Em dezembro de 2021, a Itaúsa deu início à estratégia de redução da sua participação na XP com a venda de 1,39% do capital social que detinha na operação. Na época, a transação resultou em um valor líquido de R$ 1,2 bilhão.
Dez meses depois, a controladora do Itaú Unibanco está de volta ao balcão para dar sequência a esse movimento. A Itaúsa anunciou nesta terça-feira, 4 de outubro, que concluiu a venda de 6,5 mil ações de Classe A de emissão da XP, o equivalente a 1,17% do capital da empresa, pelo montante de R$ 660 milhões.
Com a venda, a holding passa a deter 50.970.985 ações ordinárias Classe A de emissão da XP, o que representa 9,17% do capital da companhia e 3,27% de seu capital votante. Em fato relevante, a Itaúsa ressaltou que a alienação decorre da decisão estratégica de reduzir sua participação na empresa, por não se tratar de um ativo estratégico.
Ao mesmo tempo, o grupo destacou que os recursos terão como destino reforçar seu caixa e ampliar o seu nível de liquidez. Segundo a empresa, a venda impactará positivamente os seus resultados no quarto trimestre de 2022 em cerca de R$ 300 milhões, líquido de impostos.
Essa é a quarta operação de venda de ações da XP concluída pela Itaúsa. Além da alienação que deu o pontapé nessa estratégia, em dezembro de 2021, a holding efetuou outras duas transações em março e julho deste ano.
No total, a Itaúsa já levantou R$ 4,3 bilhões com essas operações. As transações envolveram uma participação somada de 5,96% na XP.
Essa estratégia de desinvestimento começou a ser desenhada em fevereiro de 2021, quando foi aprovada uma reorganização societária e a cisão da participação que o Itaú Unibanco detinha na XP, fruto de um acordo costurado em 2017.
Em 2022, as ações da Itaúsa acumulam uma valorização de aproximadamente 16,6%. A holding está avaliada em R$ 92,3 bilhões. Na manhã dessa terça-feira, os papéis abriram o dia na B3 com alta de 1,44%, cotados a 10,57.