O pequeno varejo, segmento conhecido no país como “mercado de vizinhança” – os famosos “mercadinhos de bairro”, no linguajar popular –, tem importância vital na rotina de milhões de brasileiros.

Segundo estudo encomendado pela gestora de venture capital Flourish Ventures, 42% dos consumidores frequentam o varejo de seu bairro diariamente. Nessa conta estão estabelecimentos com até quatro checkouts, como pequenos mercados, padarias, lanchonetes, empórios, mercearias e farmácias, entre outros.

O mercado de vizinhança ganhou fôlego na pandemia, período em que 80% dos consumidores compraram regularmente seus mantimentos no pequeno varejo.

Outro levantamento, desta vez feito pelo Sebrae, mostrou que o número de novos empreendimentos no comércio varejista em bairros cresceu 12% entre 2020 e 2021, com predominância daqueles que vendem produtos alimentícios, como minimercados, mercearias e armazéns.

Trata-se de um setor pujante e em franca expansão no país. Para indústrias, distribuidores e atacadistas, conhecer e desbravar o varejo de vizinhança passou a ser, portanto, obrigatório em suas estratégias de negócios.

Nesse contexto, o trabalho realizado pela Mtrix, empresa especializada no desenvolvimento de soluções de inteligência de dados para a gestão do canal distribuidor e atacadista, tem ganhado cada vez mais relevância.

Mas, afinal, como a Mtrix pode ajudar grandes empresas a tornar suas operações cotidianas mais eficientes? A fabricante francesa de champanhe Moët Hennessy, que tem sob seu guarda-chuva marcas como Moet & Chandon, Veuve Clicquot e Dom Perignon, tem a resposta na ponta da língua.

“Antes da Mtrix, tínhamos carência de informações sobre a trajetória de nossos produtos, desde a adega até a chegada aos pontos de venda”, diz Gontijo Jordan, diretor comercial da Moët Hennessy no Brasil. “As ferramentas da Mtrix passaram a nos ajudar na leitura dos resultados do sell-out de nossos distribuidores.”

Em outras palavras: ao capturar uma enorme quantidade de dados nos pontos de venda e gerar conteúdo inteligente a partir deles, a Mtrix auxilia as indústrias em suas tomadas de decisão. “Hoje, toda a nossa política comercial é feita através da leitura da ferramenta da Mtrix”, acrescenta Jordan.

Para a indústria alimentícia Massa Leve, que tem em seu portfólio produtos como massas recheadas e pizzas prontas, a Mtrix se tornou parceria essencial de negócios.

“Antes, recebíamos apenas informações fragmentadas e não confiáveis sobre a trajetória de nossos produtos”, diz Reinaldo Simões, gerente comercial de autosserviço e varejo da Massa Leve. “Com a Mtrix, temos visibilidade completa, e em tempo real, de toda a operação de distribuição.”

É fácil entender por que as informações coletadas pela Mtrix possuem valor inestimável. A empresa captura todos os dias, faça chuva ou faça sol, dados de 1,5 mil distribuidores que chegam a 1,1 milhão de pontos de venda em todos os municípios brasileiros.

Poucas empresas brasileiras podem se orgulhar de tamanha capilaridade. Sua presença nacional permite uma visão precisa a respeito dos movimentos do mercado – em qualquer região do País, ressalte-se novamente –, e isso é ouro puro para as indústrias.

No total, a Mtrix atende 75 indústrias dos mais variados setores, número que tem crescido em ritmo veloz

No total, a Mtrix atende 75 indústrias dos mais variados setores, número que tem crescido em ritmo veloz. “Em essência, nós ajudamos a indústria a conhecer, em detalhes minuciosos, o comportamento do pequeno varejo”, resume Fernando Figueiredo, diretor de desenvolvimento de negócios da Mtrix.

De fato, a inteligência de dados da Mtrix traz informações valiosas para a indústria – os produtos que possuem maior aceitação em determinadas regiões do país, os volumes vendidos, os preços praticados, quem vende mais ou menos, os níveis de estoque, entre muitas outras.

Com os dados em mãos, a indústria consegue ajustar as suas operações, o que significa, portanto, obter resultados melhores. “Um fabricante pode, por exemplo, realizar ações promocionais, ou realizar ajustes na política comercial para se adequar a algum movimento do mercado com muito mais controle, mensurando dias depois o efeito das ações e orientando seus times de vendas e trade marketing assim como seus distribuidores”, pondera Figueiredo.

O executivo lembra que os dados do pequeno varejo também são importantes para a definição de campanhas de incentivo ou a identificação de gargalos que afetem o resultado de vendas.

A Mtrix divide o pequeno varejo em segmentos específicos. Os pontos de venda que se enquadram no varejo de vizinhança – principalmente pequenos mercados – registraram crescimento de 21,4% de receitas de janeiro a setembro de 2022 em relação ao mesmo período do ano passado.

Já a alimentação fora do lar, que o mercado chama de food service, teve desempenho ligeiramente superior, com aumento de 25,4% das vendas de janeiro a setembro na comparação com o mesmo período do ano passado. Farmácias e perfumarias também operam no positivo, com acréscimo de 24,4% das receitas nos três primeiros trimestres de 2022.

No total, os PDVs que são monitorados pela Mtrix têm receitas anuais em torno de R$ 35 bilhões. Para efeito de comparação, o setor atacadista e distribuidor faturou R$ 308,4 bilhões em 2021, segundo a Abad, a associação do setor.

“A indústria percebeu que a gestão dos canais de distribuição virou algo mandatório”, diz Figueiredo. “Isso soa como música para os nossos ouvidos.”