No fim de setembro, a KPTL anunciou que recebeu uma injeção de capital de R$ 50 milhões do BNDES para seu fundo voltado para o investimento em govtechs. Com o aporte feito pelo braço de participações do banco, a gestora ganhou mais fôlego para aumentar seu portfólio de investidas.

Nesta terça-feira, 5 de dezembro, a KPTL anunciou ao mercado que agora fez mais dois investimentos de seu veículo voltado para empresas que atuam diretamente com o serviço público: nas startups Prosas e Colab.

Na Prosas, que opera uma plataforma de seleção e monitoramento de projetos sociais e culturais para instituições públicas e empresas, a KPTL está realizando um aporte de R$ 4 milhões. Esse é o primeiro aporte recebido pela companhia mineira que já faz a gestão de mais de 1,5 mil editais.

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Thiago Alvim, CEO e fundador da Prosas

“A gente estava a 40 km/h, agora vamos acelerar para 100 km/h nos próximos dois anos”, diz Thiago Alvim, CEO e fundador da Prosas em entrevista ao NeoFeed. A ideia é utilizar o dinheiro para investir na contratação de engenheiros, designers e trazer maior acessibilidade para a plataforma.

O investimento na Colab não teve seu valor revelado, mas o NeoFeed apurou que trata- se de um aporte em uma rodada entre seed e série A. Fundada em 2014, a startup atua com a digitalização de serviços públicos e atende prefeituras de cidades como Maceió, Diadema, Mogi das Cruzes, Palmas, São Gonçalo, entre outras.

“O Colab nasceu como uma solução de zeladoria e se transformou em uma plataforma de serviços digitais”, diz Gustavo Maia, fundador e CEO da Colab. “Esse aporte é para potencializar essa expansão.”

Antes dessa rodada, a startup já havia captado R$ 20 milhões em rodadas que incluíram a própria KPTL, a empresa portuguesa de energia EDP e os fundos estrangeiros MDIFe Luminate.

Gerido em conjunto com a Cedro Capital, o fundo de govtechs da KPTL tem uma tese voltada para investimento na transformação digital em diferentes verticais do serviço público, como saúde, educação, segurança, habitação e urbanismo, entre outras. A meta é investir em até 30 empresas.

Para fazer isso, a gestora pretende investir R$ 200 milhões. Esse valor ainda está em fase de captação. O aporte do BNDES – ainda em fase de digilência – faz com que a gestora se aproxime da metade da meta.

“Estávamos cadenciando o ritmo de investimentos. Agora vamos acelerar”, diz Adriano Pitoli, head do fundo GovTech da KPTL.

Além do BNDES, a KPTL tem como sócios no veículo as agências de fomento Badesul e AgeRio e as empresas de tecnologia Multilaser e Positivo.