A portabilidade dos benefícios de alimentação continua gerando polêmica entre incumbentes e os novos players do setor. E o diretor-geral da Ticket, empresa do grupo Edenred, Alexandre Rappaport, se posicionou contra de maneira contundente.
O objetivo da lei, que ainda não foi regulamentada, é que cada trabalhador possa escolher a operadora que deseja receber seu benefício, independente de qual tenha sido a empresa contratada pelo empregador.
Na visão de Rappaport, a portabilidade deverá provocar uma elevação dos custos de operação, caso os consumidores sejam estimulados a trocar a fornecedora do serviço.
“A portabilidade é muito danosa para o setor, pode acabar onerando estabelecimentos”, disse Rappaport em entrevista ao NeoFeed durante o NeoConference, que ocorreu em São Paulo, na última terça-feira, 10 de setembro. “Hoje, uma empresa contrata um provedor. Quando ela quer, dois. Com a portabilidade, uma empresa pode acabar com 40 provedores diferentes, o que gera uma confusão administrativa insuportável.”
Durante a entrevista, Rappaport ainda revelou que a Ticket vem intensificando investimentos em tecnologia para manter o seu market share, apesar da entrada de novos players no setor.