A aposta na Arm tem mostrado resultados não apenas para o Softbank, que recentemente reportou seu primeiro trimestre com lucro desde 2022. Fundador do grupo japonês, Masayoshi Son também tem motivos para comemorar.

Nos últimos dias, o empresário engordou sua fortuna em mais US$ 3,8 bilhões graças a alta nas ações da fabricante de chips. Na última semana, os papéis da companhia subiram mais de 70% e a valorização no ano já ultrapassa 116%.

O patrimônio de Son agora está estimado em US$ 15,1 bilhões, o que faz dele uma das 30 pessoas mais ricas mundo, segundo um ranking elaborado pela Bloomberg. Elon Musk está na liderança da lista com um patrimônio estimado em US$ 205 bilhões.

Avaliada em US$ 153,1 bilhões, a Arm viu seu valor de mercado decolar após a divulgação de seus últimos resultados financeiros. O que animou os investidores foi uma amostra de como a empresa poderia migrar seus negócios para inteligência artificial para não ficar dependente dos chips de smartphones.

As ações seguiram subindo nos dias posteriores. Na segunda-feira, 12 de fevereiro, os papéis tiveram alta de 29% com um rali dos investidores após a companhia afirmar que poderia aumentar seus preços, margens e explorar novos mercados, como servidores em nuvem e o setor automotivo.

Son consegue se beneficiar dessa alta de ações através do Softbank. O empresário detém cerca de um terço da participação do grupo japonês, que, por sua vez, é dono de 90% da Arm.

Os ganhos do empresário só não foram maiores porque o Softbank ainda enfrenta dificuldades em outras frentes de seus negócios. Nos resultados do terceiro trimestre fiscal, encerrado em dezembro, o grupo reportou que a perda acumulada dos Vision Funds está próxima de US$ 20 bilhões.

Ainda assim, o Softbank registrou lucro líquido de US$ 6,4 bilhões no período, acima das expectativas de ganhos entre US$ 1,3 bilhão e US$ 2,5 bilhões de analistas do mercado e revertendo um prejuízo de US$ 5,2 bilhões registrado no mesmo período de 2022. O valor de mercado atual do grupo é de US$ 87 bilhões.