Entre todos os indicadores acompanhados pelo mercado financeiro, poucos têm o peso do retorno sobre patrimônio líquido, o famoso ROE. É ele que mostra a capacidade de uma empresa de gerar lucro em relação ao capital dos acionistas, funcionando como um termômetro de eficiência.

Alcançar um ROE elevado é sinal, portanto, de que a engrenagem está ajustada, com receitas em alta, custos sob controle e riscos administrados.

No segundo trimestre de 2025, o PicPay comprovou essa lógica ao registrar um ROE de 20,3%. O número não veio sozinho: no primeiro semestre, o lucro líquido somou R$ 208,4 milhões, três vezes mais do que no mesmo período do ano anterior, enquanto a receita alcançou R$ 4,5 bilhões, um salto de 91%. Em apenas seis meses, o PicPay já atingiu 80% de todo o resultado de 2024.

O avanço consistente da base de clientes ajuda a explicar os resultados. Em junho, o aplicativo do PicPay chegou a 64 milhões de contas, um aumento de 13% em relação ao ano passado. Desse total, 41,3 milhões estavam ativas, número 14% maior do que no mesmo período de 2024.

O PicPay já é o segundo maior banco digital do país em número de clientes e ocupa a sétima posição no ranking geral entre todas as instituições financeiras.

Além do crescimento robusto, chama também a atenção o engajamento: mais de um terço da base já adota o aplicativo como banco principal, um sinal de que o PicPay se tornou a instituição de referência no dia a dia financeiro de milhões de brasileiros.

“Mais uma vez mostramos nossa capacidade de crescer com rentabilidade e eficiência”, diz Eduardo Chedid, CEO do PicPay. “Ampliamos o resultado, o engajamento dos clientes e, ao mesmo tempo, trabalhamos na expansão de novas avenidas de crescimento.”

O desempenho, de fato, reflete uma transformação profunda no modelo de negócio – uma estratégia que combinou ganho de escala, maior eficiência e diversificação das fontes de receita.

“O PicPay de alguns anos atrás estava mais próximo de uma carteira digital”, afirma André Cazotto, diretor de RI, M&A e Estratégia do PicPay. “Hoje, temos uma estrutura de banco digital completo, com licença de banco múltiplo, carteira de crédito, cartões, seguros. Essa evolução é o que explica os resultados que estamos apresentando agora.”

O avanço do PicPay pode ser notado em diversas frentes. A carteira de crédito – composta por empréstimo pessoal, cartão, consignado e antecipação de FGTS – somou R$ 16 bilhões em junho, quase três vezes o volume registrado um ano antes.

Só no primeiro semestre, a originação alcançou R$ 4,7 bilhões, com destaque para o Crédito do Trabalhador, responsável por R$ 1,5 bilhão em um único trimestre.

Eduardo Chedid (à esq.) e Andre Cazotto, do PicPay
Eduardo Chedid (à esq.) e Andre Cazotto, do PicPay

O equilíbrio entre linhas com e sem garantia tem sido decisivo para sustentar o crescimento. Atualmente, 45% da carteira está em produtos colateralizados, como antecipação do FGTS e crédito consignado, enquanto 55% se concentra em modalidades como cartão e empréstimo pessoal. Essa composição ajuda a reduzir riscos e mantém a inadimplência sob controle.

“A nossa estratégia sempre foi crescer de forma sustentável, com equilíbrio entre produtos, e não apenas buscar volume a qualquer custo”, reforça Cazotto.

Outro eixo importante do PicPay é a disciplina de custos. O modelo 100% digital permite operar com um custo de servir de apenas R$ 19 por cliente, o mais baixo do setor.

Ao mesmo tempo, a receita média por usuário ativo disparou 76% em um ano, chegando a R$ 60,50 – mais de três vezes o custo de servir. Essa relação mostra a sustentabilidade do modelo de negócios, em que cada cliente gera retorno muito acima da despesa necessária para atendê-lo.

“O aumento da receita por cliente vem muito do cross-sell e da nossa capacidade de oferecer diferentes produtos dentro do mesmo ecossistema”, diz Cazotto.

A diversificação é parte essencial da estratégia do PicPay. No primeiro semestre, o volume transacionado em cartões alcançou R$ 25,9 bilhões, alta de 54% em relação ao ano anterior. Mais de 5 milhões de cartões foram emitidos, ampliando a presença da marca na vida financeira dos clientes.

A operação de seguros segue a mesma curva de expansão. Em apenas um ano, mais que dobrou de tamanho e já soma 7 milhões de apólices ativas. O movimento reforça a estratégia de oferecer soluções completas dentro do ecossistema, capturando receitas em diferentes frentes.

“O que temos hoje é um modelo escalável, em que cada cliente gera receita muito acima do custo de servir”, diz o executivo. “Isso significa que conseguimos entregar rentabilidade mesmo em segmentos de menor renda.”

O aumento expressivo do volume de movimentações também ajuda a explicar o sólido desempenho do PicPay no primeiro semestre de 2025.

Entre janeiro e junho, os clientes transacionaram R$ 227,9 bilhões no app, um crescimento de 33% na comparação anual. O cash-in – valores que os usuários trazem para o PicPay – chegou a R$ 219,4 bilhões, enquanto o PicPay respondeu por 11% de todas as operações de Pix no país.

Na frente de PJ, o volume transacionado na adquirência saltou 52% no segundo trimestre, para R$ 14 bilhões. Agora, a companhia aposta em levar produtos que a consolidaram entre o público PF também para os empreendedores. Entre eles, estão a possibilidade de conectar a conta empresarial no mesmo app em que gerenciam sua conta PF do PicPay e de outros bancos, em uma experiência inédita no mercado, e o Assistente de Pagamentos, que consolida boletos PF e PJ no mesmo lugar e permite pagar de forma simplificada.

O avanço em múltiplas áreas só foi possível porque a inovação se tornou parte do DNA do banco. O PicPay foi pioneiro no uso de inteligência artificial para atendimento, integrando ferramentas de IA generativa em seus canais.

Mais recentemente, lançou o Assistente PicPay, que permite fazer pagamentos e transferências dentro do app ou pelo WhatsApp. Mais de 10 milhões de clientes já usaram a novidade, o que reforça o posicionamento da marca como uma plataforma inovadora.