Durante o ano de 2021, a Hapvida figurou entre os grupos mais ativos no cenário de intensa consolidação do mercado de saúde. Foram cinco acordos fechados pela empresa no período, nos quais desembolsou mais de R$ 1 bilhão.

Desde o início deste ano, no entanto, quando foi anunciada a tão aguardada aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a fusão com o Grupo Notre Dame Intermédica, a companhia reduziu seu apetite, com apenas uma aquisição, da Smile Saúde, em fevereiro.

Entretanto, na noite desta quarta-feira, 5 de outubro, marcou o fim desse hiato na esteira de M&As da empresa. A Hapvida anunciou a aquisição de 100% do capital da Sistemas, operadora de planos de saúde com atuação em São Paulo e na região metropolitana, por meio da sua subsidiária Notre Dame Intermédica Saúde.

Nos termos da transação, o preço da aquisição é de R$ 120 milhões e será pago à vista, em dinheiro. Segundo comunicado divulgado pela empresa, o valor está sujeito à variação do endividamento e capital de giro da operação e envolve ainda uma parcela retida para garantia de eventuais contingências.

Com um modelo de operadora de saúde de baixo custo, a Sistemas conta com cerca de 77 mil beneficiários localizados, majoritariamente, na capital paulista, com 65 mil vidas, e em cidades como Osasco, Guarulhos, Embu e Cotia.

De acordo com a Hapvida, nos 12 meses anteriores a julho de 2022, a Sistemas reportou uma receita líquida de aproximadamente R$ 79 milhões e sinistralidade caixa de 73,4%.

No comunicado, o grupo ressaltou que a transação tem como objetivo acelerar o crescimento em todas as praças de atuação da Sistemas, além de capturar sinergias administrativas e assistenciais nessas regiões em que a companhia já detém uma ampla estrutura de rede própria de atendimento médico-hospitalar.

Com a aquisição, a Hapvida reforça ainda mais sua presença na região metropolitana de São Paulo, um dos mercados em que mais avançou a partir da fusão com a Notre Dame, acrescenta novos destinos em sua esteira de M&A. Até então, os acordos vinham privilegiando praças como o interior paulista, o estado de Minas Gerais e o mercado do Nordeste.

As ações da Hapvida fecharam o pregão dessa quarta-feira com queda de 1,57%, cotadas a R$ 8,14. Os papéis do grupo, avaliado em R$ 54,5 bilhões, acumulam uma desvalorização de 21,5% em 2022.