Todos os dias, a humanidade gera 2,5 quintilhões de bytes, segundo o estudo “Data Never Sleeps”, realizado pela Domo, empresa especializada em computação na nuvem. Para se dimensionar o que isso significa, existem 18 zeros em um único quintilhão.
O salto tecnológico trazido pela pandemia aumentou a montanha de dados digitais. Com as restrições de circulação, mais pessoas fizeram transações financeiras online, compraram pela internet ou navegaram nas redes sociais.
Trata-se de um caminho sem volta. Estima-se que, até o final de 2022, 70% do PIB mundial terá sido digitalizado. Em pouco tempo, o percentual chegará perto de 100%. Com a avalanche de dados disponíveis, nunca a privacidade esteve tão exposta.
Nos últimos meses, vazamentos de informações de empresas de diversos setores escancaram dados de clientes e mostraram como o ambiente online pode ser perigoso. No Brasil, os golpes digitais estão em alta. De acordo com a companhia de cibersegurança Fortinet, houve 88,5 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos em 2021, o que significou um aumento explosivo de 950% sobre 2020.
O país ainda é o segundo com mais fraudes de cartão, ficando atrás somente do México, mostra um estudo divulgado pela Visa. “Quanto mais dados são vazados, mais há insumos para fraudes”, resume Yasodara Cordova, principal privacy researcher da unico. “Às vezes, o consumidor sequer fica sabendo que tentaram fraudar o nome dele.”
A boa notícia é que, se os crimes online avançam, as ferramentas de defesa e de proteção à privacidade estão se tornando mais eficazes.
Tecnologia é o elo entre privacidade e segurança
Em 2021, a solução de identidade digital da empresa, o unico | check, barrou 3 milhões de fraudes, evitando cerca de R$ 70 bilhões em prejuízo financeiro. Ou seja, a cada dia a empresa impediu que cerca de R$ 200 milhões fossem perdidos com ações criminosas.
Em 2021, a solução de identidade digital da empresa, o unico | check, barrou 3 milhões de fraudes, evitando cerca de R$ 70 bilhões em prejuízo financeiro
Em linhas gerais, o unico | check identifica padrões no rosto humano a partir da biometria facial, verificando se as características físicas analisadas batem com as registradas pelo sistema. Dessa forma, a solução protege e autentica a identidade das pessoas em transações presenciais ou online.
Recentemente, a IDTech lançou uma nova vertente da solução: o token biométrico. A tecnologia agora é aplicada nas autenticações de transações como pix para substituir os complexos processos de tokens e senhas na confirmação de pagamentos e transferências.
Disponibilizada inicialmente para o setor financeiro, a tecnologia já chega ao mercado testada em mais de nove milhões de transações.
De olho em uma demanda crescente por soluções de autenticação para transações online, a IDTech unico vem apostando não apenas em tornar essas validações mais simples e rápidas, mas em fazer da identidade digital uma forma segura para proteger os dados das pessoas.
Por isso, a empresa brasileira pretende conquistar outros países da América Latina – e acaba de receber um novo aporte do Goldman Sachs para isso.
Privacidade como diferencial competitivo
Além das etapas de teste para garantir segurança, todos os produtos da unico são desenvolvidos de modo que princípios de privacidade e proteção de dados são incorporados desde a concepção – o chamado “privacy by design”.
Diversas áreas da empresa contam com profissionais especializados no tema, da equipe de machine learning ao time de compliance, do núcleo de produtos ao setor de pesquisa. “Somos, definitivamente, uma empresa de privacidade”, diz Yaso, como é conhecida.
O framework belga Linddun, uma espécie de código pronto que pode ser utilizado no desenvolvimento e modelagem de projetos digitais e que o time da unico trouxe para o Brasil, é uma das ferramentas que auxilia nesse processo.
Todos os produtos da unico são desenvolvidos de modo que princípios de privacidade e proteção de dados são incorporados desde a concepção
“Em essência, o Linddun ajuda a identificar os fluxos de dados de uma empresa e aponta especificamente onde estão as ameaças à privacidade”, explica Yaso. Muitas vezes, afirma a executiva, a empresa acha que o seu sistema inteiro pode estar vulnerável, quando na verdade o problema é localizado.
É aí que o Linddun entra, identificando a falha e, depois, informando o que é preciso fazer para combatê-la. Afinal, a proteção de dados é, ou deveria ser, uma das prioridades para companhias de qualquer tamanho e de qualquer lugar, seja qual for o ramo de atividade.
“Antes, se o profissional quisesse trabalhar com privacidade, diziam que ele não tinha preocupação com os negócios”, observa Yaso. “Agora, a busca pela proteção de dados é um movimento mundial.” E, acrescente-se, obrigatória para o sucesso de qualquer empresa. A unico já sabe disso.