A corrida da inteligência artificial (IA) entre as big techs está ficando cada vez mais acirrada. Após a Microsoft sair na frente com um acordo de investimento na OpenAI que deu à companhia de Redmond a exclusividade no uso de recursos do ChatGPT, Meta e Google tentam recuperar o tempo perdido.

Segundo o The Information, a Meta está trabalhando no lançamento de um software voltado para ajudar desenvolvedores a escreverem códigos de programação de forma automática.

Chamada de Code Llama, a nova ferramenta de inteligência artificial da companhia de Mark Zuckerberg está prevista para ser anunciada na semana que vem.

Com esse lançamento, a Meta aumenta sua gama de ferramentas de inteligência artificial que são concorrentes dos produtos lançados pela OpenAI, que tem o software Codex como responsável por ajudar desenvolvedores na produção dos códigos com o uso de IA.

Zuckerberg já tinha dado sinais de que estava preparando uma investida nesta direção. Depois de focar durante muito tempo em tecnologias voltadas para a criação de um metaverso, o fundador do Facebook declarou ainda em fevereiro que "passaria a se concentrar no desenvolvimento de personas de IA".

Ainda não está claro como a Meta pretende explorar o produto comercialmente. O GitHub, que também tem uma ferramenta com essa função, cobra US$ 10 por mês dos desenvolvedores que desejam usar a tecnologia. A solução já é utilizada por mais de 27 mil empresas.

Ferramentas de conselho

A pressão em cima da OpenAI (e da Microsoft) também vem de Mountain View. Na sexta-feira, 18 de agosto, o The New York Times reportou que o Google, por meio da DeepMind, está testando avanços em suas ferramentas de inteligência artificial. O objetivo é permitir que a tecnologia possa dar conselhos para os usuários.

O “coach” munido com IA vem sendo testado dentro da companhia nos últimos meses. Um desses testes consiste em avaliar os “conselhos de vida” do assistente. Neste aspecto, a ferramenta foi questionada sobre qual seria a melhor maneira de dizer a um amigo que não seria possível comparecer a um casamento por razões financeiras.

Para que as respostas fossem formuladas, a DeepMind consultou mais de 100 especialistas em relações humanas. Por ora, a companhia apenas diz que trabalha com uma gama de parceiros para avaliar a evolução do produto e que há diversos testes em andamento.

Do lado da OpenAI, a companhia tem olhado em direção aos games. Nesta semana, a empresa anunciou a aquisição do estúdio Global Illumination, cujo principal trabalho é o jogo Biomes, que é semelhante ao Minecraft. Os valores e os detalhes da transação não foram revelados.