Em meados do ano passado, a QI Tech iniciou o desenvolvimento de um produto que nasceu a partir da demanda dos seus próprios clientes. “Eles queriam saber qual era o próximo passo na experiência do Pix”, diz Gabriel Scherer, sócio e diretor da QI Tech.

A dúvida fazia sentido. Afinal, a QI Tech já havia criado diversas soluções inovadoras para o Pix, transformando o sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central em um importante gerador de negócios.

Depois de um período de testes, a empresa lançou, no início de 2024, o QI Fatura, solução de parcelamento do Pix que dá um passo além nas possibilidades oferecidas pela ferramenta.

“O conceito por trás do parcelamento do Pix é proporcionar uma experiência igual a do cartão de crédito, mas utilizando a infraestrutura do Pix”, afirma Scherer.

É fácil de entender como a nova ferramenta funciona. Com o QI Fatura, é possível dividir o pagamento de um produto em várias parcelas, recebendo uma fatura para quitar a prestação na data combinada.

A solução de parcelamento do Pix da QI Tech oferece diversas vantagens. A ferramenta é uma alternativa para as pessoas que não possuem cartão de crédito e queiram aumentar o seu limite de compra.

Para as empresas, há diversos benefícios. Ao usar o QI Fatura, a companhia recebe o valor à vista, mesmo que o cliente tenha parcelado.

Além disso, o parcelamento do Pix amplia a oferta de meios de pagamentos e diminui o tempo de processamento de compra.

É importante ressaltar que, ao usar o QI Fatura, a empresa tem acesso a toda a infraestrutura de segurança da QI Tech, que inclui o device scan, motor de regra e análise de crédito, entre outras.

A ferramenta também elimina a necessidade de emissão do cartão – e, portanto, todos os custos que envolvem esse processo, como a confecção do plástico e o envio até a casa do cliente.

Segundo Scherer, o mercado endereçável é toda e qualquer empresa que mantém algum tipo de relacionamento digital com seus clientes.

Um dos benefícios mais evidentes é o que o mercado chama de embedded finance. Na prática, é como uma companhia de um ramo que não é financeiro pudesse oferecer cartão de crédito, conta digital, buy-now-pay-later ou qualquer outro produto bancário, inserindo as ofertas ao seu portfólio para aumentar a rentabilidade e fidelizar clientes, sem tirar o foco do seu negócio principal.

Para conseguir ofertar esse tipo de produto, as empresas precisam criar ou se aliar a instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central, como a QI Tech, ou outro órgão regulador, caso optem por um provedor de infraestrutura.

“Com o embedded finance, trazemos uma camada adicional de relacionamento com os clientes e a possibilidade de geração de novas receitas dentro dos aplicativos”, diz Scherer. “O QI Fatura se enquadra exatamente nesse conceito.”

A novidade pegou. “Já atendemos clientes de vários segmentos, desde empresas de telefonia a grandes varejistas, além de fintechs e aplicativos de mobilidade urbana que nos contrataram para fornecermos o produto”, diz Scherer.

Assim como outras soluções que têm o Pix como ponto de partida, o QI Fatura é uma tecnologia proprietária da QI Tech, desenvolvida pelo próprio time da casa.

A QI Tech é a única empresa “as a service" que atua de ponta a ponta como infraestrutura tech e regulatória para produtos financeiros como banking, crédito e mercado de capitais.

Ela nasceu como a primeira SCD (Sociedade de Crédito Direto) homologada pelo Banco Central e hoje é a primeira fintech a contar também com a licença de DTVM (Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários) concedida pela CVM.

Como Sociedade de Crédito Direto (SCD), a QI Tech passou a oferecer, no ano passado, o Pix Indireto, que permite a grandes pagadores e recebedores de valores oferecer o Pix “com o próprio nome".

Nesse sistema, toda a operação fica registrada no nome do participante indireto, o que torna a experiência do usuário melhor, além de garantir maior credibilidade para a operação.

A QI Tech também tem se destacado no quesito segurança. No ano passado, a solução Antifraude Pix  foi uma das vencedoras do prêmio internacional FinTech & RegTech Global Awards, que reconhece ferramentas inovadoras para a segurança cibernética no setor financeiro.

O Antifraude Pix da QI Tech, que consiste em avaliar padrões de transações, analisa mensalmente dados de 1,7 milhão de usuários. A tecnologia é tão eficaz que passou a ser usada por grandes bancos para evitar fraudes e golpes que ameacem seus clientes.

Poucas empresas no Brasil aproveitaram tanto as possibilidades trazidas pelo Pix – sistema que, no ano passado, movimentou recordistas R$ 17,1 trilhões, segundo o Banco Central – quanto a QI Tech.

Não à toa, a QI Tech tem atraído volume expressivo de investimentos. No ano passado, captou R$ 1 bilhão junto ao fundo americano General Atlantic e à gestora brasileira Across Capital – o maior montante levantado em 2023 por uma startup no Brasil, segundo a Distrito.