Na corrida das locadoras de automóveis no mercado brasileiro, a Movida, terceiro maior nome do setor, atrás apenas de Localiza e Unidas, está buscando mais fôlego com novos recursos. A empresa anunciou nesta quinta-feira, 26 de agosto, sua sétima emissão de debêntures simples, para captar até R$ 1,75 bilhão.
O processo envolverá três séries de debêntures simples, não conversíveis em ações, sendo as duas primeiras no valor de R$ 1,4 bilhão e a terceira, de R$ 350 milhões. Os vencimentos estarão distribuídos entre 2025 e 2029, para as duas primeiras séries, e entre 2029 e 2031, para o último processo.
Em fato relevante, a Movida informou que os recursos obtidos com as debêntures da primeira e da segunda série serão destinados para capital de giro, gestão de caixa e reforço de liquidez, com o alongamento no perfil da dívida da companhia.
No primeiro semestre de 2021, a empresa registrou um volume total de amortizações de R$ 1,8 bilhão e encerrou o período com um caixa de R$ 3,4 bilhões.
A terceira série da emissão, por sua vez, será composta por “debêntures verdes” e o montante captado será destinado para a aquisição de frotas de veículos elétricos, híbridos ou que funcionem por meio de energia limpa.
A categoria foi incluída na oferta da Movida a partir do último trimestre de 2020, por meio de uma parceria exclusiva com a Nissan. O acordo envolveu, inicialmente, 50 unidades do Nissan Leaf, carro elétrico da montadora japonesa.
A estratégia em questão foi o ponto de partida para o plano anunciado pela Movida de ter 20% de sua frota equipada com veículos elétricos e híbridos, no prazo de 10 anos.
No segundo trimestre de 2021, a Movida reportou uma receita líquida de R$ 1,2 bilhão, um crescimento anual de 15,6%. Nessa mesma base de comparação, o lucro líquido ajustado da empresa teve um salto de 6.588,5%, para R$ 173,9 milhões.
No ano, as ações da companhia, avaliada em R$ 6,9 bilhões, acumulam uma desvalorização superior a 6%.