Quando eu vi a capa da revista britânica The Economist com o Cristo com uma máscara de oxigênio, pensei: é um bom sinal!
Calma velhotes, não sou dos mais religiosos, mas sou cristão. Nada contra o monumento e seu simbolismo, o bom presságio se justifica pelo “histórico Mick Jagger” da revista: quando eles falam sobre Brasil, devemos basicamente operar contrário.
Exercitando meu lado quanti, também vemos indicações de que o Brasil está voltando à sua “normalidade” em torno do número 5:
- inflação perto de 5
- dólar indo pra baixo de 5
- SELIC quase em 5
- 2+0+2+1 é 5
Deixando de lado meu call exotérico-matemático, explicarei um pouco melhor o meu otimismo com a bolsa e por que não seria absurdo chegarmos às marcas de 150 mil ou 200 mil pontos no índice Ibovespa.
Acompanhe:
Economia vem “despiorando”
As casas de análise não param de revisar suas projeções de PIB para cima e a expectativa é de um crescimento superior a 5,5%.
A vacinação também segue em um ritmo consistente, com direito à competição de governadores para ver quem vacina mais e com o brasileiro se mostrando um verdadeiro “sommelier de vacina” na hora de escolher entre Pfizer, Coronavac e Astrazeneca.
Todo esse ambiente tende a jogar pra cima as estimativas de lucro por ação das empresas!
Black Friday das ações
Muitos setores e papéis que se beneficiam dessa retomada seguem muito descontados, ainda sofrendo a penalização do momento mais sensível da pandemia (não vou citar nomes pra CVM não ficar brava).
Se olharmos a B3 como um todo, a percepção é que está barata, negociando a múltiplos abaixo de sua média histórica, sem contar o desconto de mais de 50% da bolsa brasileira em relação ao S&P 500.
Commodities, sempre elas...
São componentes primordiais em um processo de retomada econômica (aqui e no mundo). Se isolarmos só as commodities na bolsa, por exemplo, vemos um retorno de 20% esse ano frente a 10% do Ibovespa.
Esse rally deve continuar e considerando a alta correlação da economia brasileira com o impacto de commodities, mais um motivo para reforçar o otimismo.
Gringo voltando
O saldo de investidores estrangeiros na bolsa já passa os R$ 50 bilhões em 2021, isso sem considerar os IPOs.
Com as premissas citadas acima se concretizando, devemos ter uma presença ainda maior do gringo na bolsa, consequentemente mais valorização.
Empresas saudáveis financeiramente
Com a crise, as empresas apertaram os cintos e estão, na média, com um nível de endividamento baixo. O aumento dessa geração de caixa, na esteira de uma retomada de atividade, tende a ser mais aproveitado para investimentos (capex, expansão das operações, aquisições de outras empresas) ou para pagar dividendos. Em ambos os casos, são caminhos que agradam os ouvidos dos investidores.
O negroni está gelando, já estou com a roupa de ir, falta só definir o nome da festa: 150k ou 200k?