Ryan Reynolds ficou conhecido por estrelar filmes e produções como a versão nos cinemas do anti-herói Deadpool. Entretanto, longe das telas, o ator canadense começa a ganhar fama por um outro papel: o de empresário bem-sucedido.
Nesta quarta-feira, 15 de março, em mais uma sequência dessa trama, ele foi um dos sócios que lucraram com a venda da operadora de telefonia Mint Mobile para a T-Mobile, por US$ 1,35 bilhão. Reynolds comprou uma participação na empresa ainda em 2019. Na época, os valores e percentuais foram mantidos em sigilo.
Em seu perfil no Twitter, Reynolds publicou um vídeo ao lado de Mike Sievert, CEO da T-Mobile, para comunicar o acordo. “A T-Mobile me garantiu que nossa estratégia de mensagens incrivelmente improvisada e imprudente também permanecerá intocada”, disse o ator.
O negócio envolve a aquisição da Ka’ena Corp, empresa controladora da Mint Mobile e que também é dona da operadora Ultra Mobile e da rede atacadista Plum. O pagamento será feito 39% em dinheiro e o restante em ações.
Uma das três maiores operadoras de telefonia móvel dos Estados Unidos ao lado de Verizon e AT&T, a T-Mobile não deve adicionar novos clientes para a companhia. Isso porque o modelo de negócio da Mint Mobile era de revenda de um serviço que já usava a rede da T-Mobile.
A Mint Mobile não divulga dados de sua operação. O que se sabe é que a companhia, que oferece um plano de internet móvel por US$ 15 mensais e com limite de 4 gigabytes, manteve, nos últimos anos, uma média de crescimento de 50% em sua base de clientes e de 70% na receita.
No racional da transação, a ideia da T-Mobile é se beneficiar do potencial de marketing da nova aquisição. As propagandas bem-humoradas estreladas por Reynolds enaltecem uma mensagem de que a operadora é diferente das empresas tradicionais do setor.
Agora, na contramão desse discurso, a empresa fundada em 2016 como uma subsidiária da Ultra Mobile passa a fazer parte de uma gigante de telefonia avaliada em US$ 176,1 bilhões. Segundo a nova proprietária, a marca deverá ser mantida, bem como a presença do ator nas campanhas de marketing.
Essa é a segunda grande transação que Reynolds faz nos últimos anos. Em 2020, o ator vendeu o controle da marca de bebidas Aviation Gin para a britânica Diageo por US$ 610 milhões. Ele havia comprado uma participação com percentuais não divulgados na empresa dois anos antes.
Reynolds não atuou como um sócio silencioso dos negócios. Ao contrário. Ele foi o principal agente de divulgação das duas marcas, o que ajudou a alavancar os negócios. As peças publicitárias, aliás, eram produzidas pela Maximum Effort, agência que tem o ator como um dos seus fundadores.