Brasília - A participação feminina na Esplanada dos Ministérios deve aumentar com a confirmação do favoritismo do Advogado-Geral da União (AGU), Jorge Messias, para ocupar a cadeira de Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF).
O NeoFeed apurou que, caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva opte por uma solução caseira para substituir Messias na AGU, quatro mulheres despontam com chances de ocupar o ministério - na lista ainda há um homem.
Anelize Almeida, atual procuradora da Fazenda Nacional, é vista como competente e com bom trânsito na área econômica do governo Lula. Ela seria a preferida do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com quem tem bom trânsito.
Almeida deverá disputar a indicação interna com Flávio Roman, que é um AGU substituto e procurador do Banco Central; Isadora Cartaxo, também uma advogada da União e atual secretária-geral de Contencioso; Clarice Calixto, que é advogada da União e atual procuradora-Geral da União; e Adriana Venturini, que é procuradora-geral federal.
No caso mais do que natural de Messias ser consultado para a escolha do próprio substituto, entretanto, o nome com maior chance de chegar à Esplanada é o de Roman, que hoje exerce a função de segundo na Advocacia-Geral.
Cartaxo, por sua vez, é a responsável pelas ações da AGU no Supremo e é respeitada pelos ministros da Corte, enquanto que Calixto é vista como um nome com bom trânsito dentro do Executivo. Nas apostas internas, Venturini aparece com com menos chances.
Como mostrou o NeoFeed, há, pela ordem de favoritismo no STF, além de Messias, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente do Senado, e Bruno Dantas, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).
Também estão na lista para o STF Vinícius Carvalho, chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), e Daniela Teixeira, ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Carvalho pode vir a trocar de cadeira na Esplanada e ir para a AGU no caso de Messias ser escolhido de Lula para o STF, que abriria uma vaga na Advocacia-Geral.
Ainda há nomes mais periféricos, mas que são lembrados nos bastidores da política de Brasília: o do presidente do TCU, Vital do Rêgo, o advogado e professor da Universidade de São Paulo (USP) Pierpaolo Bottini, e do desembargador Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que deu ordem para soltar Lula em 2018.