Em uma decisão surpreendente, a Ânima cancelou a venda de parte de ativos que pertenciam ao grupo americano Laureate para a Ser Educação.
A venda dos ativos, avaliada em R$ 180 milhões, foi parte de um acordo para que Ânima e Ser Educacional encerrassem uma disputa judicial para saber quem ficaria com a operação brasileira da Laureate, que era dona da Anhembi Morumbi e da FMU.
As duas empresas travavam uma disputa desde outubro do ano passado que havia sido encerrada no fim de 2020, quando a Ânima vendeu alguns ativos do grupo Laureate à Ser.
Entre eles estavam, a Faculdade Internacional da Paraíba (FPB), do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG) e do CEDEPE Business School.
No comunicado divulgado ao mercado, a Ânima diz ser a única detentora de todos os ativos da Laureate no Brasil e que o distrato foi feito de forma amigável e extrajudicial. A Ser confirmou também as informações em fato relevante.
A Ser Educacional, do empresário Janguiê Diniz, tentou comprar a operação brasileira da Laureate e saiu na frente nessa disputa com uma oferta de R$ 4 bilhões, que envolvia R$ 1,7 bilhão em dinheiro, em outubro do ano passado. Mas foi superada pela Ânima, que, na época, fez uma oferta até R$ 500 milhões superior.
As ações da Ânima, que vale R$ 5,6 bilhões, sobem 17,25% neste ano na B3. Já as da Ser Educacional, avaliada em R$ 2,4bilhões, valorizam-se 22,3% em 2021.