A Tivit, enfim, encontrou um comprador após várias tentativas. Conforme havia informado o NeoFeed, a companhia, controlada pelo fundo britânico Apax Partners, havia mandatado o J.P. Morgan em busca de um comprador.
A busca se encerrou. O comprador é a italiana Almaviva, grupo com foco no campo da inovação digital - o Brazil Journal havia antecipado que o negócio era iminente. A Takoda, um spin-off da operação de data center da Tivit, ficou de fora do negócio – essa operação também está à venda.
A companhia não informou os valores da transação. Em 2024, de acordo com entrevista do CEO da Tivit, Paulo Freitas, ao Valor Econômico, a companhia faturou R$ 2,1 bilhões. Dados oficiais referentes a 2023 indicavam um lucro de R$ 5,7 milhões, revertendo um prejuízo de R$ 47,2 milhões do ano anterior.
Quando comprou a Tivit em 2010, a Apax Partners pagou US$ 1 bilhão. Duas fontes com as quais o NeoFeed conversou acreditam que o valor desta transação passou longe dessa quantia. Em 2010, o valor médio da moeda americana estava em R$ 1,76; hoje, está em R$ 5,54.
Essa não foi a primeira vez que a Apax Partners tentou sair do investimento. O NeoFeed publicou pelo menos duas matérias que mostram essas tentativas. Em 2020, o Itaú BBA foi contratado para conduzir a venda.
Em 2021, a Tivit ficou perto de fechar negócio com a Telefónica, que a integraria à T-Tech, empresa criada para atuar em negócios digitais do grupo espanhol. Na época, a Tivit esperava que o negócio pudesse chegar a R$ 3 bilhões.
Atualmente, a Tivit atua em 10 países da América Latina e em setores como serviços financeiros, transporte, manufatura, utilities, saúde e governo.
A Almaviva, por sua vez, tem presença global. Com o negócio, passa a ter uma receita superior a R$ 12 bilhões, segundo Marco Tripi, acionista e CEO da Almaviva, em comunicado divulgado à imprensa.