa quer chegar a 2033 com a redução de 60% das chamadas emissões de escopo 1 e 2. “Estamos fortemente comprometidos com essa agenda”, disse Setas. “Fomos a primeira empresa do setor a ter metas de sustentabilidade.”
Por sua vez, Antonio Joaquim, CEO da Dexco, empresa de múltiplos negócios no segmento da construção civil, lembrou que a companhia investe em startups que possuem projetos para construções residenciais e comerciais “mais limpas”, sem agredir o meio ambiente.
“Somos uma empresa com DNA voltado para ESG”, afirmou Joaquim. “Um terço de nossas terras, por exemplo, são áreas de preservação.”
O último participante, Caio Turqueto, CEO da Copa Energia, pontuou que a empresa realiza o inventário de suas emissões desde 2014 e que toda a sua frota leve de veículos usa etanol, combustível menos poluente.
O executivo citou ainda os projetos voltados para o chamado GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), uma das fontes menos poluentes de energia, como uma de suas iniciativas na área ESG. “Somos vocacionados para essa questão”, afirmou.
No encerramento do evento, Alfredo Setubal resumiu por que, afinal, o tema merece tanto destaque por parte da holding: “Esta é agenda do século 21, que irá alavancar muitos negócios.” Nesse contexto, a Itaúsa está bem posicionada para a pauta mais relevante do presente e do futuro.