As marcas de refrigerante vêm travando uma intensa batalha contra a entidades ligadas à saúde. No ano passado, por exemplo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou o aumento de impostos sobre a bebida para reduzir o consumo de açúcar.

Neste início de ano, o problema aumentou. De acordo com investigação da Federal Trade Commission (FTC), uma organização americana equivalente ao Cade, Pepsi e Coca-Cola estão violando a Lei Robinson-Patman, que garante a mesma condição de competição às redes varejistas.

De acordo com o The Wall Street Journal, as estratégias de preços de Pepsi e Coca-Cola seriam diferentes para algumas redes varejistas, além de um privilégio dado a determinadas regiões. Pela lei americana, que remete a 1936, é preciso dar equidade de condições aos consumidores. E grandes redes varejistas não podem ter privilégios sobre as menores.

A FTC solicitou ao Walmart, que não faz parte da investigação, dados sobre as compras de refrigerantes. Nos Estados Unidos, a Coca-Cola representa 43% do volume de venda de refrigerantes e a Pepsi, 23%, segundo dados da Euromonitor.

A entidade americana de proteção à concorrência intensificou seu trabalho desde que Lina Khan assumiu a presidência da FTC em julho de 2021. Ela vinha criticando a negligência do trabalho da organização.

Em comunicado, a Coca-Cola disse que “está comprometida com a concorrência justa e legal no mercado. Qualquer afirmação de que a empresa tenha feito algo ilegal com relação à venda e distribuição de seus produtos é infundada e estamos preparados para defender quaisquer acusações específicas de acordo.” Pepsi e WalMart não quiseram se manifestar à reportagem do WSJ.

Na bolsa de valores, o valor de mercado da Coca-Cola é de US$ 266,5 bilhões e as ações sobrem 2,6% em 12 meses. Já a Pepsi, é avaliada em US$ 242,4 bilhões e acumula alta de 2,3% no mesmo período.