*Atenção: Esta reportagem foi publicada no dia 19 de março, quando os shoppings começaram a ser fechados e a rede varejista teve de fechar suas lojas temporariamente. Muitos têm compartilhado como se fosse um fechamento definitivo. Não é. Atentem para a data da publicação.
Uma das principais varejistas do País, a Renner acaba de anunciar que irá fechar, por tempo indeterminado, todas as lojas físicas – de shopping e de rua - do grupo, no Brasil e no exterior. Segundo a companhia, a decisão foi tomada em função dos desdobramentos recentes relacionados ao coronavírus.
A rede é a primeira grande empresa do setor a seguir esse caminho. Até então, as iniciativas nessa direção estavam restritas às discussões das autoridades de São Paulo e do Rio de Janeiro.
A medida compreende as 367 lojas da Renner no Brasil, 9 no Uruguai e 4 na Argentina. Estão incluídos ainda todos os pontos de venda das outras marcas do grupo – Camicado, YouCom e Ashua. No total, a rede soma mais de 500 unidades, sendo que 91% delas estão localizadas em shopping centers.
Em fato relevante, a Renner afirmou ainda que suas lojas online seguirão operando, com um número reduzido de funcionários e o “objetivo de prestar serviço, sanando possíveis necessidades de consumo” de seus clientes.
Já os profissionais das áreas administrativas permanecerão trabalhando no modelo de home office. “Esse momento exige de todos nós serenidade, transparência, responsabilidade social e senso de urgência”, completou a empresa no comunicado.
Ontem, dia 18, a Renner já havia anunciado o fechamento em lojas na Grande São Paulo, válido a partir de hoje, além da redução dos horários de funcionamento em outras unidades na região, que concentra o maior número de casos do Covid-19.
Segundo a consultoria Economatica, desde o início da crise do coronavírus no País, na última semana de fevereiro, o valor de mercado da Renner caiu mais de 42%, de R$ 44,4 bilhões, para R$ 25,3 bilhões. No fim de 2019, a empresa estava avaliada em R$ 44,5 bilhões.
Em 2019, a rede reportou um lucro líquido de R$ 1,09 bilhão, alta de 7,7% sobre 2018. Na mesma base de comparação, a receita líquida cresceu 13,2%, para R$ 8,47 bilhões.
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