Passado pouco mais de um mês depois de comunicar ao mercado que estava negociando a venda de uma fatia minoritária no Complexo Parnaíba com o Itaú Unibanco, a Eneva deu números a essa transação.
Em fato relevante divulgado na noite de quarta-feira, 21 de junho, a empresa anunciou que o banco fez um aporte de R$ 1 bilhão na operação, controlada pela Eneva III, por meio da subscrição e integralização de ações preferenciais com direito de voto restrito, escriturais e sem valor nominal de emissão.
A partir da conclusão do acordo, o Itaú passa a ser o titular de 100% das ações preferenciais de emissão da Eneva III, que representam 15,02% do capital social. A Eneva, por sua vez, manteve a totalidade das ações ordinárias, o equivalente a 84,98% do capital social.
O documento informa ainda que, como resultado de uma reorganização societária envolvendo a Eneva III e a Eneva, consumada no último dia 13 de junho, a Eneva III tornou-se titular de 100% do capital social da operação que compreende as seis usinas termelétricas do Complexo Parnaíba, em Santo Antônio dos Lopes (MA).
Como parte da transação, as duas sócias também celebraram um acordo de acionistas, que regula os direitos e obrigações de ambas as empresas na Eneva III.
A negociação entre Eneva e Itaú veio à tona no dia 15 de maio. Na oportunidade, as companhias ressaltaram que o acordo havia sido submetida a uma análise prévia do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e obtido o sinal verde do órgão.
Na bolsa, o valor de mercado do Itaú é R$ 264,3 bilhões e as ações estão em alta de 18,8% no ano. Já o papel da Eneva está em queda de 1,3% em 2023 e o valor de mercado da companhia é de R$ 18,6 bilhões.