A Davos Financial Partnership, grupo que nasceu como escritório private de assessoria de investimentos ligada à XP em 2018, adquiriu a Sirius Finance, um escritório de assessoria focado no atendimento a empresas.

A especialidade da Sirius é o atendimento a empresas do middle market, com faturamento entre R$ 50 milhões e R$ 600 milhões, que não estão no radar dos grandes bancos. Os serviços vão desde a gestão de caixa das empresas a soluções de fusões e aquisições, câmbio e soluções de crédito. No ano passado, a empresa operou mais de R$ 500 milhões em câmbio.

Fundada por Daniel Zanela, executivo com mais de 30 anos de mercado financeiro, com 11 anos no Citi e passagens por grandes empresas como RedeCard, AXA Seguros e Safra, a Sirius foi fundada em 2019. Os 10 funcionários da empresa se juntam à Davos para reforçar o time da vertical Davos Empresas e criar uma nova unidade: a Davos fusões e aquisições.

“Com a chegada do time da Sirius, reforçamos nossa atuação para empresas, sendo mais efetivos para atender o cliente empresário. O que possui uma grande sinergia com a nossa divisão de wealth management”, afirma Katia Alecrim, sócia-fundadora da Davos Investimentos.

Segundo as empresas, a fusão não envolveu valores monetários, mas uma troca de ações. Daniel Zanela se torna sócio da Davos Empresas e Luis Sousa se torna sócio e responsável pelo time de M&A da Davos.

Com a união, a Davos passa a ter R$ 6 bilhões sob gestão e custódia e ganha R$ 6 milhões de receitas ao ano - o processo natural de diversificação dos negócios que as assessorias vêm buscando.

Além desses dois serviços e da assessoria de investimentos, a Davos também possui um family office, uma corretora de seguros e uma operação offshore baseada em Miami. Com isso, hoje 45% da receita da empresa vem dos outros negócios que não a gestão e a assessoria de investimentos.

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Os sócios da Davos Daniel Zanela, Luis Sousa, Thiago Nunes e Katia Alecrim

“O crescimento desse mercado de assessoria passa pela diferenciação de serviços e no atendimento mais globalizado do cliente. Produtos passa a ser commoditie. Ele não quer ter uma parte só da solução do seu problema, mas chegar em um local que possa resolver tudo”, afirma Thiago Nunes, sócio-fundador da Davos Investimentos.

A área de fusões e aquisições herda negociações em andamento no segmento de saúde, engenharia e outros. E a demanda por soluções de crédito para o Middle market está bem aquecida.

“O mercado de aquisições está parado para as grandes empresas, mas está mais aquecido do que nunca no Middle Market, um mercado maior e do qual os bancos não têm interesse, sendo uma oportunidade para boutiques”, afirma Luis Sousa, sócio e responsável pelo time de M&A da Davos.

Os novos sócios já trazem os seus clientes e uma cultura de atendimento em fee fixo, em linha com o segmento pessoa física da Davos, dos quais 30% da custódia já é atendida neste modelo.

“Seja no atendimento a pessoa física ou jurídica, o conceito é o mesmo. O fee torna a relação mais transparente e traz a certeza de que não se está empurrando um produto só para gerar uma comissão”, diz Daniel Zanela, sócio da Davos Empresas.