Um estudo recente realizado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) revelou que a proporção de investimentos brasileiros em carteira no exterior é de 3,7% em relação ao PIB.

A participação é baixa se comparada com outros emergentes. No México, o índice é de 6,6%. Na Colômbia e África do Sul, de 23,8% e 50,4% respectivamente.

A conclusão é óbvia: há muito espaço para os brasileiros desbravarem o mercado internacional de investimentos.

Se depender de um movimento recente feito pela XP, a ênfase na diversificação, que considera mercados internacionais, tende a crescer em ritmo acelerado.

A XP estreou no varejo offshore ao lançar a sua conta de investimentos internacional em maio de 2022. Desde então, a procura pelo serviço cresce em ritmo veloz.

Entre novembro e dezembro do ano passado, o volume investido por clientes no exterior vem triplicando a cada dez dias.

“Uma carteira equilibrada precisa considerar ativos no exterior”, afirma Lucas Rabechini, diretor de produtos financeiros da XP. “A diversificação reduz riscos e aumenta o potencial de ganhos.”

A conta de investimentos internacional nasceu após uma pesquisa realizada com clientes: 77% deles disseram que não investiam no exterior, mas tinham interesse em iniciar a jornada. Entre os que já faziam isso, 91% declararam a intenção de aumentar a exposição.

“Uma carteira equilibrada precisa considerar ativos no exterior”, diz Lucas Rabechini, diretor de produtos financeiros da XP

Os ativos globais entraram de vez no radar dos investidores. De acordo com os mais recentes dados disponíveis, o patrimônio de brasileiros investido no exterior foi de R$ 827 bilhões em 2021, o que correspondeu a um avanço de 29% em relação a 2020.

A XP aposta firme nesse mercado. Segundo suas projeções, ele deverá crescer entre R$ 50 bilhões e R$ 60 bilhões por ano até 2025.

É fácil entender por que é importante para os investidores olhar para o mercado internacional. Os Estados Unidos, principal destino de investimentos do mundo, concentram 56% do volume global de ações. O Brasil detém apenas 1,5% desse universo.

Há um abismo entre os dois mercados. Pouco mais de 400 empresas estão listadas na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. Somadas, as bolsas de Nova York (Nyse) e a eletrônica Nasdaq reúnem cerca de 6 mil companhias de quase todos os setores e tamanhos.

Investir no exterior, portanto, significa a possibilidade de acessar diretamente uma diversidade de ativos que nem de longe está disponível no mercado brasileiro.

Para o investidor, isso faz toda a diferença. É a chance de se expor a teses de investimentos que não existem no Brasil – as big techs americanas e asiáticas são exemplos disso.

Os aportes no exterior também ajudam a proteger o patrimônio diante dos solavancos da economia e da política no ambiente doméstico. Em tempos de crise, o dólar costuma se sobressair em relação a seus pares internacionais.

Mas, afinal, para qual perfil de cliente os investimentos internacionais se destinam? Segundo Lucas Rabechini, são pessoas que buscam diversificação, querem proteger seu portfólio e ter na carteira empresas robustas e ativos sintonizados com novas tendências.

O momento é oportuno. Como as taxas de juros seguem altas nos Estados Unidos e no mundo, os retornos de ativos como bonds – títulos americanos de dívida negociados em dólar – se tornam mais atrativos.

A XP iniciou a operação com bonds em outubro do ano passado. São mais de 30 opções de crédito privado, entre companhias americanas e brasileiras, que podem ser acessadas diretamente no aplicativo da XP, com aplicação mínima de US$ 5 mil – uma das mais baixas do mercado.

A seleção de bonds leva em conta ativos com alta liquidez e empresas sólidas, como Amazon, Apple e Disney, para citar apenas alguns exemplos. Entre as companhias nacionais, estão nomes como BRF, Gerdau e Vale.

Lembre-se que, ao investir em bonds, o cliente desfruta da rentabilidade que acompanha a taxa de juros americana e fatura também com a valorização cambial.

“Um diferencial da XP é que todos os ativos estão disponíveis a partir de alguns poucos cliques no app”, ressalta Rabechini. “Uma de nossas premissas ao criar a conta internacional era a simplicidade. O cliente faz tudo de maneira ágil e através de um processo 100% digital.”

De fato, a experiência é bastante amigável. No mesmo app, a apenas alguns cliques de distância, o cliente acessa tanto os ativos disponíveis no mercado nacional quanto internacional.

Para realizar as operações no exterior, o câmbio é instantâneo e com cotações competitivas geradas em tempo real.

A plataforma da XP também oferece análises, educação financeira internacional e assessoria com um time de especialistas. Além disso, o cliente encontra, dentro do próprio aplicativo, informações sobre como declarar o imposto que incide sobre os aportes no exterior.

Ao todo, a conta de investimentos internacional oferece mais de 10 mil produtos financeiros, entre bonds, ações, ETFs, ADRs (recibos de ações negociadas em outros países) e REITs (estruturas similares aos Fundos Imobiliários brasileiros).

Quando lançou a conta internacional, o serviço estava disponível para clientes com patrimônio líquido acima de R$ 300 mil. Desde setembro do ano passado, o valor foi reduzido para R$ 10 mil.

“Nossa proposta é democratizar ao máximo os investimentos no exterior”, diz Rabechini. A XP tem cumprido à risca esse objetivo.