Desde 1960, Marte passou a ser um destino corrente na corrida espacial entre Estados Unidos e União Soviética. Nessa disputa, em meados de 1976, os americanos foram os primeiros a aterrissar com sucesso no Planeta Vermelho que, desde então, atraiu ainda mais missões.

Na manhã desta quinta-feira, mais precisamente às 8h50, horário de Brasília, essa jornada começou a ganhar um novo capítulo, quando o veículo especial Perseverance, da NASA, partiu em direção a Marte, com o objetivo de encontrar sinais de vida de mais de três bilhões de anos atrás no planeta.

Fruto de um investimento de US$ 2,7 bilhões, a sonda foi lançada da Estação da Força Aérea do Cabo Canaveral, na Flórida, com o foguete Atlas V. Se tudo ocorrer como programado nos cerca de 480 milhões de quilômetros que separam a Terra de Marte, a Perseverance chegará ao seu destino em 18 de fevereiro de 2021. E será o quinto veículo desse porte a completar o trajeto.

Outros dois veículos especiais lançados pela China e pelos Emirados Arábes Unidos no início deste mês estão programados para se unirem a Perseverance a caminho de Marte. A expectativa é que a dupla desembarque no planeta na mesma época.

O pouso da Perseverance está programado para ser realizado em uma bacia de 46 quilômetros de largura, chamada de Jezero Crater, onde, acredita-se, há mais de 3 bilhões de anos havia um lago. O objetivo da missão, que tem duração de dois anos e mais de 350 cientistas envolvidos, é identificar vestígios de vida microscópica, extraí-los das rochas ou do solo e trazer amostras do material para a Terra.

Segundo engenheiros da Nasa, com 2,2 mil kg, a Perseverance é o veículo mais avançado já desenvolvido pela agência espacial americana. Ele conta com 13 computadores de bordo, 23 câmeras e diversos instrumentos para explorar rochas e sedimentos em busca de sinais de vida deixadas por formas de vida microscópicas.

Entre as tecnologias e recursos que a Perseverance levará a bordo está um pequeno helicóptero autônomo, de 1,8 kg, batizado de Ingenuity, que irá fazer seu primeiro voo fora da Terra e testará novas possibilidades de exploração em Marte. No total, estão previstos cinco voos.

Outro experimento, chamado de MOXIE, irá testar a conversão do ar local em oxigênio, com dois objetivos: fornecer oxigênio como combustível para foguetes e também para futuros astronautas visitantes.

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